Fone: 3441-9205 - e-mail: psbenedito@bol.com.br Missas Matriz São Benedito: 2ª a 6ª feiras 7h00 2ª e 4ª 19h00 sábado: 18h30 Domingo: 6h30; 9h00 e 18h30 Comunidade Senhor Bom Jesus: domingo: 11h Comunidade São Geraldo Domingo 9h00 Comunidade Santo André: Sábado: 18h30 Domingo 7h30 Recanto dos Idosos N.Sra.do Rosário- RINSER)- toda 3ª feiras as 15h
31 dezembro, 2016
26 dezembro, 2016
Começa a Oitava de
Natal: você sabe o que isso significa?
Entre os dias 25 de dezembro e 1º de janeiro a Igreja
celebra a Oitava do Natal, ou seja, oito dias em que vive-se a exultação
da grande Festa do Nascimento de Jesus. Uma grande parte dos católicos não sabe
o que significa esse tempo especial de graças. A Oitava de Natal está
historicamente relacionada à Oitava da Páscoa. O Ano Litúrgico
"é marcado por duas grandes celebrações", a festa da Páscoa e a festa
do Natal.
A festa da Páscoa surgiu primeiro, logo após a morte de
Jesus, pelos primeiros cristãos "que passaram a se reunir para
realizar o mandato do Senhor de celebrar em sua memória", assinala o
religioso. Já o Natal surgiu bem depois. A Igreja passou a celebrá-la
oficialmente apenas no século IV.
Dada a importância dessas celebrações para a Igreja
surgiu então a Oitava de Páscoa e a Oitava de Natal, como um "tempo
especial de graças" em que todos os fiéis podem vivenciar por mais dias,
as bênçãos de Deus neste período.
A semana tem sete dias e explica o motivo do nome
"oitava".
"A Oitava seria o prolongamento da celebração da
Páscoa por uma semana. Bem sabemos que a semana é constituída por sete dias,
mas porque então essa semana é chamada de Oitava? Segundo a tradição, a Oitava
remete para o dia chamado ‘sem ocaso’, o dia sem fim. Se os dias
temporais, a semana histórica é marcada por sete dias, este oitavo dia
seria o dia da eternidade, o dia da plenitude".
A Oitava de Natal exprime de forma especial "um
aspecto do testemunho do mistério da Encarnação", ou seja, nesse
período "nos concentramos mais uma vez sobre o grande mistério de Deus que
desceu do Céu para entrar na nossa carne" (cf. Papa emérito Bento XVI, 9
de janeiro de 2013).
Para compreender melhor esse mistério é preciso analisar
as diversas celebrações desse período:
A festa de Santo Estevão, o primeiro mártir, no dia 26 de dezembro, recorda especialmente o
testemunho do amor que perdoa dado por Estevão em seu martírio. Nele
realizou-se de modo exemplar a figura do mártir imitador de Cristo. Ele
contemplou a glória do Ressuscitado; proclamou a sua dignidade. Por isso, nós
temos nele um aspecto do mistério da Encarnação de Cristo.
Já no dia 27 de
dezembro, nós celebramos São João apóstolo e evangelista, o
discípulo que Jesus amava. Ele é considerado um grande teólogo que penetrou em
profundidade o mistério do Verbo feito homem, cheio de amor e
fidelidade. A liturgia desta festa sublinha a revelação da misteriosa
profundidade do Verbo e a inteligência penetrante da Palavra que caracterizam
os textos inspirados de São João.
No dia 28 de
dezembro, celebramos os Santos Inocentes que deram testemunho de
Cristo não com palavras, mas com seu sangue. Essa festa lembra-nos que o
martírio é dom gratuito do Senhor. A liturgia recorda o valor do testemunho de
vida que não pode estar separado da palavra por parte dos adultos.
A festa da Sagrada
Família é celebrada no Domingo dentro da Oitava, caso a Oitava que
termina no dia 1º de janeiro não caia no Domingo. Como neste ano o dia 1º de
janeiro cai num Domingo, a festa da Sagrada Família foi transferida para o dia 30 de dezembro. Essa festa recorda que
o mistério da Encarnação é um mistério de partilha. O Filho de Deus veio
partilhar em tudo, exceto no pecado, a nossa condição humana.
Por fim, a Oitava é coroada com a Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus,
que é seguramente a primeira festa de Maria no Ocidente. Nesse primeiro dia do
ano civil, nós consagramos e oferecemos o novo ano a Deus através das mãos de
Maria, mãe de Deus e nossa.
Aproveite a Oitava de Natal para continuar vivenciando as
graças do nascimento do Menino Deus que se encarnou para salvar-nos, e
prolongue os votos de Natal e os gestos de caridade e amor tão presentes nesse
período.
fonte:
www.a12.com
25 dezembro, 2016
SOLENIDADE DO NATAL DO
SENHOR
A liturgia deste dia nos convida
a contemplar o amor de Deus, manifestado na encarnação de Jesus… Ele é a
“Palavra” que Se fez pessoa e veio habitar no meio de nós, a fim de nos
oferecer a vida em plenitude e nos elevar à dignidade de “filhos de Deus”. A primeira leitura anuncia a chegada do Deus
libertador. Ele é o rei que traz a paz e a salvação, proporcionando ao seu Povo
uma era de felicidade sem fim. O profeta convida, pois, a substituir a tristeza
pela alegria, o desalento pela esperança.
A segunda leitura apresenta, o plano salvador de Deus. Insiste, sobretudo, que
esse projeto alcança o seu ponto mais alto com o envio de Jesus, a “Palavra” de
Deus que os homens devem escutar e acolher.
O Evangelho desenvolve o tema esboçado na segunda leitura e apresenta a
“Palavra” viva de Deus, tornada pessoa em Jesus. Sugere que a missão do
Filho/”Palavra” é completar a criação primeira, eliminando tudo aquilo que se
opõe à vida e criando condições para que nasça o Homem Novo, o homem da vida em plenitude, o homem que vive uma
relação filial com Deus.
Reflexão:
• A transformação da
“Palavra” em “carne” (em menino do presépio de Belém) é a espantosa aventura de
um Deus que ama até ao inimaginável e que, por amor, aceita revestir-Se da
nossa fragilidade, a fim de nos dar vida em plenitude. Neste dia, somos
convidados a contemplar, numa atitude de serena adoração, esse incrível passo
de Deus, expressão extrema de um amor sem limites.
• Acolher a “Palavra” é
deixar que Jesus nos transforme, nos dê
a vida plena, a fim de nos tornarmos, verdadeiramente, “filhos de Deus”. O
presépio que hoje contemplamos é, apenas, um quadro bonito e terno ou uma provocação
a acolher a “Palavra”, de forma a crescermos até à dimensão do homem novo?
• Hoje, como ontem, a
“Palavra” continua confrontando-se com
os sistemas geradores de morte e procurando
eliminar, na origem, tudo o que rouba a vida e a felicidade do homem. Sensíveis
à “Palavra”, mergulhados na mesma aventura de Jesus – a “Palavra” viva de Deus
– como nos situamos diante de tudo aquilo que rouba a vida do homem? Podemos
pactuar com a mentira, o oportunismo, a violência, a exploração dos pobres, a
miséria, as limitações aos direitos e à dignidade do homem?
• Jesus (esse menino do
presépio) é para nós a “Palavra” suprema que dá sentido à nossa vida, ou
deixamos que outras “palavras” nos condicionem e nos induzam a procurar a
felicidade em caminhos de egoísmo, de alienação, de comodismo, de pecado? Quais
são essas “palavras” que às vezes nos seduzem e nos afastam da “Palavra” eterna
de Deus que ecoa no Evangelho que Jesus veio propor?
Deus dá a Palavra… Deus nos
dá um presente extraordinário, dando o seu Filho. Deus nos dá a sua Palavra:
porque uma boca humana exprime o pensamento de Deus, sabemos o que agrada a
Deus. Deus nos dá a sua Luz: pondo os nossos passos nos passos de Cristo,
estamos na verdade. Deus nos dá a sua Vida: o seu Filho veio fazer a sua morada
em nós, nos oferecer “comungar” a sua vida. Deus nos dá o seu Nome: somos da
sua família, somos os seus filhos. Que mistério! Não um mistério
incompreensível, mas um mistério que descobrimos sem cessar e nos alegramos
nele, pois é o mistério do Amor.
ORAÇÃO
Deus Nosso Pai, pela vinda do teu Filho Jesus ao nosso mundo, nos fizestes
descobrir a Luz que dissipa as trevas, que ultrapassa os ódios e as discórdias,
a Alegria que alivia toda a pena. Nós Te confiamos a nossa pobre terra,
sacudida pelos barulhos da guerra. Que a Boa Nova de Natal console e inspire os
povos oprimidos.
Jesus, Filho do Deus vivo,
reflexo resplandecente da glória do Pai, Tu que levas todas as coisas pela tua
Palavra poderosa, Tu que purificaste e reconciliaste a humanidade, nós Te
bendizemos. Nos conserves simples e retos diante da tua face, nos torne atentos
à tua Palavra e à dos profetas e apóstolos, que nos falam de Ti.
Jesus, Palavra de Deus,
bendito sejas, porque a tua vinda iluminou a nossa terra com uma nova claridade
e afastou as trevas da incerteza e do desencorajamento. Tu que habitaste entre
nós e nos deste o poder de nos tornarmos filhos de Deus, reafirma em nós a fé
do nosso batismo, nos torne atentos à tua presença.
Meditação para a semana. .
.
Mensageiros…
Muitas mensagens
atravessam o nosso espaço continuamente, portadoras de notícias de todo o gênero,
que se perdem muitas vezes nas ilusões da comunicação. Discípulos de Cristo, somos mensageiros da sua Boa Nova para o
mundo.
Em que redes nos situamos
para permitir que esta Boa Nova se espalhe a toda a terra?
fonte:
www.dehonianos.org
22 dezembro, 2016
17 dezembro, 2016
18-dezembro - 4º
Domingo do Advento - Mt 1,18-24
A liturgia nos diz, fundamentalmente, que Jesus é o “Deus
conosco”, que veio ao encontro dos homens para lhes oferecer uma proposta de
salvação e de vida nova. Na primeira leitura, o profeta Isaías anuncia que
Jahwéh é o Deus que não abandona o seu Povo e que quer percorrer, de mãos dadas
com ele, o caminho da história… É n’Ele (e não nas sempre falíveis seguranças
humanas) que devemos colocar a nossa esperança. O Evangelho apresenta Jesus
como a encarnação viva desse “Deus conosco”, que vem ao encontro dos homens
para lhes apresentar uma proposta de salvação. Contém, naturalmente, um convite
implícito para acolher de braços abertos a proposta que Ele traz e a deixar-se
transformar por ela. Na segunda leitura, sugere-se que, do encontro com Jesus,
deve resultar o testemunho: tendo recebido a Boa Nova da salvação, os
seguidores de Jesus devem levá-la a todos os homens e fazer com que ela se
torne uma realidade libertadora em todos os tempos e lugares.
Reflexão :
• Esse Jesus que esperamos é – de acordo com a catequese que a primitiva
comunidade cristã nos apresenta por intermédio de Mateus – o “Deus que vem ao
encontro dos homens”, para lhes oferecer a salvação. A festa do Natal que se
aproxima deve ser o encontro de cada um de nós com este Deus; e esse encontro
só será possível se tivermos o coração disponível para o acolher e para abraçar
a proposta que Ele nos veio fazer.
• Com frequência, o Natal é a festa pagã do consumismo, dos
presentes obrigatórios, da refeição melhorada, das tradições familiares que têm
que ser respeitadas mesmo quando não significam nada… O meu Natal – este Natal
que estou preparando no meu coração – é uma celebração pagã ou um
verdadeiro encontro com esse Deus libertador, cuja proposta de salvação estou
interessado em escutar e acolher?
• A figura de Maria é uma figura incontornável para quem prepara o Natal: é a
figura que está sempre disponível para escutar os apelos de Deus e que lhes
responde com um “sim” de disponibilidade total… É esse “sim” e essa
disponibilidade que tornam possível a presença salvadora de Deus no mundo.
Estou na mesma atitude de disponibilidade aos desafios de Deus? Sou capaz de
dizer todos os dias “sim”, de forma a que, através de mim, Deus possa nascer no
mundo e salvar os homens?
• Outra figura que nos interpela e questiona neste tempo de Advento é a figura
de José… Ele é o homem a quem Deus envolve nos seus planos – planos que,
provavelmente, lhe parecem misteriosos e inacessíveis – mas que tudo aceita,
numa obediência total a Deus. Sou capaz de acolher os projetos de Deus – mesmo
quando eles desorganizam os meus projetos pessoais – com a mesma
disponibilidade de José, na obediência total aos esquemas de Deus?
Aos homens perdidos, Deus oferece a sua presença. O Povo
de Deus estava perdido, esperava o Messias prometido pelos Profetas e não O via
chegar. Maria e José estavam perdidos, porque não havia lugar para eles. Os
pastores estavam perdidos, eram excluídos em toda a parte. Os Magos estavam
perdidos, não sabiam onde devia nascer o Messias. E eis que Deus oferece a sua
presença: Ele é o Emanuel, Deus conosco! Depois do Natal, ninguém está
totalmente perdido. A solidão total não existe mais. Deus está sempre presente.
Mas é necessário que os seus mediadores manifestem esta presença. Se estamos perdidos, estendamos a mão para conseguirmos
agarrar outra. Se encontrarmos um irmão perdido, estendamos a mão para que
Natal seja verdadeiramente Natal para ele e ele saiba que Deus está bem
presente entre os seus.
ORAÇÃO:
Nós Te louvamos pelas promessas feitas ao teu povo, à Casa de David. Tu nos abriste
o espírito: da casa de tijolos orientaste-nos para esta casa de pedras vivas
cuja fundação e lar é Jesus. Nós Te pedimos pela tua Casa, que é a tua Igreja,
na multidão das suas comunidades: que ela manifeste a presença do Emanuel!
Nós Te damos glória, Deus nosso Pai, pela graça e pela
paz, pelo apelo de Ti recebido, pela Boa Nova do teu Filho, pela sua
ressurreição de entre os mortos e pelo teu Espírito que santifica.
Nós Te suplicamos por todas as nações pagãs: que o teu Nome seja honrado um dia
em todas as línguas da terra.
Nós Te damos graças pela vinda misteriosa de Jesus à nossa humanidade, como
Filho de David. Nós Te louvamos pela ação do teu Espírito em Maria, por esta
nova criação, aurora de uma nova humanidade.
Nós Te pedimos pelas tuas comunidades: que elas acolham e partilhem a
vida nova recebida pela comunicação do teu Filho.
Meditação para a
semana. . .
Sinais! Deus está sempre nos dando sinais, mas nós procuramos quase sempre do
lado do extraordinário. Raramente Deus está no extraordinário. O sinal que Ele
nos oferece é o de uma família humana, como as nossas, em que Ele se faz corpo
para ser “Deus conosco”. Que espaço lhe abrimos nas nossas vidas de homens e de
mulheres para que o Sinal da sua Presença e do seu Amor seja visível para todos
os que O procuram hoje? Só com o coração aberto a Deus poderemos acolher os
irmãos… Só deixando que Deus seja Natal nas nossas vidas poderemos ser Natal
para os outros…
Mãos à obra em mais uma semana que Deus nos concede, a semana
do Natal!
fonte:
www.dehonianos.org
14 dezembro, 2016
Com imenso pesar, comunico, que no dia 14 de dezembro de 2016,
às 11:45, o Cardeal Paulo Evaristo Arns, Arcebispo Emérito de São Paulo,
entregou sua vida a Deus, depois de tê-la dedicado generosamente aos irmãos
neste mundo.
Louvemos e agradeçamos ao
“Altíssimo, onipotente e bom Senhor” pelos 95 anos de vida de Dom Paulo, seus
76 anos de consagração religiosa, 71 anos de sacerdócio ministerial, 50 de
episcopado e 43 anos de cardinalato.
Glorifiquemos a Deus pelos
dons concedidos a Dom Paulo, e que ele soube partilhar com os irmãos. Louvemos
a Deus pelo testemunho de vida franciscana de Dom Paulo e pelo seu engajamento
corajoso na defesa da dignidade humana e dos direitos inalienáveis de cada
pessoa.
Agradeçamos a Deus por seu exemplo
de Pastor zeloso do povo de Deus e por sua atenção especial aos pequenos,
pobres e aflitos. Dom Paulo, agora, se alegre no céu e obtenha o fruto da sua
esperança junto de Deus!
Convido todos s elevarem
preces de louvor e gratidão a Deus e de sufrágio em favor do falecido Cardeal
Dom Paulo Evaristo Arns. Convido também a participarem do velório e dos ritos
fúnebres que serão realizados na Catedral Metropolitana de São Paulo.
Na
festa de São João da Cruz,
São
Paulo, 14 de dezembro.
Cardeal
Odilo Pedro Scherer
Arcebispo
metropolitano de São Paulo.
10 dezembro, 2016
A Campanha da
Evangelização no Advento
Com início na Solenidade de Cristo Rei e conclusão no 3º
Domingo do Advento, a Igreja realiza em todo o Brasil, a Campanha da
Evangelização, que teve seu início em 1999. Assim como a Campanha da
Fraternidade, quer ser um momento privilegiado para a tomada de consciência de
nosso ser cristão e mobilização em vista da missão do Evangelho.
Dois aspectos complementares da opção e vida cristãs são
tocados nestas duas campanhas:
● A Campanha da Evangelização no Advento –
preparação para o Natal do Senhor. Está em destaque o dom recebido de Deus
através da encarnação de seu Filho. Nela se recebe o Deus feito homem para que
o homem se torne participante da vida divina.
● A Campanha da Fraternidade, na Quaresma –
preparação para a Páscoa da Ressurreição. Nela está em destaque a fraternidade
decorrente desta encarnação – o Deus feito homem nosso irmão que dá a vida pela
salvação da humanidade inteira, vida plena e eterna.
Com a Campanha da Evangelização busca-se garantir os
recursos financeiros necessários para que a Igreja realize a sua missão
evangelizadora, como para as ações de solidariedade com a humanidade em suas
carências. No dia 16 de dezembro, 3º Domingo do Advento acontecerá a Coleta da
Campanha para a Evangelização, gesto concreto de toda a Igreja Católica no
Brasil, testemunho dos discípulos em vista da missão evangelizadora.
O objetivo principal da Campanha e da Coleta é lembrar
que todos os batizados têm o dever de evangelizar e de colaborar na sustentação
das atividades pastorais da Igreja. A nós que temos fé e recebemos a graça de
conhecer e amar Jesus Cristo, cabe a missão de anunciar esta “Boa Notícia”
àqueles que ainda não a acolheram. Este é o presente que Jesus espera de nós.
(8) MARQUES, D. José A. A. Tosi, Boletim da CNBB,
23.11.2007.
fonte:
www.franciscanos.org.br
11-dezembro-2016 - 3º Domingo do Advento - Mt 11,2-11
A liturgia nos lembra a proximidade da intervenção libertadora
de Deus e acende a esperança no coração dos cristãos. Nos diz: “não vos
inquieteis; alegrai-vos, pois a libertação está chegando”. A primeira leitura anuncia a chegada de Deus,
para dar vida nova ao seu Povo, para o libertar e para o conduzir – num cenário
de alegria e de festa – para a terra da liberdade. O Evangelho nos descreve, de forma bem
sugestiva, a ação de Jesus, o Messias (esse mesmo que esperamos neste Advento):
Ele irá dar vista aos cegos, fazer com que os coxos recuperem o movimento,
curar os leprosos, fazer com que os surdos ouçam, ressuscitar os mortos,
anunciar aos pobres que o “Reino” da justiça e da paz chegou. É este quadro de
vida nova e de esperança que Jesus vai nos oferecer. A segunda leitura nos convida a não deixar
que o desespero nos envolva enquanto esperamos e aguardarmos a vinda do Senhor
com paciência e confiança.
Reflexão:
• O texto identifica Jesus com a presença salvadora e
libertadora de Deus no meio dos homens. Neste tempo de espera, somos convidados
a aguardar a sua chegada, com a certeza de que Deus não nos abandonou, mas
continua a vir ao nosso encontro e a nos oferecer a salvação.
• Os “sinais” que Jesus realizou enquanto esteve entre
nós têm que continuar a acontecer na história; agora, são os discípulos de Jesus
que têm de continuar a sua missão e de perpetuar no mundo, em nome de Jesus, a
ação libertadora de Deus. Os que vivem amarrados ao desespero de uma doença
incurável encontram em nós um sinal vivo do Cristo libertador que lhes traz a
salvação? Os “surdos”, fechados num mundo sem comunicação e sem diálogo,
encontram em nós a Palavra viva de Deus que os desperta para a comunhão e para
o amor? Os “cegos”, encerrados nas trevas do egoísmo ou da violência, encontram
em nós o desafio que Deus lhes apresenta de abrir os olhos à luz? Os “coxos”,
privados de movimento e de liberdade, escondidos atrás das grades em que a
sociedade os encerra, encontram em nós a Boa Nova da liberdade? Os “pobres”,
marginalizados, sem voz nem dignidade, sentem em nós o amor de Deus?
• Mais uma vez, somos interpelados e questionados pela
figura vertical e coerente de João… Ele não é um pregador da moda, cujas ideias
variam conforme as flutuações da opinião pública ou os interesses dos
poderosos; nem é um charlatão bem vestido, que prega para ganhar dinheiro, para
defender os seus interesses, ou para ter uma vida cômoda e sem grandes
exigências… Mas é um profeta, que recebeu de Deus uma missão e que procura
cumpri-la, com fidelidade e sem medo. A minha vida e o meu testemunho profético
cumprem-se com a mesma verticalidade e honestidade, ou estou disposto e
vender-me a interesses menos próprios, se isso me trouxer benefícios?
• A “dúvida” de João acerca da messianidade de Jesus não é chocante, mas é sinal de uma
profunda honestidade… Devemos ter mais medo daqueles que têm certezas irremovíveis,
que estão absolutamente certos das suas verdades e dos seus dogmas, do que
daqueles que procuram, honestamente, as respostas às questões que a vida todos
os dias põe. Sou um fundamentalista, que nunca se engana e raramente tem
dúvidas, ou alguém que sabe que não tem o monopólio da verdade, que ouve os
irmãos, e que procura, com eles, descobrir o caminho verdadeiro?
Aos homens que reconhecem a sua fragilidade, Deus
manifesta o seu poder. Não é frequente reconhecermos os nossos desvios, os
nossos erros, a nossa fragilidade, a nossa vulnerabilidade. Porém, isso seria
reconhecer simplesmente a nossa humanidade… Os pais não se desonram ao
reconhecer diante dos seus filhos que se enganaram. A Igreja não se rebaixa ao
reconhecer os seus erros do passado; ao contrário, eleva-se. Os cristãos não se
entristecem ao reconhecer o seu pecado; ao contrário, dão a Deus a alegria de
os perdoar. Deixemos Deus manifestar o seu poder, concedendo-nos o seu perdão!
Basta que nos reconheçamos frágeis. E então a nossa fragilidade mudar-se-á em
força. De frágeis tornar-nos-emos fortes, fortes de ser amados.
ORAÇÃO
Deus nosso Salvador, gritamos a nossa alegria e exultamos, porque vens até nós,
como outrora, quando pelos profetas anunciaste ao teu povo exilado o fim da
provação e o regresso do cativeiro. Nós Te pedimos pelos infelizes e
desencorajados: fortifica as mãos cansados, torna firmes os joelhos dobrados,
ilumina os seus rostos.
Nós Te bendizemos pela tua paciência: como o agricultor,
Tu preparaste a terra e lançaste a semente da Boa Nova. Nós Te pedimos pelas
nossas comunidades: que o teu Espírito nos livre de gemer uns contra os outros,
que Ele nos fortaleça na concórdia e nos guie na preparação de uma nova terra.
Nós Te damos graças por João Baptista, por quem
preparaste o caminho para o teu Filho e manifestaste o cumprimento das
Escrituras. Nós Te suplicamos por
aqueles cuja vista está tapada, os passos incertos, a vida envenenada… novos
leprosos presentes nos nossos caminhos. Que o teu Espírito nos inspire as
palavras e os gestos capazes de os conduzir à tua presença.
Meditação para a semana . . .
Paciência! Uma palavra em total sentido contrário aos nossos comportamentos:
exigimos tudo, imediatamente! Dois milênios em que esperamos a vinda do Senhor!
Ainda não veio! Mas já está! Renovemos, reajustemos o nosso olhar de fé e
redescubramo-lo bem presente, e em ação, em lugares em que tantas vezes não
esperávamos encontrá-lo! Sempre em atitude de alegria e de esperança!
Este terceiro domingo do Advento é o domingo da alegria.
O movimento internacional “Pax Christi” convida-nos a rezar pela paz em
particular neste dia. A paz e a alegria: duas grandes riquezas que queremos
para o nosso mundo.
fonte:
www.dehonianos.org
03 dezembro, 2016
A liturgia nos convida a despir esses valores efêmeros e
egoístas a que, às vezes, damos uma importância excessiva e a realizar uma
revolução da nossa mentalidade, de forma a que os valores fundamentais que
marcam a nossa vida sejam os valores do “Reino”.
Na primeira leitura, o profeta Isaías apresenta um enviado de Jahwéh, da
descendência de David, sobre quem repousa a plenitude do Espírito de Deus; a
sua missão será construir um reino de justiça e de paz sem fim, de onde estarão
definitivamente banidas as divisões, as desarmonias, os conflitos. No
Evangelho, João Batista anuncia que a concretização desse “Reino” está muito
próxima… Mas, para que o “Reino” se torne realidade viva no mundo, João convida
os seus contemporâneos a mudar a mentalidade, os valores, as atitudes, a fim de
que nas suas vidas haja lugar para essa proposta que está para chegar… “Aquele
que vem” (Jesus) vai propor aos homens um batismo “no Espírito Santo e no fogo”
que os tornará “filhos de Deus” e capazes de viver na dinâmica do “Reino”. A
segunda leitura dirige-se àqueles que receberam de Jesus a proposta do “Reino”:
sendo o rosto visível de Cristo no meio dos homens, eles devem dar testemunho
de união, de amor, de partilha, de harmonia entre si, acolhendo e ajudando os
irmãos mais fracos, a exemplo de Jesus.
Reflexão:
• A questão dominante que o Evangelho nos apresenta é a da conversão. Não é
possível acolher “aquele que vem” se o nosso coração estiver cheio de egoísmo,
de orgulho, de auto-suficiência, de preocupação com os bens materiais… É
preciso, portanto, uma mudança da nossa mentalidade, dos nossos valores, dos
nossos comportamentos, das nossas atitudes, das nossas palavras; é preciso um
despojamento de tudo o que rouba espaço ao “Senhor que vem”. Estou disposto a
esta mudança, para que no meu coração haja lugar para Jesus? O que é que,
prioritariamente, deve mudar na minha vida?
• A figura de João Baptista nos obriga a questionar as nossas prioridades e
valores fundamentais. Ele não se apresenta de “smoking”, pois a sua prioridade
não é brilhar em alguma festa da “sociedade” nem usa gravata e camisa de seda,
pois a sua prioridade não é impressionar os chefes ou mostrar que é um homem de
sucesso em termos de ganhos anuais; nem petisca pratos delicados com molhos
esquisitos e nomes franceses, pois a sua prioridade não é a satisfação de
apetites físicos; nem promete bem-estar e riqueza aos seus interlocutores, pois
a sua prioridade não é receber aplausos das massas; nem busca o apoio da
hierarquia civil ou religiosa, pois a sua prioridade não é o triunfo, as
honras, o poder… João Batista é alguém para quem a prioridade é o anúncio do
“Reino dos céus”. Ora, o “Reino” é despojamento, simplicidade, amor total,
partilha, doação da vida… São esses valores que ele procura anunciar, com
palavras e com atitudes. E quanto a mim, quais são os valores que me fazem
“correr”? Quais são as minhas prioridades? Os meus valores são os valores do
“Reino” ou são esses valores efêmeros e fúteis a que a civilização ocidental dá
tanta importância, mas que não trazem nada de duradouro e de verdadeiro à vida
dos homens?
• O texto deixa claro que não basta ser “filho de Abraão” para ter acesso à
salvação que Jesus veio oferecer, mas é preciso viver uma vida de fidelidade a
Deus. Quer dizer: não basta ter o nome inscrito no livro de registros de batismo
da paróquia, nem ter casado na Igreja, nem ter posto os filhos na catequese e
aparecer lá para tirar fotografias na festa da primeira comunhão (o estatuto do
“cristão não praticante” faz tanto sentido como um círculo quadrado); mas é
preciso uma conversão séria, empenhada, nunca terminada ao “Reino” e aos seus
valores e uma vida coerente com a fé que escolhemos quando fomos batizados.
• João deixa claro que receber o batismo de Jesus é receber o batismo do
Espírito… Equivale a aceitar ser “filho de Deus”, a viver em comunhão com Deus,
no amor e na partilha com os irmãos que caminham ao nosso lado. É esse o
caminho que eu procuro, dia a dia, percorrer?
Aos homens à procura de um coração novo, Deus dá uma
terra nova. Jesus veio para falar de novidade: “Convertei-vos! Acreditai na Boa
Nova!” Temos necessidade de ouvir palavras novas (ternura, amor, perdão,
solidariedade, respeito…) que façam calar as palavras antigas (violência, ódio,
vingança, indiferença, racismo…). Temos necessidade de ver gestos novos
(assinatura de paz, reconciliação, doação, partilha…) que façam desaparecer os
gestos antigos (declaração de guerra, rancor, egoísmo…). Preparar-se para o Natal… não será
dispor-se a falar uma linguagem nova e a fazer atos novos? Isso será a nossa
maneira de acolher Aquele que vem fazer todas as coisas novas. Mas não as fará
sem nós…
ORAÇÃO
Bendito sejas, nosso Pai, por nos teres enviado e dado o
teu Filho Jesus. Nele reconhecemos a plenitude do teu Espírito: sabedoria,
discernimento, conselho, fortaleza, conhecimento e piedade. Nós Te pedimos pela
nossa terra: que o conhecimento de Jesus lhe obtenha a paz, realizando o tempo
em que o lobo habitará com o cordeiro.
Nós Te bendizemos pelos livros santos que lemos nas nossas assembleias e pelo
dom do teu Filho, que Se fez servidor da nossa humanidade e nos acolheu, apesar
dos nossos pecados.Nós Te pedimos por todas as comunidades cristãs: faz com que
estejamos de acordo e vivamos em comunhão segundo o teu Espírito Santo.
Nós Te damos graças por João Batista, o precursor, pelos apelos à conversão e
pelo batismo no Espírito, que nos incorporou no teu Filho. Abrimos as mãos para
Ti e pedimos-Te ainda por nós mesmos: pelo teu Espírito, produza em nos nossos corações os frutos que esperas.
Meditação para a semana. . .
Convertei-vos!
Convertei-vos!
Um sonho muito belo este de Isaías! No estado atual do
mundo, como imaginar a sua realização?
A chave nos é dada por João: “Convertei-vos!” Reconhecer o
nosso pecado! Deixar o Fogo do Espírito nos queimar e nos transformar! É a partir de
cada um de nós que começa o mundo novo. É a partir do coração novo de cada um
de nós que o mundo poderá ter um novo coração!
Mais uma semana
para rezar e praticar a conversão! Mãos à obra!
fonte:
www.dehonianos.org
fonte:
www.dehonianos.org
01 dezembro, 2016
02-Dezembro-2016
Amar devotamente o Sagrado Coração é confiar na providencia divina. Deixar-se tocar pela graça de Deus. Doar-se com disponibilidade, com amor e compaixão. Praticar o perdão, a paciência, a mansidão e a prontidão. Servir na fé e na esperança. Abraçar a missão e o testemunho. Corresponder ao chamado de Deus. Ser apóstolo do Sagrado Coração é conquistar novos discípulos para o Senhor. Cumprir a ordem: ide e ensinai. Caminhar no segmento de Jesus. Doar-se como disponibilidade. Fazer com que todos cheguem ao conhecimento da verdade. Testemunhar certezas. Viver com convicção. Estender as mãos aos que necessitam. Solidarizar-se com os enfermos.
Pe. Antonio Francisco Bohn
fonte:
REZAR COM O PAPA (DEZ 2016)
Universal: O
fim dos meninos-soldados
Para que seja eliminada em todo o mundo a praga dos meninos-soldados.
Pela Evangelização:
Redescobrir o Evangelho na Europa
Para que os povos europeus redescubram a beleza, a bondade e a verdade do
Evangelho, que dá alegria e esperança à vida.
fonte:
www.passo-a-rezar.net
29 novembro, 2016
VAMOS FALAR SOBRE O TEMPO DO ADVENTO?
O TEMPO DO ADVENTO
Introdução
A palavra
“advento” quer dizer “que está para vir”. O tempo do Advento é para toda a
Igreja, momento de forte mergulho na liturgia e na mística cristã. É tempo de
espera e esperança, de estarmos atentos e vigilantes, preparando-nos
alegremente para a vinda do Senhor, como uma noiva que se enfeita, se prepara
para a chegada de seu noivo, seu amado.
O Advento começa
às vésperas do Domingo mais próximo do dia 30 de Novembro e vai até as
primeiras vésperas do Natal de Jesus contando quatro domingos.
Esse Tempo possui
duas características: As duas últimas semanas, dos dias 17 a 24 de dezembro, visam em especial, a preparação para a celebração do
Natal, a primeira vinda de Jesus entre nós. Nas duas primeiras semanas, a nossa
expectativa se volta para a segunda vinda definitiva e gloriosa de Jesus
Cristo, Salvador e Senhor da história, no final dos tempos. Por isto, o Tempo
do Advento é um tempo de piedosa e alegre expectativa.
Origem
Há relatos de que
o Advento começou a ser vivido entre os séculos IV e VII em vários lugares do
mundo, como preparação para a festa do Natal. No final do século IV na Gália
(atual França) e na Espanha tinha caráter ascético com jejum abstinência e
duração de 6 semanas como na Quaresma (quaresma de S. Martinho). Este caráter
ascético para a preparação do Natal se devia à preparação dos catecúmenos para
o batismo na festa da Epifania. Somente no final do século VII, em Roma, é
acrescentado o aspecto escatológico do Advento, recordando a segunda vinda do
Senhor e passou a ser celebrado durante 5 domingos.
Só após a reforma
litúrgica é que o Advento passou a ser celebrado nos seus dois aspectos: a
vinda definitiva do Senhor e a preparação para o Natal, mantendo a tradição das
4 semanas. A Igreja entendeu que não podia celebrar a liturgia, sem levar em
consideração a sua essencial dimensão escatológica.
Teologia do Advento
O Advento recorda
a dimensão histórica da salvação, evidencia a dimensão escatológica do mistério
cristão e nos insere no caráter missionário da vinda de Cristo. Ao serem aprofundados
os textos litúrgicos desse tempo, constata-se na história da humanidade o
mistério da vinda do Senhor. Jesus que de fato se encarna e se torna presença
salvífica na história, confirmando a promessa e a aliança feita ao povo de
Israel. Deus que, ao se fazer carne, plenifica o tempo (Gl 4,4) e torna próximo
o Reino (Mc 1,15) . O Advento recorda também o Deus da revelação, Aquele que é,
que era e que vem (Ap 1, 4-8), que está sempre realizando a salvação mas cuja
consumação se cumprirá no “dia do Senhor”, no final dos tempos. O caráter
missionário do Advento se manifesta na Igreja pelo anúncio do Reino e a sua
acolhida pelo coração do homem até a manifestação gloriosa de Cristo. As
figuras de João Batista e Maria são exemplos concretos da missionariedade de
cada cristão, quer preparando o caminho do Senhor, quer levando o Cristo ao
irmão para o santificar. Não se pode esquecer que toda a humanidade e a criação
vivem em clima de advento, de ansiosa espera da manifestação cada vez mais
visível do Reino de Deus.
A celebração do
Advento é, portanto, um meio precioso e indispensável para nos ensinar sobre o
mistério da salvação e assim termos a Jesus como referencia e fundamento,
dispondo-nos a “perder” a vida em favor do anúncio e instalação do Reino.
Espiritualidade do advento
A liturgia do Advento nos impulsiona a reviver alguns dos
valores essenciais cristãos, como a alegria expectante e vigilante, a
esperança, a pobreza, a conversão.
Deus é fiel a suas promessas: o Salvador virá; daí a
alegre expectativa, que deve nesse tempo, não só ser lembrada, mas vivida, pois
aquilo que se espera acontecerá com certeza. Portanto, não se está diante de
algo irreal, fictício, passado, mas diante de uma realidade concreta e atual. A
esperança da Igreja é a esperança de Israel já realizada em Cristo mas que só
se consumará definitivamente na parusia do Senhor. Por isso, o brado da Igreja
característico nesse tempo é “Marana tha”! Vem Senhor Jesus!
O tempo do Advento é tempo de esperança porque Cristo é a
nossa esperança (I Tm 1, 1); esperança na renovação de todas as coisas, na
libertação das nossas misérias, pecados, fraquezas, na vida eterna, esperança
que nos forma na paciência diante das dificuldades e tribulações da vida,
diante das perseguições, etc.
O Advento também é tempo propício à conversão. Sem um
retorno de todo o ser a Cristo não há como viver a alegria e a esperança na
expectativa da Sua vinda. É necessário que “preparemos o caminho do Senhor” nas
nossas próprias vidas, “lutando até o sangue” contra o pecado, através de uma
maior disposição para a oração e mergulho na Palavra.
No Advento, precisamos nos questionar e aprofundar a
vivência da pobreza. Não pobreza econômica, mas principalmente aquela que leva
a confiar, se abandonar e depender inteiramente de Deus (e não dos bens
terrenos), que tem n’Ele a única riqueza, a única esperança e que conduz à
verdadeira humildade, mansidão e posse do Reino.
( continua. . .)
fonte:
www.catequistasemformação.com.br
27-novembro- Nossa Senhora das Graças
Em uma tarde de sábado, no dia 27 de novembro de 1830, na
capela das Irmãs Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo, Santa Catarina
Labouré teve uma visão de Nossa Senhora. A Virgem Santíssima estava de pé sobre
um globo, segurando com as duas mãos outro globo menor, sobre o qual aparecia
uma cruzinha de ouro. Dos dedos das suas mãos, que de repente encheram-se de
anéis com pedras preciosas, partiam raios luminosos em todas as direções e, num
gesto de súplica, Nossa Senhora oferecia o globo ao Senhor.
Santa Catarina Labouré relatou assim sua visão: "A
Virgem Santíssima baixou para mim os olhos e me disse no íntimo de meu coração:
'Este globo que vês representa o mundo
inteiro (...) e cada pessoa em particular. Eis o símbolo das graças que derramo
sobre as pessoas que as pedem. ' Desapareceu, então, o globo que tinha nas mãos
e, como se estas não pudessem já com o peso das graças, inclinaram-se para a
terra em atitude amorosa. ...Formou-se em volta da Santíssima Virgem um quadro
oval, no qual em letras de ouro se liam estas palavras que cercavam a mesma
Senhora: Ó Maria, concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós.
Ouvi, então, uma voz que me dizia: 'Faça cunhar uma medalha por este modelo;
todas as pessoas que a trouxerem receberão grandes graças, sobretudo se a
trouxerem no pescoço; as graças serão abundantes, especialmente para aqueles
que a usarem com confiança. ' “Nossa Senhora da Medalha Milagrosa é a mesma
Nossa Senhora das Graças", por ter Santa Catarina Labouré ouvido, no
princípio da visão, as palavras: "Estes raios são o símbolo das Graças que
Maria Santíssima alcança para os homens."
26 novembro, 2016
Celebramos a vinda futura
do Senhor, a plena realização do seu reino. Algumas pessoas perguntam: quando e como será o dia da segunda vinda, o
dia do juízo? O texto de Mateus parece
responder essas questões. Não pensem,
irmãos, que as coisas extraordinárias acontecerão. Será um dia comum e
nem todos serão capazes de reconhecê-lo. Portanto, fiquem atentos! Agora, não
imaginem que o juízo acontecerá somente nesse dia futuro. Ele já está
acontecendo. Em tudo o que fazemos, e na maneira como fazemos, estamos reafirmando ou não a nossa comunhão
com o Senhor. Duas pessoas executam a mesma tarefa, mas apenas uma busca fazer
a vontade do Senhor - e isso faz toda a diferença.
Pe.Marcos Ramalho
fonte:
27-novembro-2016 - 1º Domingo do Advento - Mt 24,37-44
A liturgia apresenta um apelo veemente à vigilância. O
cristão não deve instalar-se no comodismo, na passividade, no desleixo, na
rotina; mas deve caminhar, sempre atento e sempre vigilante, preparado para
acolher o Senhor que vem e para responder aos seus desafios. A
primeira leitura convida os homens – todos os homens, de todas as raças e
nações – a se dirigirem à montanha onde reside o Senhor… É do encontro com o
Senhor e com a sua Palavra que resultará um mundo de concórdia, de harmonia, de
paz sem fim. A segunda leitura recomenda aos crentes que despertem da letargia
que os mantém presos ao mundo das trevas (o mundo do egoísmo, da injustiça, da
mentira, do pecado), que se vistam da luz (a vida de Deus, que Cristo ofereceu
a todos) e que caminhem, com alegria e esperança, ao encontro de Jesus, ao
encontro da salvação. O Evangelho apela
à vigilância. O crente ideal não vive mergulhado nos prazeres que alienam, nem
se deixa sufocar pelo trabalho excessivo, nem adormece numa passividade que lhe
rouba as oportunidades; o crente ideal está, em cada minuto que passa, atento e
vigilante, acolhendo o Senhor que vem, respondendo aos seus desafios, cumprindo
o seu papel, empenhando-se na construção do “Reino”.
Reflexão:
• O que é que significa para nós “estar vigilantes”,
“estar atentos”, “estar preparados” para acolher o Senhor?
Significa ter a “alminha” na “graça de Deus” para que, se
a morte chegar de repente, Deus não consiga encontrar em nós qualquer pecado
não confessado e não tenha qualquer razão para nos mandar para o inferno?
Significa, fundamentalmente, acolher todas as
oportunidades de salvação que Deus nos oferece continuamente…
Se Ele vem ao meu encontro, me desafia a cumprir uma determinada
missão e eu prefiro continuar a viver a minha “vidinha” fácil e sem
compromisso, estou perdendo uma
oportunidade de dar sentido à minha vida; se Ele vem ao meu encontro, me
convida a partilhar algo com os meus irmãos mais pobres e eu escolho a avareza
e o egoísmo, estou perdendo uma
oportunidade de abrir o meu coração ao amor, à alegria, à felicidade…
• O Evangelho que nos é proposto apresenta alguns dos
motivos que impedem o homem de “acolher o Senhor que vem”… Fala da opção por
“gozar a vida”, sem ter tempo nem espaço para compromissos sérios (quanta
gente, ao domingo, tem todo o tempo do mundo para dormir até ao meio dia, mas
não para celebrar a fé com a sua comunidade cristã); fala do viver obcecado com
o trabalho, esquecendo tudo o mais (quanta gente trabalha quinze horas por dia
e esquece que tem uma família e que os filhos precisam de amor); fala do
adormecer, do instalar-se, não prestando atenção às realidades mais essenciais
(quanta gente encolhe os ombros diante do sofrimento dos irmãos e diz que não
tem nada com isso: é o governo ou o Papa que têm que resolver a situação)… E
eu: o que é que na minha vida me distrai do essencial e me impede, tantas
vezes, de estar atento ao Senhor que vem?
• Neste tempo de preparação para a celebração do nascimento
de Jesus, sou convidado a recentrar a minha vida no essencial, a redescobrir
aquilo que é importante, a estar atento às oportunidades que o Senhor, dia a
dia, me oferece, a acordar para os compromissos que assumi para com Deus e para
com os irmãos, a empenhar-me na construção do “Reino”… É essa a melhor forma –
ou melhor, a única forma – de preparar a vinda do Senhor.
Aos homens sem armas, Deus promete a vitória da Paz. Um
homem desarmado é um homem vulnerável… mas ele pode também desarmar os
violentos que lhe fazem face. Jesus veio precisamente desarmar os homens.
Apresenta-Se como “Príncipe da Paz”. Proclama felizes os construtores de Paz,
porque a Paz é uma obra: faz-se a Paz, infelizmente também se faz a guerra.
Neste período da nossa história marcado pela violência, apresentemo-nos sem
armas: apenas dispostos à reconciliação, dando um passo; a do diálogo,
escutando e falando; a do respeito, olhando e ousando falar; a da
solidariedade, estendendo a mão… Os desarmados não são gente que baixa os
braços dizendo: “nunca se conseguirá!” A vitória lhes é assegurada pelo próprio Deus: “Glória a Deus e
paz na terra aos homens por Ele amados!”
ORAÇÃO
Bendito sejas, Deus nosso Pai! Numa humanidade ferida pelas espadas e pelas
lanças dos sofrimentos e das guerras, Tu
revelaste o caminho da paz, comunicando a Palavra e instruindo o teu povo. Nós
Te pedimos pelas Igrejas espalhadas por todo o universo: que elas irradiem a
tua luz para traçar no mundo o caminho da paz.
Nosso Pai, nós Te bendizemos pelo tempo da salvação: Tu
nos anuncias o fim da noite e a vinda do dia, e em cada domingo se torna
presente a ressurreição do teu Filho, Jesus, nosso irmão. Nós Te pedimos por
nós mesmos: guarda-nos das atividades das trevas, reveste-nos para o combate da
luz, reveste-nos do Senhor Jesus.
Nós Te damos graças pela tua vigilância e pela tua
solicitude: mesmo nas infelicidades da nossa terra, Tu vigias os teus fiéis,
com atenção e bondade. Nós Te pedimos ainda: que o teu Espírito nos torne
atentos e preparados, que o teu Filho Jesus nos encontre em situação de
vigilância, na oração e na atenção ao próximo.
Meditação para a semana ...
Vigiai! Para esperar o quê? Ou quem? Que esperamos concretamente?
Vigiai! Como no tempo de Noé ou de Jesus, estamos
absorvidos por tantos interesses!
Vigiai! A vida é curta! Paulo nos indica alguns meios
muito práticos para ficar vigilantes e reorientar a nossa espera.
Vigiai! Em tempo de Advento, em cada dia da
semana que nos é dada para viver!
fonte:
www.dehonianos.org
24 novembro, 2016
O que é o Dia de Ação de Graças:
O Dia de Ação de Graças (conhecido em inglês
como Thanksgiving Day) é um feriado celebrado maioritariamente
nos Estados Unidos e Canadá.
Como o próprio nome diz, o Dia de Ação de Graças é um dia
onde as pessoas se juntam para demonstrarem a sua gratidão a Deus pelas bênçãos
recebidas durante o ano, expressando também carinho pelos seus amigos e
familiares. Este é um dos feriados mais importantes dos Estados Unidos e
Canadá, juntamente com o Natal e a Passagem de Ano.
O Dia de Ação de Graças é um feriado familiar, onde é
normal realizar longas viagens para que os parentes estejam reunidos. Outra
grande tradição deste feriado é a comida. As famílias celebram este dia com
muita fartura gastronômica, onde tipicamente se come peru (por isso também é
conhecido como Turkey Day - Dia do Peru), batata-doce, purê de
batata, torta de abóbora, torta de maçã, torta de nozes, entre muitas outras
coisas.
Origem do Dia de Ação de Graças
Os primeiro Dia de Ação de Graças foi celebrado nos
Estados Unidos em 1620 em Plymouth, Massachusetts, pelos peregrinos fundadores
da vila.
Depois das colheitas terem sido gravemente prejudicadas
pelo Inverno rigoroso, os colonos tiveram uma boa colheita de milho no Verão
seguinte, em 1621. Para marcar e celebrar a ocasião depois de sucessivos anos
complicados no que diz respeito à agricultura, o governador da vila resolveu
organizar uma festa no Outono de 1621. Nessa festa participaram cerca de 90
índios e foram comidos patos, perus, peixes e milho. A partir desse ano, na
Nova Inglaterra, em cada Outono era organizada uma festa de gratidão a Deus,
por causa das boas colheitas.
Em 1863, Abraham Lincoln (presidente na época) anunciou
que a quarta quinta-feira de Novembro seria conhecida como o Dia Nacional de
Ação de Graças.
No Brasil,
o então presidente Gaspar Dutra instituiu o Dia Nacional de Ação de Graças,
através da lei 781, de 17 de agosto de 1949, por sugestão do embaixador Joaquim
Nabuco, entusiasmado com as comemorações que vira em 1909, na Catedral de São
Patrício, quando embaixador em Washington
24-novembro - SANTOS ANDRÉ DUNG-LAC E COMPANHEIROS
Hoje homenageamos um grupo de cento e dezessete mártires
vietnamitas. A maioria viveu e pregou entre os anos 1830 e 1870. Dentre eles
muito se destacou o padre dominicano André Dung-Lac, tomado como exemplo maior
dessas sementes da Igreja católica vietnamita. Filho de pais muito pobres,
que o confiaram desde pequeno à guarda de um catequista, ordenou-se sacerdote
em 1823. Durante seu apostolado foi vigário e missionário em diversas partes do
país. Seu apostolado rendeu a ele muitas prisões durante a vida, mas geralmente
seus companheiros o resgatavam a preço de pagamentos em dinheiro. Mas
André não gostava desses resgates. Ele sabia que era necessário dar a Vida pelo
Cristo para recebê-la de volta em plenitude. Dizia ao seus companheiros:
"Aqueles que morrem pela fé sobem ao céu. Ao contrário, nós que nos
escondemos continuamente gastamos dinheiro para fugir dos perseguidores. Seria
melhor deixar-nos prender e morrer".
Finalmente, foi decapitado em 24 de novembro de 1839, em Hanói, Vietnã.
REFLEXÃO:
O Evangelho de Cristo permaneceu no coração do povo
vietnamita. Quanto mais perseguido maior se tornou seu fervor cristão. O Papa
João Paulo II em 1988 inscreveu esses heróis de Cristo no Livro dos Santos da
Igreja, para serem comemorados juntos e como companheiros de Santo André
Dung-lac, no dia de sua morte.
ORAÇÃO:
Deus de misericórdia, que na sua bondade
escolhestes Santo André e tantos outros homens e mulheres vietinamitas para
propagar vosso evangelho em terras hostis, daí-nos a disposição necessária para
realizar o mesmo apostolado em nossas comunidades. Por Cristo nosso Senhor.
Amém.
Fonte:
Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR
22 novembro, 2016
22-novembro-2016 - SANTA CECÍLIA
Santa Cecília era de família romana pagã, nobre, rica e
influente. Estudiosa, adorava estudar música. Desde a infância era muito
religiosa e fez voto secreto de virgindade. Porém os pais armaram para ela um
casamento. Após as núpcias, Cecília contou ao marido Valeriano que era cristã e
do seu compromisso de castidade. O marido acatou o pedido de Cecília, mas
pediu um sinal de que realmente seu voto era sério. Um dia, chegando em casa,
viu Cecília rezando e um anjo ao seu lado. Imediatamente converteu-se ao
cristianismo e junto com ele seu irmão Tibúrcio. Entretanto a denúncia de
que Cecília era cristã chegou as autoridades romanas. Ela foi presa junto com
seu marido e seu cunhado. Julgados, se recusaram a renegar a fé. Cecília foi
levada para uma câmara com ar quente para ser asfixiada. Na câmara começou a
cantar incessantemente músicas de louvor a Deus e por este motivo e pelo dom de
ouvir músicas vindas dos céus, ficou consagrada como padroeira dos músicos. Finalmente,
após várias tentativas de executá-los sem sucesso, os três foram decapitados.
O corpo da virgem foi enterrado nas catacumbas romanas e no terreno do seu
antigo palácio foi construída a igreja de Santa Cecília, onde era celebrada a
sua memória no dia 22 de novembro, já no século VI. Muitos anos depois
constatou-se que o corpo de Cecília não tinha se corrompido.
REFLEXÃO:
Dentre as santas veneradas pela tradição da Igreja,
Cecília é a que mais tem basílicas em Roma e nenhuma outra conseguiu tantas
igrejas em sua homenagem e memória. Santa Cecília também é a padroeira dos
músicos e dos cantores sagrados. A sua simplicidade e fidelidade ao Cristo
marcaram seu nome na vida da fé cristã.
ORAÇÃO:
Ó, gloriosa Santa Cecília espelho de pureza e
modelo de esposa cristã. Revesti-nos de inviolável confiança na misericórdia de
Deus, pelos merecimentos infinitos de Nosso Senhor Jesus Cristo. Dilatai o
nosso coração, para que, abrasados do amor de Deus, não nos desviemos jamais da
salvação eterna.
Fonte:
Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR
19 novembro, 2016
20-novembro-2016 - Solenidade de Nosso Senhor Jesus
Cristo, Rei do Universo-Lc 23,35-43
A Palavra de Deus, neste último domingo do ano litúrgico,
nos convida a tomar consciência da realeza de Jesus. Deixa claro, no entanto,
que essa realeza não pode ser entendida à maneira dos reis deste mundo: é uma
realeza que se exerce no amor, no serviço, no perdão, na doação da vida. A primeira leitura nos apresenta o momento em
que David se tornou rei de todo o Israel. Com ele, iniciou-se um tempo de
felicidade, de abundância, de paz, que ficou na memória de todo o Povo de Deus.
Nos séculos seguintes, o Povo sonhava com o regresso a essa era de felicidade e
com a restauração do reino de David; e os profetas prometeram a chegada de um
descendente de David que iria realizar esse sonho. O Evangelho nos apresenta a realização dessa promessa: Jesus
é o Messias/Rei enviado por Deus, que veio tornar realidade o velho sonho do
Povo de Deus e apresentar aos homens o “Reino”; no entanto, o “Reino” que Jesus
propôs não é um Reino construído sobre a força, a violência, a imposição, mas
sobre o amor, o perdão, a doação da vida.
A segunda leitura apresenta um hino que celebra a realeza e a soberania
de Cristo sobre toda a criação; além disso, põe em relevo o seu papel
fundamental como fonte de vida para o homem.
Reflexão:
Na colina do Gólgota, os chefes zombam… os soldados
troçam… um soldado injuria Jesus… Até ao fim Jesus encontrará a oposição e a
incompreensão. A sua mensagem era perturbadora, o seu testemunho provocador, o
seu rosto desfigurado, mesmo Deus parecia tê-lo abandonado… É um malfeitor que
reconhece no seu companheiro de infelicidade, também perto de morrer, o Rei de
um outro Reino em que a única defesa é a do Amor. Então, vira-se para Jesus, de
quem deve ter ouvido falar do seu Reino, e pede-Lhe somente para Se recordar
dele quando vier inaugurar este Reino. Ora, a hora chegou, é hoje que estará
com Ele no Paraíso. Aquele que foi malfeitor sobre a terra torna-se benfeitor
no Reino, é isso a salvação. Isso se passou na colina do Gólgota, numa certa
sexta-feira da história…
• Celebrar a Festa de Cristo Rei do Universo não é
celebrar um Deus forte, dominador que Se impõe aos homens do alto da sua onipotência
e que os assusta com gestos espetáculares; mas é celebrar um Deus que serve,
que acolhe e que reina nos corações com a força desarmada do amor. A cruz –
ponto de chegada de uma vida gasta construindo o “Reino de Deus” – é o trono de
um Deus que recusa qualquer poder e escolhe reinar no coração dos homens
através do amor e da doação da vida.
• À Igreja de Jesus ainda falta alguma coisa para
interiorizar a lógica da realeza de Jesus. Depois dos exércitos para impor a
cruz, das conversões forçadas e das fogueiras para combater as heresias,
continuamos mantendo estruturas que nos
equiparam aos reinos deste mundo… A Igreja, corpo de Cristo e seu sinal no
mundo, necessita que o seu Estado com território (ainda que simbólico) seja
equiparado a outros Estados políticos? A Igreja, esposa de Cristo, necessita de
servidores que se comportam como se fossem funcionários superiores do império?
A Igreja, serva de Cristo e dos homens, necessita de estruturas que funcionam,
muitas vezes, apenas segundo a lógica do mercado e da política? Que sentido é
que tudo isto faz?
• Em termos pessoais, a Festa de Cristo Rei nos convida,
também, a repensar a nossa existência e os nossos valores. Diante deste “rei”
despojado de tudo e pregado numa cruz, não nos parecem completamente ridículas
as nossas pretensões de honras, de glórias, de títulos, de aplausos, de
reconhecimentos? Diante deste “rei” que dá a vida por amor, não nos parecem
completamente sem sentido as nossas manias de grandeza, as lutas para
conseguirmos mais poder, as invejas mesquinhas, as rivalidades que nos magoam e
separam dos irmãos? Diante deste “rei” que se dá sem guardar nada para si, não
nos sentimos convidados a fazer da vida uma doação?
Na oração do Pai Nosso, Jesus nos faz pedir, e reza conosco:
“Não nos deixeis cair em tentação”. De fato, Jesus foi submetido à tentação e
resistiu. A este propósito, Lucas dá uma estranha explicação, dizendo que o
diabo afastou-se de Jesus até ao momento fixado. Este momento é quando Jesus é
pregado na cruz. No deserto, o diabo tinha dito: “Se és o Filho de Deus…” Agora
Jesus ouve: “Não és Tu o Messias? Salva-Te a Ti mesmo e a nós também”. É a
mesma tentação: se Jesus é verdadeiramente o Messias, o Filho de Deus, deve
dispor de toda a onipotência de Deus. Então, que utilize este mesmo poder para
cumprir um último milagre e despegar-Se da cruz. Até os seus inimigos ficariam
confundidos. Mas Jesus resistiu. É porque algo de sumamente importante está em
jogo. Trata-se, uma vez mais, do verdadeiro rosto de Deus que Jesus veio
revelar. Não um Deus todo-poderoso à maneira dos homens, mas um Deus Pai que só
pode fazer uma coisa: amar, amar os seus inimigos, ainda e sempre, mesmo quando
eles O rejeitam e crucificam o seu Filho bem-amado. Ora, se esta tentação
acompanhou Jesus até à cruz, não é de admirar que ela acompanhe sempre os seus
discípulos, que a própria Igreja não lhe escape! Na cruz, Jesus, o Rei, exerce
outro poder, outra realeza. Não utiliza um poder à maneira do mundo. O segundo
malfeitor, que chamamos de “bom ladrão”, só pede uma coisa a Jesus: que Se
lembre dele no seu Reino. O que ele pede não é que o livre da morte iminente, a
mesma de Jesus! É que, depois da morte, Jesus Se lembre dele. Simplesmente,
diz: “Jesus, preciso de ti”. É um grito de pobreza. Então Jesus diz-lhe: “Em
verdade te digo: Hoje estarás comigo no Paraíso”. E o assassino tornou-se o
primeiro homem a entrar com Jesus no Reino do Pai. Aí está o verdadeiro, o
único poder de Jesus.
Meditação para a semana…
Levar a Palavra de Deus como luz para mais uma semana de trabalho, de estudo…
Ao longo dos dias da semana que se segue, procurar rezar e meditar algumas
frases da Palavra de Deus: “Vamos com alegria para a casa do Senhor”…;
“Deus Pai libertou-nos do poder das trevas…
transferiu-nos para o reino do seu Filho muito amado, no qual temos a redenção,
o perdão dos pecados”…;
“Jesus, lembra-Te de Mim, quando vieres com a tua
realeza”…
Procurar transformar as palavras de Deus em atitudes e em
gestos de verdadeiro encontro com Deus e com os próximos que formos encontrando
nos caminhos percorridos da vida…
fonte:
www.dehonianos.org
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