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10 dezembro, 2016

11-dezembro-2016 - 3º Domingo do Advento - Mt 11,2-11
A liturgia nos lembra a proximidade da intervenção libertadora de Deus e acende a esperança no coração dos cristãos. Nos diz: “não vos inquieteis; alegrai-vos, pois a libertação está chegando”.  A primeira leitura anuncia a chegada de Deus, para dar vida nova ao seu Povo, para o libertar e para o conduzir – num cenário de alegria e de festa – para a terra da liberdade.  O Evangelho nos descreve, de forma bem sugestiva, a ação de Jesus, o Messias (esse mesmo que esperamos neste Advento): Ele irá dar vista aos cegos, fazer com que os coxos recuperem o movimento, curar os leprosos, fazer com que os surdos ouçam, ressuscitar os mortos, anunciar aos pobres que o “Reino” da justiça e da paz chegou. É este quadro de vida nova e de esperança que Jesus vai nos oferecer.  A segunda leitura nos convida a não deixar que o desespero nos envolva enquanto esperamos e aguardarmos a vinda do Senhor com paciência e confiança.
Reflexão:
• O texto identifica Jesus com a presença salvadora e libertadora de Deus no meio dos homens. Neste tempo de espera, somos convidados a aguardar a sua chegada, com a certeza de que Deus não nos abandonou, mas continua a vir ao nosso encontro e a nos oferecer a salvação.
• Os “sinais” que Jesus realizou enquanto esteve entre nós têm que continuar a acontecer na história; agora, são os discípulos de Jesus que têm de continuar a sua missão e de perpetuar no mundo, em nome de Jesus, a ação libertadora de Deus. Os que vivem amarrados ao desespero de uma doença incurável encontram em nós um sinal vivo do Cristo libertador que lhes traz a salvação? Os “surdos”, fechados num mundo sem comunicação e sem diálogo, encontram em nós a Palavra viva de Deus que os desperta para a comunhão e para o amor? Os “cegos”, encerrados nas trevas do egoísmo ou da violência, encontram em nós o desafio que Deus lhes apresenta de abrir os olhos à luz? Os “coxos”, privados de movimento e de liberdade, escondidos atrás das grades em que a sociedade os encerra, encontram em nós a Boa Nova da liberdade? Os “pobres”, marginalizados, sem voz nem dignidade, sentem em nós o amor de Deus?
• Mais uma vez, somos interpelados e questionados pela figura vertical e coerente de João… Ele não é um pregador da moda, cujas ideias variam conforme as flutuações da opinião pública ou os interesses dos poderosos; nem é um charlatão bem vestido, que prega para ganhar dinheiro, para defender os seus interesses, ou para ter uma vida cômoda e sem grandes exigências… Mas é um profeta, que recebeu de Deus uma missão e que procura cumpri-la, com fidelidade e sem medo. A minha vida e o meu testemunho profético cumprem-se com a mesma verticalidade e honestidade, ou estou disposto e vender-me a interesses menos próprios, se isso me trouxer benefícios?
• A “dúvida” de João acerca da messianidade  de Jesus não é chocante, mas é sinal de uma profunda honestidade… Devemos ter mais medo daqueles que têm certezas irremovíveis, que estão absolutamente certos das suas verdades e dos seus dogmas, do que daqueles que procuram, honestamente, as respostas às questões que a vida todos os dias põe. Sou um fundamentalista, que nunca se engana e raramente tem dúvidas, ou alguém que sabe que não tem o monopólio da verdade, que ouve os irmãos, e que procura, com eles, descobrir o caminho verdadeiro?
Aos homens que reconhecem a sua fragilidade, Deus manifesta o seu poder. Não é frequente reconhecermos os nossos desvios, os nossos erros, a nossa fragilidade, a nossa vulnerabilidade. Porém, isso seria reconhecer simplesmente a nossa humanidade… Os pais não se desonram ao reconhecer diante dos seus filhos que se enganaram. A Igreja não se rebaixa ao reconhecer os seus erros do passado; ao contrário, eleva-se. Os cristãos não se entristecem ao reconhecer o seu pecado; ao contrário, dão a Deus a alegria de os perdoar. Deixemos Deus manifestar o seu poder, concedendo-nos o seu perdão! Basta que nos reconheçamos frágeis. E então a nossa fragilidade mudar-se-á em força. De frágeis tornar-nos-emos fortes, fortes de ser amados.
 ORAÇÃO 
Deus nosso Salvador, gritamos a nossa alegria e exultamos, porque vens até nós, como outrora, quando pelos profetas anunciaste ao teu povo exilado o fim da provação e o regresso do cativeiro. Nós Te pedimos pelos infelizes e desencorajados: fortifica as mãos cansados, torna firmes os joelhos dobrados, ilumina os seus rostos.
Nós Te bendizemos pela tua paciência: como o agricultor, Tu preparaste a terra e lançaste a semente da Boa Nova. Nós Te pedimos pelas nossas comunidades: que o teu Espírito nos livre de gemer uns contra os outros, que Ele nos fortaleça na concórdia e nos guie na preparação de uma nova terra.
Nós Te damos graças por João Baptista, por quem preparaste o caminho para o teu Filho e manifestaste o cumprimento das Escrituras.  Nós Te suplicamos por aqueles cuja vista está tapada, os passos incertos, a vida envenenada… novos leprosos presentes nos nossos caminhos. Que o teu Espírito nos inspire as palavras e os gestos capazes de os conduzir à tua presença.
Meditação para a semana . . . 
Paciência! Uma palavra em total sentido contrário aos nossos comportamentos: exigimos tudo, imediatamente! Dois milênios em que esperamos a vinda do Senhor! Ainda não veio! Mas já está! Renovemos, reajustemos o nosso olhar de fé e redescubramo-lo bem presente, e em ação, em lugares em que tantas vezes não esperávamos encontrá-lo! Sempre em atitude de alegria e de esperança!
Este terceiro domingo do Advento é o domingo da alegria. O movimento internacional “Pax Christi” convida-nos a rezar pela paz em particular neste dia. A paz e a alegria: duas grandes riquezas que queremos para o nosso mundo.
fonte:
www.dehonianos.org

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