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18 fevereiro, 2017

19-fevereiro-2017  -  7º Domingo do Tempo Comum- Mt 5, 38-48 
A liturgia nos convida à santidade, à perfeição. Sugere que o “caminho cristão” é um caminho nunca acabado, que exige de cada homem ou mulher, em cada dia, um compromisso sério e radical (feito de gestos concretos de amor e de partilha) com a dinâmica do “Reino”. Somos, assim, convidados a percorrer o nosso caminho de olhos postos nesse Deus santo que nos espera no final da viagem.  A primeira leitura que nos é proposta apresenta um apelo veemente à santidade: viver na comunhão com o Deus santo,  exige o ser santo. Na perspectiva do autor do nosso texto, a santidade passa também pelo amor ao próximo. No Evangelho, Jesus continua a propor aos discípulos, de forma muito concreta, a sua Lei da santidade (no contexto do “sermão da montanha”). Hoje, Ele pede aos seus que aceitem inverter a lógica da violência e do ódio, pois esse “caminho” só gera egoísmo, sofrimento e morte; e pede-lhes, também, o amor que não marginaliza nem discrimina ninguém (nem mesmo os inimigos). É nesse caminho de santidade que se constrói o “Reino”.  Na segunda leitura, Paulo convida os cristãos de Corinto – e os cristãos de todos os tempos e lugares – a serem o lugar onde Deus reside e Se revela aos homens. Para que isso aconteça, eles devem renunciar definitivamente à “sabedoria do mundo” e devem optar pela “sabedoria de Deus” (que é doação da vida, amor gratuito e total)
.Reflexão:
• Este Evangelho recorda que, ao aceitar o desafio de viver em comunhão com Deus, eu sou chamado a dar testemunho da vida de Deus diante de todos os meus irmãos e a ser um sinal vivo de Deus, do seu amor, da sua perfeição, da sua santidade, no meio do mundo. Aceito esse desafio e estou disposto a corresponder-lhe?
• A leitura que nos foi proposta coloca, mais uma vez, como cenário de fundo, as exigências do compromisso com o “Reino”. Sugere que viver na dinâmica do “Reino”   implica, não o cumprimento de ritos ou de leis, mas uma atitude nova, revolucionária, que resulta de um compromisso interior com Deus verdadeiramente assumido, e manifestado em atitudes concretas. Exige a superação de uma religião feita de leis, de códigos, de ritos, de gestos externos e o viver em comunhão com Deus, de tal forma que a vida de Deus encha o coração do crente e transborde em gestos de amor para com os irmãos. O que é que define a minha atitude religiosa: o cumprimento dos ritos, a letra da lei, ou a comunhão com Deus que enche o meu coração de vida nova e que depois se expressa em atitudes de amor radical para com os irmãos?
• Jesus pede, aos que aceitaram embarcar na aventura do “Reino”, a superação de uma lógica de vingança, de responder na mesma moeda, e o assumir uma atitude pacífica de não resposta às provocações, que inverta a espiral de violência e que inaugure um novo espírito nas relações entre os homens. Não é, no entanto, esta a lógica do mundo, mesmo do mundo “cristão”: em nome do direito de legítima defesa ou do direito de resposta, as nações em geral e as pessoas em particular recusam enveredar por uma lógica de paz e respondem ao mal com um mal ainda maior. Como é que eu vejo a questão da violência, do terrorismo, da guerra? Tenho consciência de que a lógica da violência, da vingança, não tem nada a ver com os métodos do “Reino”? O que é que é mais questionante,   interpelador e transformador: a violência das armas, ou a violência desarmada do amor?
• Jesus pede, também, aos participantes do “Reino” o amor a todos, inclusive aos inimigos, subvertendo completamente a lógica do mundo. Como é que eu me situo face a isto? A minha atitude é a de quem não exclui nem discrimina ninguém, mesmo aqueles de quem não gosto, mesmo aqueles contra quem tenho razões de queixa, mesmo aqueles  que não compreendo, mesmo aqueles que assumem atitudes opostas a tudo em que eu acredito?
fonte:
www.denhonianos.org

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