06-janeiro - Dia de Reis e da Epifania do Senhor
A origem oriental desta
solenidade está implícita no seu nome: Epifania (revelação, manifestação). Os
latinos usavam a denominação festividade da declaração ou aparição com o
significado de revelação da divindade de Cristo ao mundo pagão através da
adoração dos magos, aos judeus com o batismo nas águas do Jordão e aos discípulos
com o milagre das bodas de Caná. O “Dia de Reis” é uma das festas
tradicionais mais singelas celebrada em todo o mundo católico. Neste dia se
comemora a visita de um grupo de reis magos (Mt 2 1 -12), vindos do Oriente,
para adorar a “Epifania do Senhor”. Ou seja, o nascimento de Jesus, o Filho por
Deus enviado, para a salvação da humanidade.
O termo “mago” vem do
antigo idioma persa e serviu para indicar o país de suas origens: a Pérsia.
Eram reis, porque é um dos sinônimos daquela palavra, também usada para nomear
os sábios discípulos de uma seita que cultuava um só Deus. Portanto, não eram
astrólogos nem bruxos, ao contrário, eram inimigos destas enganosas artes
mágicas e misteriosas.
Esses soberanos corretos
esperavam pelo Salvador, expectativa já presente mesmo entre os pagãos. Deus os
recompensou pela retidão com a maravilhosa estrela, reconhecida pela sabedoria
de suas mentes como o sinal a ser seguido, para orientação dos seus passos até
onde se achava o Menino Deus.
Foram eles que mostraram
ao mundo o cumprimento da profecia de séculos, chegando no palácio do rei
Herodes, de surpresa e perguntando “pelo Messias, o recém-nascido rei dos
judeus”. Nesta época aquele tirano reprimia a população pelo medo, com ira
sanguinária. Mas os magos não o temeram, prosseguiram sua busca e encontraram o
Menino Deus.
A Bíblia diz que os magos
chegaram à casa e viram o Menino com sua Mãe. Isto porque José já tinha
providenciado uma moradia muito pobre, mas mais apropriada, do que a gruta de
Belém onde Jesus nascera. Ali, os reis magos, depois de adorar o Messias,
entregaram os presentes: ouro, incenso e mirra. O ouro significa a realeza de
Jesus; o incenso, sua essência divina e a mirra, sua essência humana. Prestada
a homenagem, voltaram para suas nações, evitando novo contato com Herodes, como
lhes indicou o anjo do Senhor.
A tradição dos primeiros
séculos, seguindo a verdade da fé, evidenciou que eram três os reis magos:
Melquior, Gaspar e Baltazar. Até o ano 474 seus restos estiveram sepultados em
Constantinopla, a capital cristã mais importante do Oriente, depois foram
trasladados para a catedral de Milão, na Itália. Em 1164 foram transferidas
para a cidade de Colônia, na Alemanha, onde foi erguida a belíssima Catedral
dos Reis Magos, que os guarda até hoje.
No século XII, com muita
inspiração, São Beda, venerável doutor da Igreja, guiado por uma inspiração,
descreveu o rosto dos três reis magos, assim: “O primeiro, diz, foi Melquior,
velho, circunspecto, de barba e cabelos longos e grisalhos… O segundo tinha por
nome Gaspar e era jovem, imberbe e louro… O terceiro, preto e totalmente
barbado chamava-se Baltazar (cfr. “A Palavra de Cristo”, IX, p. 195)”.
Deus revelou seu Filho ao
mundo e ordenou que o acatassem e seguissem. Os reis magos fizeram isto com
toda humildade, gesto que simboliza o reconhecimento do mundo pagão desta
Verdade. Isso é o mais importante a ser festejado nesta data. A revelação, isto
é, a Epifania, que confirma a divindade do Santo Filho de Deus feito homem, que
no futuro sacrificaria a própria vida em nome da salvação de todos nós.
fonte:
www.franciscanos.org.br
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