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26 julho, 2014

27/julho/2014 -  XVII - Domingo Comum

A liturgia deste domingo nos convida a refletir nas nossas prioridades, nos valores sobre os quais fundamentamos a nossa existência. Sugere, especialmente, que o cristão deve construir a sua vida sobre os valores propostos por Jesus. A primeira leitura nos apresenta-nos o exemplo de Salomão, rei de Israel. Ele é o protótipo do homem “sábio”, que consegue perceber e escolher o que é importante e que não se deixa seduzir e alienar por valores efêmeros. No Evangelho, recorrendo à linguagem das parábolas, Jesus recomenda aos seus seguidores que façam do Reino de Deus a sua prioridade fundamental. Todos os outros valores e interesses devem passar para segundo plano, face a esse “tesouro” supremo que é o Reino. A segunda leitura nos convida a seguir o caminho e a proposta de Jesus. Esse é o valor mais alto, que deve sobrepor-se a todos os outros valores e propostas.
Reflexão:
 • A primeira e mais importante questão abordada no Evangelho é a das nossas prioridades. Para Mateus, não há qualquer dúvida: ser cristão é ter como prioridade, como objetivo mais importante, como valor fundamental, o Reino. O cristão vive no meio do mundo e é todos os dias desafiado pelos esquemas e valores do mundo; mas não pode deixar que a procura dos bens seja o objetivo número um da sua vida, pois o Reino é partilha. O cristão está permanentemente mergulhado num ambiente em que a força e o poder aparecem como o grande ideal; mas ele não pode deixar que o poder seja o seu objetivo fundamental, porque o Reino é serviço. O cristão é todos os dias convencido de que o êxito profissional, a fama a qualquer preço são condições essenciais para triunfar e para deixar a sua marca na história; mas ele não pode deixar-se seduzir por esses esquemas, pois a realidade do Reino vive-se na humildade e na simplicidade. O cristão faz a sua caminhada num mundo que exalta o orgulho, a auto-suficiência, a independência; mas ele já aprendeu, com Jesus, que o Reino é perdão, tolerância, encontro, fraternidade… O que é que comanda a nossa vida? Quais são os valores pelos quais somos capazes  de deixar tudo? Que significado têm as propostas de Jesus na nossa escala de valores?
• A decisão pelo Reino, uma vez tomada, não admite meias verdades, tibiezas, hesitações, jogos duplos. Escolher o Reino não é agradar a Deus e ao diabo, pactuar com realidades que mutuamente se excluem; mas é optar radicalmente por Deus e pelos valores do Evangelho. A nossa opção pelo Reino é uma opção radical, sincera, que não pactua com desvios, com  hipocrisias e incoerências?

• Porque é que os cristãos apresentam, tantas vezes, um ar amargurado, sofredor, desolado? Quando a tristeza nos molda a vista e nos impede de sorrir, quando apresentamos semblantes carrancudos e preocupados, quando deixamos transparecer em gestos e em palavras a agitação e o desassossego, quando olhamos para o mundo com os óculos do pessimismo e do desespero, quando só nos deixamos impressionar pelo mal que acontece à nossa volta, já teremos descoberto esse valor fundamental – o Reino – que é paz, esperança, serenidade, alegria, harmonia?
• Mais uma vez o Evangelho nos convida-nos a admirar (e a absorver) os métodos de Deus, que não tem pressa nenhuma em condenar e destruir, mas dá tempo ao homem – todo o tempo do mundo – para amadurecer as suas opções e fazer as suas opções. Sabemos respeitar, com esta tolerância e liberdade, o ritmo de crescimento e de amadurecimento dos irmãos que nos rodeiam?
Meditação  para a semana. . .
“Pede o que quiseres…” Se a mesma questão nos fosse posta hoje, qual seria a nossa resposta? Por qual tesouro estamos dispostos a sacrificar tudo? “Um coração que escute e saiba discernir o essencial do acessório!” A oração de Salomão poderia inspirar a nossa oração ao longo da semana…
fonte:
www.dehonianos.org.br



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