
Reflexão:
• Na verdade, os critérios de Deus são bem estranhos, vistos com as lentes do mundo… Nós, homens, admiramos
e incensamos os sábios, os inteligentes, os intelectuais, os ricos, os poderosos,
os bonitos e queremos que sejam eles (“os melhores”) a dirigir o mundo, a fazer
as leis que nos governam, a ditar a moda ou as idéias, a definir o que é correto
ou não é correto. Mas Deus nos diz que as coisas essenciais são muito mais
depressa percebidas pelo “pequeninos”: são eles que estão sempre disponíveis
para acolher a Deus e os seus valores e
para arriscar nos desafios do “Reino”. Quantas vezes os pobres, os pequenos, os
humildes são ridicularizados, tratados como incapazes, pelos nossos “iluminados”
fazedores de opinião, que tudo sabem e que procuram impor ao mundo e aos outros
as suas visões pessoais e os seus pseudo-valores… A Palavra de Deus ensina: a
sabedoria e a inteligência não garantem a posse da verdade; o que garante a
posse da verdade é ter um coração aberto a Deus e às suas propostas (e com
frequência, com muita frequência, são os pobres, os humildes, os pequenos que
“sintonizam” com Deus e que acolhem essa verdade que Ele quer oferecer aos
homens para leva-los à vida em
plenitude).
• Como é que chegamos a Deus? Como percebemos o seu “rosto”? Como fazemos uma
experiência íntima e profunda de Deus? É através da filosofia? É através de um
discurso racional coerente? É passando todo o tempo disponível na igreja mudando as toalhas dos altares?
O Evangelho responde:
“conhecemos” Deus através de Jesus. Jesus é “o Filho” que “conhece” o Pai; só
quem segue a Jesus e procura viver como Ele (no cumprimento total dos planos de
Deus) pode chegar à comunhão com o Pai. Há crentes que, por terem feito catequese,
por irem à missa ao domingo e por fazerem parte do conselho pastoral da
paróquia, acham que conhecem Deus (isto é, que têm com Ele uma relação estreita
de intimidade e comunhão)…
Atenção: só “conhece”
Deus quem é simples e humilde e está disposto a seguir Jesus no caminho da
entrega a Deus e da doação da vida aos homens. É no seguimento de Jesus – e só
aí – que nos tornamos “filhos” de Deus.
• Como nos situamos face a Deus e à proposta que Ele nos apresenta em Jesus?
Ficamos fechados no nosso comodismo e instalação, no nosso orgulho e
auto-suficiência, sem vontade de arriscar as nossas seguranças, ou estamos abertos e
atentos à novidade de Deus, a fim de perceber as suas propostas e seguir os
seus caminhos?
• Cristo quis oferecer aos pobres, aos marginalizados, aos pequenos, a todos
aqueles que a Lei escravizava e oprimia, a libertação e a esperança. Os pobres,
os débeis, os marginalizados, aqueles que não encontram lugar à mesa do
banquete onde se reúnem os ricos, os arrogantes e poderosos, continuam encontrando – no testemunho dos discípulos de
Jesus – essa proposta de libertação e de esperança? A Igreja dá testemunho da
proposta libertadora de Jesus para os pobres? Como é que os pequenos e humildes
são acolhidos nas nossas comunidades? Como é que acolhemos aqueles que têm
comportamentos social ou religiosamente incorretos?
Meditação para a semana. .
.
Reviravolta de valores.
Numa sociedade idólatra que só crê na força, no poder,
na riqueza, nos sucessos de todo o tipo… Jesus revela-nos que Deus confia os
seus segredos aos pequeninos… aqueles que não aparecem nas primeiras páginas
dos jornais… aqueles que não contam grande coisa…
Uma vez mais, é a reviravolta
dos valores e o convite a retificar os nossos julgamentos e os nossos
comportamentos.
fonte:
www.dehonianos.org
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