08 de Fevereiro - Santa Josefina Bakhita
Bakhita nasceu no Sudão, África, em 1869. Este nome, que
significa "afortunada", não recebeu de seus pais ao nascer, lhe foi
imposto por seus raptores. Esta flor africana conheceu as humilhações, os
sofrimentos físicos e morais da escravidão, sendo vendida e comprada várias
vezes. A terrível experiência e o susto, provado naquele dia, causaram
profundos danos em sua memória, inclusive o esquecimento do próprio nome. Na
capital do Sudão, Bakhita foi finalmente comprada por um cônsul italiano, que
depois a levou consigo para a Itália. Durante a viagem, ele a entregou para
viver com a família de um amigo, que residia em Veneza, e cuja esposa, havia se
afeiçoado à ela.Depois, com o nascimento da filha do casal, Bakhita se tornou
sua babá e amiga. Os negócios desta família, na África, exigiam que
retornassem. Mas, aconselhado pelo administrador, o casal confiou as duas, às
irmãs da congregação de Santa Madalena de Canossa, em Schio, também em Veneza.
Alí, Bakhita, conheceu o Evangelho. Era 1890 e ela tinha vinte e um anos quando
foi batizada recebendo o nome de Josefina. Após algum tempo, quando vieram
buscá-las, Bakhita ficou. Queria se tornar uma irmã canossiana, para servir a
Deus que lhe havia dado tantas provas do seu amor. Depois de sentir muita
clareza do chamado para a vida religiosa, em 1896, Josefina Bakhita se
consagrou para sempre a Deus, que ela chamava com carinho "o meu
Patrão!". Por mais de cinqüenta anos, esta humilde Filha da
Caridade, se dedicou às diversas ocupações na congregação, sendo chamada por
todos de "Irmã Morena". Ela foi cozinheira, responsável do
guarda-roupa, bordadeira, sacristã e porteira. As irmãs a estimavam pela
generosidade, bondade e pelo seu profundo desejo de tornar Jesus conhecido.
"Sedes boas, amem a Deus, rezai por aqueles que não O conhecem. Se
soubésseis que grande graça é conhecer a Deus!". A sua humildade, a sua
simplicidade e o seu constante sorriso, conquistaram o coração de toda
população. Com a idade, chegou a doença longa e dolorosa. Ela continuou a
oferecer o seu testemunho de fé, expressando com estas simples palavras,
escondidas detrás de um sorriso, a odisséia da sua vida: "Vou devagar,
passo a passo, porque levo duas grandes malas: numa vão os meus pecados, e na
outra, muito mais pesada, os méritos infinitos de Jesus. Quando chegar ao céu
abrirei as malas e direi a Deus: Pai eterno, agora podes julgar. E a São Pedro:
fecha a porta, porque fico". Na agonia reviveu os terríveis anos de
escravidão e foi a Santa Virgem que a libertou dos sofrimentos. As suas últimas
palavras foram: "Nossa Senhora!". Irmã Josefina Bakhita faleceu no
dia 8 de fevereiro de 1947, na congregação em Schio, Itália. Muitos foram os
milagres alcançados por sua intercessão.
Em 1992, foi beatificada pelo Papa
João Paulo II e elevada à honra dos altares em 2000, pelo mesmo Sumo Pontífice.
O dia para o culto de "Santa Irmã Morena" foi determinado o mesmo de
sua morte.
fonte:
www.paulinas.org.br
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