06 de Fevereiro - Francisco Spinelli
Francisco nasceu em Milão, aos 14 de abril de 1853, cujos
pais, trabalhadores humildes, eram muito cristãos. Ele cresceu forte, vivaz e
ficava muito alegre ao brincar de teatro de fantoches com as outras crianças.
Nas horas livres acompanhava a mãe nas visitas os pobres e doentes, sentindo-se
feliz por amar e ajudar o próximo, conforme o ensinamento de Jesus. Assim foi
que surgiu sua vocação.
Apesar de seu pai desejar que estudasse medicina pode
seguir o chamado de Cristo e se tornou um "médico" de almas. Apoiado
pela família, Francisco foi estudar na cidade de Bergamo, onde concluiu os
estudos e recebeu a ordenação sacerdotal, em 1875. Neste ano do Jubileu, ele
seguiu em peregrinação para Roma e, durante as cerimônias na igreja de Santa
Maria Maior, teve a inspiração para criar uma família de religiosas que
adorassem Jesus Sacramentado. Padre Francisco compreendeu o projeto de sua vida
esperando o momento certo para colocá-lo em execução. Retornando desta viagem, foi designado para
lecionar na creche da paróquia de Bergamo, onde seu tio, padre Pedro, era o
pároco. Desta maneira, desenvolveu seu apostolado entre os pobres, lecionando
também no Seminário e orientando algumas comunidades religiosas femininas. Em
1882, encontrou uma jovem, Catarina Comensoli, que desejava se tornar religiosa
numa congregação que tivesse por objetivo a Adoração Eucarística. Padre Francisco pode assim realizar seu
sonho. Em dezembro de 1882, as primeiras noviças ingressam numa casa, que
depois se tornou o primeiro convento, em Bergamo. Desta maneira fundou,
inicialmente, o Instituto das Irmãs da Adoração. Sete anos depois eram nove as
casas, onde as religiosas acolhiam pobres, doentes e deficientes mentais. Tudo corria bem até quando, por vários
equívocos, ele foi constrangido a deixar a diocese de Bergamo, em 1889, e se
transferiu para a de Cremona, na aldeia de Rivolta d'Ada, onde suas filhas
tinham aberto uma casa, tendo de deixar a direção do Instituto, também. Por
isto, a fundação se dividiu: irmã Comensoli criou a congregação das Irmãs
Sacramentinas, e padre Francisco, a das Irmãs Adoradoras do Santíssimo
Sacramento. Obtendo a aprovação da Santa
Sé, as Adoradoras adquirem vida própria, com o propósito de adorar dia e noite
Jesus na Eucaristia e de servir os irmãos pobres e doentes mentais, nos quais
se "reflete o vulto de Cristo". Jesus foi a fonte e o modelo da vida
sacerdotal do padre Francisco, do qual extraia força e vigor para servir os
semelhantes. Em Rivolta, ele supriu a comunidade, que tinha
necessidade de tudo, como: escolas, creches, assistência aos enfermos e aos
velhos abandonados. Seus preferidos eram os deficientes mentais, que ele
alegrava pessoalmente, encenando espetáculos de fantoche. Envolto numa imensa fama de santidade, morreu
no dia 6 de fevereiro de 1913, sendo sepultado na Casa Mãe das Adoradoras, em
Cremona, Itália.
O papa João Paulo II, declarou Francisco Spinelli, Beato,
em 1992, indicando sua festa para o mesmo dia da sua morte.
fonte:
www.paulinas.org.br
06 de Fevereiro - São Paulo Miki e companheiros
Foi através do
trabalho evangelizador de São Francisco Xavier que o Japão tomou conhecimento
do cristianismo, entre 1549 e 1551. A semente frutificou e, apenas algumas
décadas depois, já havia pelo menos trezentos mil cristãos no Império do sol
nascente. Mas se a catequese obteve êxito não foi somente pelo árduo, sério e
respeitoso trabalho dos jesuítas em solo japonês. Foi também graças à coragem
dos catequistas locais, como Paulo Miki e seus jovens companheiros. Miki nasceu em 1564, era filho de pais ricos
e foi educado no colégio jesuíta em Anziquiama, no Japão. A convivência do
colégio logo despertou em Paulo o desejo de se juntar à Companhia de Jesus e
assim o fez, tornando-se um eloquente pregador. Ele porém, não pôde ser
ordenado sacerdote no tempo correto porque não havia um bispo na região de
Fusai. Mas isso não impediu que Paulo Miki continuasse sua pregação.
Posteriormente tornou-se o primeiro sacerdote jesuíta em sua pátria,
conquistando inúmeras conversões com humildade e paciência. Paciência,
essa que não era virtude do imperador Toyotomi Hideyoshi. Ele era simpatizante
do catolicismo mas, de uma hora para outra, se tornou seu feroz opositor. Por
causa da conquista da Coréia, o Japão rompeu com a Espanha em particular e com
o Ocidente em geral, motivando uma perseguição contra todos os cristãos.
Inclusive perseguindo alguns missionários franciscanos espanhóis que tinham
chegado ao Japão através das Filipinas e sido bem recebidos pelo Imperador. Os
católicos foram expulsos do país, mas muitos resistiram e ficaram. Só que a
repressão não demorou. Primeiro foram presos seis franciscanos, logo depois
Paulo Miki com outros dois jesuítas e dezessete leigos terciários. Os vinte e
seis cristãos sofreram terríveis humilhações e torturas públicas. Levados em
cortejo de Meaco a Nagasaki foram alvo de violência e zombaria pelas ruas e
estradas, enquanto seguiam para o local onde seria executada a pena de morte
por crucificação. Alguns dos companheiros de Paulo Miki eram muito jovens,
adolescentes ainda, mas enfrentaram a pena de morte com a mesma coragem do
líder. Tomás Cozaki tinha, por exemplo, catorze anos; Antônio, treze anos e
Luis Ibaraki tinha só onze anos de idade. A elevação sobre a qual os vinte e
seis heróis de Jesus Cristo receberam o martírio pela crucificação em fevereiro
de 1597 ficou conhecida como Monte dos Mártires. Paulo Miki e seus companheiros
foram canonizados pelo Papa Pio IX, em 1862. Os crentes se dispersaram
para escapar dos massacres e um bom número deles se estabeleceu ao longo do rio
Urakami, nas proximidades de Nagasaki. Lá eles continuaram a viver sua fé,
apesar da ausência de padres. A partir do momento em que o Japão se abriu
novamente aos europeus, os missionários voltaram e as igrejas voltaram a ser
construídas, inclusive em Nagasaki, a poucos quilômetros da comunidade cristã
clandestina. Ela havia perdido todo contato com a Igreja Católica, mas guardava
preciosamente três critérios de reconhecimento recebidos dos ancestrais:
"Quando a Igreja voltar ao Japão, vocês a reconhecerão por três sinais: os
padres não são casados, haverá uma imagem de Maria e esta Igreja obedecerá ao
papa-sama, isto é, ao Bispo de Roma". E foi assim que aconteceu dois
séculos e meio depois, quando os cristãos do Império do sol nascente puderam se
reencontrar com sua Santa Mãe, a Igreja.
fonte:
www.paulinas.org.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário