Visitas desde JUNHO/2009

online
online

12 agosto, 2017

13-agosto-2017 - 19º Domingo do Tempo Comum 
A liturgia deste domingo tem como tema fundamental a revelação de Deus. Fala-nos de um Deus preocupado em percorrer, de braço dado com os homens, os caminhos da história.
A primeira leitura convida os crentes a regressarem às origens da sua fé e do seu compromisso, a fazerem uma peregrinação ao encontro do Deus da comunhão e da Aliança; e garante que o crente não encontra esse Deus nas manifestações espetaculares, mas na humildade, na simplicidade, na interioridade.

O Evangelho nos apresenta uma reflexão sobre a caminhada histórica dos discípulos, enviados à “outra margem”  propondo aos homens o banquete do Reino. Nessa “viagem”, a comunidade do Reino não está sozinha, à mercê das forças da morte: em Jesus, o Deus do amor e da comunhão vem ao encontro dos discípulos, lhes estende a mão, lhes dá a força para vencer a adversidade, a desilusão, a hostilidade do mundo. Os discípulos são convidados a reconhecê-lo, a acolhê-lo e a aceitá-lo como “o Senhor”.
A segunda leitura sugere que esse Deus, preocupado em vir ao encontro dos homens e em lhes  revelar o seu rosto de amor e de bondade, tem uma proposta de salvação que oferece a todos. Convida a estarmos atentos às manifestações desse Deus e a não perdermos as oportunidades de salvação que Ele nos oferece.

Reflexão:
• O Evangelho deste domingo é, antes de mais nada, uma catequese sobre a caminhada histórica da comunidade de Jesus, enviada à “outra margem”,  convidando  todos os homens para o banquete do Reino e  oferecendo o alimento com que Deus mata a fome de vida e de felicidade dos seus filhos. Estamos dispostos a embarcar na aventura de propor a todos os homens o banquete do Reino? Temos consciência de que nos foi confiada a missão de saciar a fome do mundo? Aqueles que são deixados à margem dessa mesa onde se jogam os interesses e os destinos do mundo, que têm fome e sede de vida, de amor, de esperança, encontram em nós uma proposta credível e coerente que aponta no sentido de uma realidade de plenitude, de realização, de vida plena?
• A caminhada histórica dos discípulos e o seu testemunho do banquete do Reino não é um caminho fácil, feito no meio de aclamações das multidões e dos aplausos unânimes dos homens. A comunidade (o “barco”) dos discípulos tem de abrir caminho através de um mar de dificuldades, continuamente batido pela hostilidade dos adversários do Reino e pela recusa do mundo em acolher os projetos de Jesus. Todos os dias o mundo nos mostra – com um sorriso irônico – que os valores em que acreditamos e que procuramos testemunhar estão ultrapassados. Todos os dias o mundo insiste em provar-nos – às vezes com agressividade, outras vezes com comiseração – que só seremos competitivos e vencedores quando usarmos as armas da arrogância, do poder, do orgulho, da prepotência, da ganância… Como nos colocamos  face a isto? É possível desempenharmos o nosso papel no mundo, com rigor e competência, sem perdermos as nossas referências cristãs e sem trairmos o Reino?
• Para que seja possível viver de forma coerente e corajosa na dinâmica do Reino, os discípulos têm que estar conscientes  da presença de Jesus, o Senhor da vida e da história, que as forças do mal nunca conseguirão vencer nem domesticar. Ele diz aos discípulos, tantas vezes desanimados e assustados face às dificuldades e às perseguições: “tende confiança. Sou Eu. Não temais”. Os discípulos sabem, assim, que não há qualquer razão para se deixarem afundar no desespero e na desilusão. Mesmo quando a sua fé vacila, eles sabem que a mão de Jesus está lá, estendida, para que eles não sejam submergidos pelas forças do egoísmo, da injustiça, da morte. Nada  nem ninguém poderá roubar a vida àqueles que lutam para instaurar o Reino. Jesus,  vivo e ressuscitado, não deixa nunca que sejamos vencidos.
• A oração de Jesus nos  convida  a manter um diálogo íntimo com o Pai. É nesse diálogo que os discípulos colherão o discernimento para perceberem os caminhos de Deus, a força para seguir Jesus, a coragem para enfrentar a hostilidade do mundo.
ORAÇÃO
Bendito sejas, Deus todo-poderoso e Mestre do universo, porque nos convidas a reconhecer-Te no silêncio, como um sopro de vida, que renova a face da terra. Nós Te bendizemos, porque nos falas ao coração. Nós Te pedimos pelos pregadores e pelos catequistas, chamados a revelar o teu rosto e a preparar os encontros contigo. Guia-os!
Cristo Jesus, mesmo quando somos ameaçados pelas tempestades da nossa terra e a barca da tua Igreja é sacudida pelas tormentas, nós Te bendizemos, por causa da tua ressurreição: verdadeiramente, Tu és o Filho de Deus! Como Pedro, nós Te suplicamos: salva-nos!  Dá-nos o teu Espírito de confiança, para nos conduzir contigo pelos caminhos da vida.
Meditação para a semana. . .
Fechar os olhos e escutar… Na invasão sonora que nos envolve – e por vezes nos agride – escutamos a voz do nosso Deus? Porque não? Entretanto, tomemos, de vez em quando, o risco do silêncio e da solidão. “Ao largo… para rezar”. É aí, com Jesus, que poderemos ouvir a voz do nosso Pai.

fonte:
www.dehonianos.org

Nenhum comentário:

Postar um comentário