25/dezembro - SOLENIDADE DO NATAL DO SENHOR
A liturgia deste dia convida-nos a contemplar o amor de
Deus, manifestado na encarnação de Jesus… Ele é a “Palavra” que Se fez pessoa e
veio habitar no meio de nós, a fim de nos oferecer a vida em plenitude e nos
elevar à dignidade de “filhos de Deus”. A
primeira leitura anuncia a chegada do Deus libertador. Ele é o rei que traz a
paz e a salvação, proporcionando ao seu Povo uma era de felicidade sem fim. O
profeta convida, pois, a substituir a tristeza pela alegria, o desalento pela
esperança. A segunda leitura apresenta,
em traços largos, o plano salvador de Deus. Insiste, sobretudo, que esse projeto
alcança o seu ponto mais alto com o envio de Jesus, a “Palavra” de Deus que os
homens devem escutar e acolher. O
Evangelho desenvolve o tema esboçado na segunda leitura e apresenta a “Palavra”
viva de Deus, tornada pessoa em Jesus. Sugere que a missão do Filho/”Palavra” é
completar a criação , eliminando tudo aquilo que se opõe à vida e criando
condições para que nasça o Homem Novo, o homem da vida em plenitude, o homem
que vive uma relação filial com Deus.
REFLEXÃO:
• A transformação da “Palavra” em “carne” (em menino do
presépio de Belém) é a espantosa aventura de um Deus que ama até ao
inimaginável e que, por amor, aceita revestir-se da nossa fragilidade, a fim de
nos dar vida em plenitude. Neste dia, somos convidados a contemplar, numa
atitude de serena adoração, esse incrível passo de Deus, expressão extrema de
um amor sem limites.
• Acolher a “Palavra” é deixar que Jesus nos transforme,
nos dê a vida plena, a fim de nos tornarmos, verdadeiramente, “filhos de Deus”.
O presépio que hoje contemplamos é, apenas, um quadro bonito e terno ou uma
interpelação a acolher a “Palavra”, de forma a crescermos até à dimensão do
homem novo?
• Hoje, como ontem, a “Palavra” continua confrontando-se com os sistemas geradores de
morte e procurando eliminar, na origem, tudo o que rouba a vida e a felicidade
do homem. Sensíveis à “Palavra”, embarcados na mesma aventura de Jesus – a
“Palavra” viva de Deus –
como nos situamos diante de tudo aquilo que rouba a
vida do homem?
Podemos pactuar com a mentira, o oportunismo, a violência, a
exploração dos pobres, a miséria, as limitações aos direitos e à dignidade do
homem?
• Jesus (esse menino do presépio) é para nós a “Palavra”
suprema que dá sentido à nossa vida, ou deixamos que outras “palavras” nos
condicionem e nos induzam a procurar a felicidade em caminhos de egoísmo, de
alienação, de comodismo, de pecado?
Quais são essas “palavras” que às vezes nos
seduzem e nos afastam da “Palavra” eterna de Deus que ecoa no Evangelho que
Jesus veio propor?
Deus dá a Palavra… Deus nos dá um presente extraordinário, dando o seu Filho.
Deus nos dá a sua Palavra: porque uma boca humana exprime o pensamento de Deus,
sabemos o que agrada a Deus. Deus nos dá a sua Luz: colocando os nossos passos
nos passos de Cristo, vivemos na
verdade. Deus nos dá a sua Vida: o seu Filho veio fazer a sua morada em nós,
oferece-nos “comungar” a sua vida. Deus nos dá o seu Nome: somos da sua
família, somos os seus filhos.
Que mistério! Não um mistério incompreensível,
mas que mistério a descobrir sem cessar e nos alegrarmos nele, pois é o
mistério do Amor.
Meditação. . .
Mensageiros… Múltiplas mensagens atravessam o nosso espaço continuamente, portadoras de
notícias de todo o gênero, que se perdem muitas vezes nas ilusões da
comunicação.
Discípulos de Cristo, somos mensageiros da sua Boa Nova para o
mundo.
Em que redes nos situamos para permitir que esta Boa Nova se espalhe a
toda a terra?
fonte:
www.dehonianos.org
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