14 de Julho - Santa Catarina Tekakwitha
Kateri Tekakwitha, para nós Catarina, foi a primeira
americana pele-vermelha a ter sua santidade reconhecida pela Igreja. Ela nasceu
no ano de 1656, perto da cidade de Port Orange, no Canadá. Seu pai era o chefe
indígena da nação Mohawks, um pagão. Enquanto sua mãe era uma índia cristã,
catequizada pelos jesuítas, que fora raptada e levada para outra tribo, onde
teve de unir-se a esse chefe. Não pôde batizar a filha com nome da santa de sua
devoção, mas era só por ele que a chamava: Catarina. O costume indígena
determina que o chefe escolha o nome de todas as crianças de sua nação. Por
isso seu pai escolheu Tekakwitha, que significa "aquela que coloca as
coisas nos lugares", mostrando que ambas, consideradas estrangeiras,
haviam sido totalmente aceitas por seu povo. Viveu com os pais até os quatro
anos, quando ficou órfã. Na ocasião, sobreviveu a uma epidemia de varíola,
porém ficou parcialmente cega, com o rosto desfigurado pelas marcas da doença e
a saúde enfraquecida por toda a vida. O novo chefe, que era seu tio, acolheu-a
e ela passou a ajudar a tia no cuidado da casa. Na residência pagã, sofreu
pressões e foi muito maltratada. Catarina, que havia sido catequizada pela mãe,
amava Jesus e obedecia à moral cristã, rezando regularmente. Era vista contando
as histórias de Jesus para as crianças e os idosos, que ficavam ao seu lado
enquanto tecia, trabalho que executava apesar da pouca visão. Em 1675, soube
que jesuítas estavam na região. Desejando ser batizada, foi ao encontro deles.
Recebeu o sacramento um ano depois, e o nome de Catarina Tekakwitha. Devido à
sua fé, era hostilizada, porque rejeitava as propostas de casamentos. Por tal
motivo, seu tio, cada vez mais, a ameaçava com uma união. Quando a situação ficou
insustentável, ela fugiu. Procurou a Missão dos jesuítas de São Francisco
Xavier, em Sault, perto de Montreal, onde foi acolhida e recebeu a primeira
comunhão, dando um exemplo de extraordinária piedade. Sempre discreta,
recolhia-se por longos períodos na floresta, onde, junto a uma cruz que ela
havia traçado na casca de uma árvore, ficava em oração. Sem, entretanto,
descuidar-se das funções religiosas, do serviço da comunidade e da família que
a hospedava. Em 1679, fez voto perpétuo de castidade, expressando o desejo de
fundar um convento só para moças indígenas, mas seu guia espiritual não
permitiu, em razão da sua delicada saúde. Aos vinte e quatro anos, ela morreu
no dia 17 de abril de 1680. Momentos antes de morrer, o seu rosto desfigurado,
tornou-se bonito e sem marcas, milagre presenciado pelos jesuítas e algumas
pessoas que a assistiam. O milagre e a fama de suas virtudes espalhou-se
rapidamente e possibilitou a conversão de muitos irmãos de sua raça. Catarina,
que amou, viveu e conservou o seu cristianismo só com a ajuda da graça, por
muitos anos, tornou-se conhecida em todas as nações indígenas como "o
lírio dos Mohawks", que intercedia por seus pedidos de graças. A sua
existência curta e pura, como esta flor, conseguiu o que havia almejado: que as
nações indígenas dos Estados Unidos e do Canadá conhecessem e vivessem a Paixão
de Jesus Cristo. O papa João Paulo II nomeou-a padroeira da 17a Jornada Mundial
da Juventude realizada no Canadá, em 2002, quando a beatificou. Ao lado de são
Francisco de Assis, a bem-aventurada Catarina Tekakwitha foi honrada pela
Igreja com o título de "Padroeira da Ecologia e do Meio Ambiente".
Sua festa ocorre no dia 14 de julho.
fonte:
www.paulinas.org.br
14 de Julho - São Camilo de Léllis
Camila Compelli e João de Lellis eram já idosos quando o
filho foi anunciado. Ele, um militar de carreira, ficou feliz, embora passasse
pouco tempo em casa. Ela também, mas um pouco constrangida, por causa dos quase
sessenta anos de idade. Do parto difícil, nasceu Camilo, uma criança grande e
saudável, apenas de tamanho acima da média. Ele nasceu no dia 25 de maio de
1550, na pequena Bucchianico, em Chieti, no sul da Itália. Cresceu e viveu
ao lado da mãe, uma boa cristã, que o educou dentro da religião e dos bons
costumes. Ela morreu quando ele tinha treze anos de idade. Camilo não gostava
de estudar e era rebelde. Foi então residir com o pai, que vivia de quartel em
quartel, porque, viciado em jogo, ganhava e perdia tudo o que possuía. Apesar
do péssimo exemplo, era um bom cristão e amava o filho. Percebendo que Camilo,
aos quatorze anos, não sabia nem ler direito, colocou-o para trabalhar como
soldado. O jovem, devido à sua grande estatura e físico atlético, era requisitado
para os trabalhos braçais e nunca passou de soldado, por falta de instrução. Tinha
dezenove anos de idade quando o pai morreu e deixou-lhe como herança apenas o
punhal e a espada. Na ocasião, Camilo já ganhara sua própria fama, de jogador
fanático, briguento e violento, era um rapaz bizarro. Em 1570, após uma
conversa com um frade franciscano, sentiu-se atraído a ingressar na Ordem, mas
foi recusado, porque apresentava uma úlcera no pé. Ele então foi enviado para o
hospital de São Tiago, em Roma, que diagnosticou o tumor incurável. Sem
dinheiro para o tratamento, conseguiu ser internado em troca do trabalho como
servente. Mesmo assim, afundou-se no jogo e foi posto na rua. Sabendo que o
mosteiro dos capuchinhos estava sendo construído, ofereceu-se como ajudante de
pedreiro e foi aceito. O contato com os franciscanos foi fundamental para sua
conversão. Um dia, a caminho do trabalho, teve uma visão celestial, nunca
revelada a ninguém. Estava com vinte e cinco anos de idade, largou o jogo e
pediu para ingressar na Ordem dos Franciscanos. Não conseguiu, por causa de sua
ferida no pé. Mas os franciscanos o ajudaram a ser novamente internado no hospital de São
Tiago, que, passados quatro anos, estava sob a sua direção. Camilo, já tocado
pela graça, dessa vez, além de tratar a eterna ferida passou a cuidar dos
outros enfermos, como voluntário. Mas preferia assistir aos doentes mais
repugnantes e terminais, pois percebeu que os funcionários, apesar de bem
remunerados, abandonavam-nos à própria sorte, deixando-os passar privações e
vexames. Neles, Camilo viu o próprio Cristo e por eles passou a viver. Em 1584,
sob orientação do amigo e contemporâneo, também fundador e santo, padre Filipe
Néri, constituiu uma irmandade de voluntários para cuidar dos doentes pobres e
miseráveis, depois intitulada Congregação dos Ministros Camilianos. Ainda com a
ajuda de Filipe Néri, estudou e vestiu o hábito negro com a cruz vermelha de
sua própria Ordem, pois sua congregação, em 1591, recebeu a aprovação do
Vaticano, sendo elevada à categoria de ordem religiosa. Eleito para superior,
dirigiu por vinte anos sua Ordem dos padres enfermeiros, dizem que com
"mão de ferro" e a determinação militar recebida na infância e
juventude. Depois, os últimos sete anos de vida preferiu ficar ensinado como os
doentes deviam ser tratados e conviver entre eles. Mesmo sofrendo terríveis
dores nos pés, Camilo ia visitar os doentes em casa e, quando necessário,
chegava a carregá-los nas costas para o hospital. Nessa hora, agradecia a Deus
a estatura física que lhe dera. Recebeu o dom da cura pelas palavras e orações, logo a sua fama de padre
milagreiro correu entre os fiéis, que, ricos e pobres, procuravam sua ajuda.
Era um homem muito querido em toda a Itália, quando morreu em 14 de julho de
1614.
Foi canonizado em 1746. São Camilo de Lellis, em1886, foi declarado
Padroeiro dos Enfermos, dos Doentes e dos Hospitais.
fonte:
www.paulinas.org.br
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