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25 março, 2017

26-março-2017-  4º Domingo da Quaresma -  Jo 9,1-41
As leituras  nos propõem o tema da “luz”. Definem a experiência cristã como “viver na luz”. No Evangelho, Jesus  se apresenta como “a luz do mundo”; a sua missão é libertar os homens das trevas do egoísmo, do orgulho e da auto-suficiência. Aderir à proposta de Jesus é enveredar por um caminho de liberdade e de realização que conduz à vida plena. Da ação de Jesus nasce, assim, o Homem Novo – isto é, o Homem elevado às suas máximas potencialidades pela comunicação do Espírito de Jesus.  Na segunda leitura, Paulo propõe aos cristãos de Éfeso que recusem viver à margem de Deus (“trevas”) e que escolham a “luz”.  Paulo explica que viver na “luz” é praticar as obras de Deus (a bondade, a justiça e a verdade).

A primeira leitura não se refere diretamente ao tema da “luz” . No entanto, conta a escolha de David para rei de Israel e a sua unção: é um ótimo pretexto para refletirmos sobre a  unção que recebemos no dia do nosso Batismo e que nos constituiu testemunhas da “luz” de Deus no mundo.

Reflexão:
• Nós, que acreditamos, não podemos nos fechar num pessimismo estéril, decidir que o mundo “está perdido” e que à nossa volta só há escuridão… No entanto, também não podemos esconder a cabeça na areia e dizer que tudo está bem. Há, objetivamente, situações, instituições, valores e esquemas que mantêm o homem fechdo no seu egoísmo, fechado a Deus e aos outros, incapaz de se realizar plenamente. O que é que, no nosso mundo, gera escuridão, trevas, alienação, cegueira e morte? O que é que impede o homem de ser livre e de se realizar plenamente, conforme previa o projeto de Deus?
• A catequese que João nos propõe hoje nos garante: a realização plena do homem continua a ser a prioridade de Deus. Jesus Cristo, o Filho de Deus, veio ao encontro dos homens e mostrou-lhes a luz libertadora: convidou-os a renunciar ao egoísmo e auto-suficiência que geram “trevas”, sofrimento, escravidão e a fazerem da vida uma  doação, por amor. Aderir a esta proposta é viver na “luz”. Como é que eu me situo face ao desafio que, em Jesus, Deus me faz?
• O Evangelho descreve várias formas de responder negativamente à “luz” libertadora que Jesus oferece. Há aqueles que se opõem decididamente à proposta de Jesus porque estão instalados na mentira e a “luz” de Jesus só os incomoda; há aqueles que têm medo de enfrentar as “bocas”, as críticas, que se deixam manipular pela opinião dominante, e que, por medo, preferem continuar escravos do que arriscar ser livres; há aqueles que, apesar de reconhecerem as vantagens da “luz”, deixam que o comodismo e a inércia os prendam numa vida de escravos… Eu identifico-me com algum destes grupos?
• O cego que escolhe a “luz” e que adere incondicionalmente a Jesus e à sua proposta libertadora é o modelo que nos é proposto. A Palavra de Deus nos convida, neste tempo de Quaresma, a um processo de renovação que nos leve a deixar tudo o que nos escraviza, nos aliena, nos oprime – no fundo, tudo o que impede que brilhe em nós a “luz” de Deus e que impede a nossa plena realização. Para que a celebração da ressurreição – na manhã de Páscoa – signifique algo, é preciso realizarmos esta caminhada quaresmal e renascermos, feitos Homens Novos, que vivem na “luz” e que dão testemunho da “luz”. O que é que eu posso fazer para que isso aconteça?
• Receber a “luz” que Cristo oferece é, também, acender a “luz” da esperança no mundo. O que é que eu faço para eliminar as “trevas” que geram sofrimento, injustiça, mentira e alienação? A “luz” de Cristo que os padrinhos me passaram no dia em que fui batizado brilha em mim e ilumina o mundo?
A vida é conversão! Aquele que está na verdade vem à luz, diz Jesus a Nicodemos quando o vem encontrar de noite. Esta palavra também nos é dirigida. Fazer uma caminhada de reconciliação é fazer sempre a verdade. Receber o perdão é acolher sempre a luz. Mas antes de fazer esta caminhada, é preciso decidir voltar para Deus. Deus nunca se afastou de nós, não esqueçamos isso. Eis porque, antes de nos confessarmos, devemos confessar (= afirmar com outros) que Deus é Amor. Somos nós que nos afastamos de Deus. Tomamos distância em relação a Deus cada vez em que não amamos ou amamos mal. O pecado é tudo o que é contrário ao amor por Deus e pelos irmãos. Deus nos  espera. Demos-lhe a alegria de nos perdoar.  
ORAÇÃO 
Nós Te louvamos, ó Pai, porque nos julgas não segundo as aparências, mas olhas o coração do homem. Nós Te bendizemos pelo teu Espírito que nos dás e que faz de nós um povo real e sacerdotal.  Nós Te pedimos pelos pais e pelos educadores, pelas autoridades nas nossas sociedades, mas também pelos seus eleitores, responsáveis pelas boas escolhas.

Nós Te damos graças, Cristo, Luz do mundo, que Te levantaste de entre os mortos, Tu que nos iluminas desde o nosso Batismo. Nós Te pedimos: arranca-nos das trevas, que o teu Espírito nos faça viver como filhos e filhas da luz, e que Ele produza em nós frutos de bondade, de justiça e de verdade, que Ele nos torne capazes de agradar a Deus.
Nós Te bendizemos pela nova criação realizada pelo teu Filho, que remodelou a nossa humanidade, e pela cura dos nossos olhos, quando estão fechados ao próximo e à luz da tua presença.
Meditação para a semana...
Um outro olhar… “Deus não vê à maneira dos homens, os homens vêem a aparência, mas o Senhor olha o coração”. Uma Palavra para reajustar os nossos critérios de julgamento: Que olhar  nós temos  sobre as pessoas? Sobre os acontecimentos? Uma Palavra para nos alegrar também com as escolhas do nosso Pai que olha a verdade dos nossos corações!

fonte:

www,dehonianos.org


25-março - Anunciação do Senhor

Neste dia, a Igreja festeja solenemente o anúncio da Encarnação do Filho de Deus. O tema central desta grande festa é o Verbo Divino que assume nossa natureza humana, sujeitando-se ao tempo e espaço.
Hoje é o dia em que a eternidade entra no tempo ou, como afirmou o Papa São Leão Magno: “A humildade foi assumida pela majestade; a fraqueza, pela força; a mortalidade, pela eternidade.”
Com alegria contemplamos o mistério do Deus Todo-Poderoso, que na origem do mundo cria todas as coisas com sua Palavra, porém, desta vez escolhe depender da Palavra de um frágil ser humano, a Virgem Maria, para poder realizar a Encarnação do Filho Redentor:
“No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, a uma virgem e disse-lhe: ‘Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo.’ Não temas , Maria, conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus. Maria perguntou ao anjo: ‘Como se fará isso, pois não conheço homem?’ Respondeu-lhe o anjo:’ O Espírito Santo descerá sobre ti. Então disse Maria: ‘Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tu palavra’” (cf. Lc 1,26-38).
Sendo assim, hoje é o dia de proclamarmos: “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós” (Jo 1,14a). E fazermos memória do início oficial da Redenção de TODOS, devido à plenitude dos tempos. É o momento histórico, em que o SIM do Filho ao Pai precedeu o da Mãe: “Então eu disse: Eis que venho (porque é de mim que está escrito no rolo do livro), venho, ó Deus, para fazer a tua vontade” (Hb 10,7). Mas não suprimiu o necessário SIM humano da Virgem Santíssima.
Cumprindo desta maneira a profecia de Isaías: “Por isso, o próprio Senhor vos dará um sinal: uma virgem conceberá e dará à luz um filho, e o chamará Deus Conosco” (Is 7,14).
 Por isso rezemos com toda a Igreja:
Ó Deus, quisestes que vosso Verbo se fizesse homem no seio da Virgem Maria; dai-nos participar da divindade do nosso Redentor, que proclamamos verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Por nosso Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo”.
fonte:
www.cancaonoca.com.br

20 março, 2017

São José, esposo de Nossa Senhora, (solenidade)
Eis que hoje celebramos com grande alegria a solenidade de São José, esposo de Maria, ao qual Deus “confiou a custódia dos seus tesouros mais preciosos”.

Como José do Antigo Testamento, a Escritura nos apresenta São José como homem justo. Eis o que dele aprendemos: a justiça. A justiça que nos nossos dias não falta somente na política, na economia, na distribuição dos bens sociais, mas falta também nos relacionamentos mais simples entre os homens, entre nós, irmãos e irmãs.

“Quando acordou do sono, José fez como lhe havia ordenado o anjo do Senhor” . José é o último patriarca que recebe a comunicação do Senhor através da humilde via dos sonhos . Ele tomou a Maria junto com o Filho que viria ao mundo por obra do Espírito Santo. Nem ao menos uma palavra, nada, somente o seu silêncio, silêncio que nos toca profundamente porque revela a confiança e a fidelidade do servo de Deus. De fato, chamado a ser o custóde do Redentor, José responde com total obediência à Palavra de Deus. Ele, como Maria, acolhe a missão que Deus lhe confia, e com amoroso cuidado da Santa Família, dedica-se à educação de Jesus menino, assim guarda e protege o seu Místico Corpo, a Igreja.
Como o Patriarca Abraão, São José foi obediente  e dócil à vontade divina, demonstrou a mesma fé e a mesma confiança em Deus. São José: homem justo, obediente, discreto, silencioso, casto, zeloso e manso. Eis o que aprendemos com ele.
Recordando o zelo de José pela Sagrada Família, hoje queremos rezar por todas as famílias para que possam nascer e crescer no amor. Hoje nos dirigimos com tanto fervor a São José e invocamos o seu patrocínio, recordando o seu humilde modo de servir e de participar na economia da salvação. São José está na linha dos grandes amigos de Deus. Homem justo, servo bom e fiel.
Celebrando a sua festa, a Igreja nos pede a mesma fidelidade e pureza de coração que o animou no serviço ao Filho de Deus.

 FONTE:
www.mosteiro.org.

18 março, 2017

19-março-2017 - 3º Domingo da Quaresma -  Jo 4,5-42

A Palavra de Deus que  nos é proposta afirma, essencialmente, que o nosso Deus está sempre presente ao longo da nossa caminhada pela história e que só Ele nos oferece um horizonte de vida eterna, de realização plena, de felicidade perfeita.  A primeira leitura mostra como Jahwéh acompanhou a caminhada dos hebreus pelo deserto do Sinai e como, nos momentos de crise, respondeu às necessidades do seu Povo. O quadro revela a pedagogia de Deus e nos dá a chave para entender a lógica de Deus, manifestada em cada passo da história da salvação.

A segunda leitura repete, noutros termos, o ensinamento da primeira: Deus acompanha o seu Povo em marcha pela história; e, apesar do pecado e da infidelidade, insiste em oferecer ao seu Povo – de forma gratuita e incondicional – a salvação.  O Evangelho também não se afasta desta temática… Garante-nos que, através de Jesus, Deus oferece ao homem a felicidade (não a felicidade ilusória, parcial e falível, mas a vida eterna). Quem acolhe o dom de Deus e aceita Jesus como “o salvador do mundo” torna-se um Homem Novo, que vive do Espírito e que caminha ao encontro da vida plena e definitiva.

Reflexão:
• A modernidade nos criou grandes expectativas. Disse-nos que tinha a resposta para todas as nossas procuras e que podia responder a todas as nossas necessidades. Garantiu-nos que a vida plena estava na liberdade absoluta, numa vida vivida sem dependência de Deus; disse-nos que a vida plena estava nos avanços tecnológicos, que iriam tornar a nossa existência cômoda, eliminar a doença e protelar a morte; afirmou que a vida plena estava na conta bancária, no reconhecimento social, no êxito profissional, nos aplausos das multidões, nos “cinco minutos” de fama que a televisão oferece… No entanto, todas as conquistas do nosso tempo não conseguem calar a nossa sede de eternidade, de plenitude, dessa “mais qualquer coisa” que nos falta para sermos, realmente, felizes. A afirmação essencial que o Evangelho de hoje faz é: só Jesus Cristo oferece a água que mata definitivamente a sede de vida e de felicidade do homem. Eu já descobri isto, ou a minha procura de realização e de vida plena se faz  noutros caminhos? O que é preciso para conseguirmos que os homens do nosso tempo aprendam a olhar para Jesus e a tomar consciência dessa proposta de vida plena que Ele oferece a todos?
• Essa “água viva” de que Jesus fala nos faz  pensar no batismo. Para cada um de nós, esse foi o começo de uma caminhada com Jesus… Nessa altura acolhemos em nós o Espírito que transforma,  que renova, que faz de nós “filhos de Deus” e que nos leva ao encontro da vida plena e definitiva. A minha vida de cristão tem sido,  verdadeiramente, coerente com essa vida nova que então recebi? O compromisso que então assumi é algo esquecido e sem significado, ou é uma realidade que marca a minha vida, os meus gestos, os meus valores e as minhas opções?
• Atentemos no pormenor do “cântaro” abandonado pela samaritana, depois de se encontrar com Jesus… O “cântaro” significa e representa tudo aquilo que nos dá acesso a essas propostas limitadas, falíveis, incompletas de felicidade. O abandono do “cântaro” significa o romper com todos os esquemas de procura de felicidade egoísta, para abraçar a verdadeira e única proposta de vida plena. Eu estou disposto a abandonar o caminho da felicidade egoísta, parcial, incompleta, e a abrir o meu coração ao Espírito que Jesus me oferece e que me exige uma vida nova?
• A samaritana, depois de encontrar o “salvador do mundo” que traz a água que mata a sede de felicidade, não se fechou em casa  saboreando a sua descoberta; mas partiu para a cidade, contando aos seus concidadãos a verdade que tinha encontrado. Eu sou,  como ela, uma testemunha viva, coerente, entusiasmada dessa vida nova que encontrei em Jesus?
O Evangelho do encontro de Jesus com a samaritana, um pouco longo, pode ser lido a diversas vozes: narrador, Jesus, samaritana, discípulos. De qualquer modo, a leitura deve ser bem preparada e proclamada, para que seja escutada como Palavra de Deus e não como uma mera encenação…
A vida é doação. “Se conhecêsseis o dom de Deus!”, diz Jesus à mulher de Samaria. Deus é alguém que oferece um presente, é o seu modo de fazer aliança conosco. Ele nos  faz viver porque é nosso Criador. Ele nos faz reviver porque é nosso Salvador. Ele nos faz  viver com Ele e com os nossos irmãos porque é o Espírito que faz a nossa comunhão. Saibamos apreciar estes presentes, saibamos provar o seu sabor. A vida, recebemo-la… que presente! É preciso que a demos… em troca! Nesta semana, procuremos aprofundar esta relação que somos convidados a viver com Deus e com os nossos irmãos. Não sejamos daqueles “mimados” que já não sabem apreciar o que recebem de presente! Não sejamos daqueles “avarentos” que já não sabem o que é oferecer!
ORAÇÃO
Nós Te bendizemos, Deus nosso Pai, porque habitas verdadeiramente no meio de nós. Tinhas tirado o povo de Israel da sua infelicidade, o fizestes  sair do Egito, pelo teu servo Moisés fizeste jorrar a água do rochedo. Nós Te pedimos: guarda-nos de toda a impaciência, confirma a nossa confiança na tua presença em nós.

Nós Te damos graças porque nos justificas quando temos fé em Ti. Nós Te bendizemos por Jesus, teu Filho, que aceitou morrer por nós, pecadores, e pelo Espírito Santo que foi derramado nos nossos corações.  Nós Te pedimos por todos os nossos irmãos e irmãs cuja esperança está ferida e que atravessam períodos de dúvida, por causa das provações que os atingem.

Bendito sejas, Senhor Jesus, Tu o Messias, o Salvador do mundo, porque nos revelas a água viva da tua presença e nos levas a adorar o Pai no Espírito e em verdade. Bendito sejas pela água do Batismo. Nós Te pedimos pelas crianças e pelos jovens que conduzimos para Ti e por todos os futuros batizados: faz com que tenham sede de Te conhecer!
Meditação para a semana . . .
Que fonte? Sede do Povo de Israel no deserto! Sede da samaritana!
E nós? Temos sede? De quem? De quê? A que poço nós  vamos  beber para matar todas as sedes que nos habitam? E se nos enganamos na fonte? “Senhor, dá me dessa água, para que eu não sinta mais sede”!
 Ao longo dos dias da semana procurar meditar a Palavra de Deus deste domingo. Meditá-la pessoalmente, uma leitura em cada dia, por exemplo…

Aproveitar, sobretudo, a semana para viver plenamente a Palavra de Deus.
fonte:
www.dehonianos.org

12 março, 2017

12-março-2017 - 2º Domingo da Quaresma 

A Transfiguração é uma antecipação do céu. Jesus deixa seus discípulos entreverem que Ele e o Pai estão em perfeita comunhão. Também somos capazes de experimentar esse céu, essa comunhão com o Senhor, à medida que vivemos com fé e amor. E aqui entendemos melhor o valor da oração. Através dela acolhemos a nossa própria transfiguração deixando que o Senhor faça-se presente em nossas vidas, libertando-nos de tudo que nos desumaniza e moldando-nos cada dia mais à sua imagem e semelhança. Somente a oração torna-nos capazes de acolher essa presença divina, mudando-nos interiormente, para que, também exteriormente, sejamos um sinal mais evidente do seu amor e da sua misericórdia

Pe. Marcos Ramalho
fonte:

11 março, 2017

12-março-2017 - 2º Domingo da Quaresma -  Mt 17,1-9 

No segundo Domingo da Quaresma, a Palavra de Deus define o caminho que o verdadeiro discípulo deve seguir: é o caminho da escuta atenta de Deus e dos seus projetos, da obediência total e radical aos planos do Pai.  O Evangelho relata a transfiguração de Jesus. Recorrendo a elementos simbólicos do Antigo Testamento, o autor nos apresenta uma catequese sobre Jesus, o Filho amado de Deus, que vai concretizar o seu projeto libertador em favor dos homens através do dom da vida. Aos discípulos, desanimados e assustados, Jesus diz: o caminho da doação da vida não conduz ao fracasso, mas à vida plena e definitiva. Segui-o, vós também.  Na primeira leitura apresenta-se a figura de Abraão. Abraão é o homem de fé, que vive numa constante escuta de Deus, que sabe ler os seus sinais, que aceita os apelos de Deus e que lhes responde com a obediência total e com a entrega confiada. Nesta perspectiva, ele é o modelo do crente que percebe o projeto de Deus e o segue de todo o coração. Na segunda leitura, há um apelo aos seguidores de Jesus, no sentido de que sejam, de forma verdadeira, empenhada e coerente, as testemunhas do projeto de Deus no mundo. Nada – muito menos o medo, o comodismo e a instalação – pode distrair o discípulo dessa responsabilidade.
Reflexão:
• A questão fundamental expressa no episódio da transfiguração está na revelação de Jesus como o Filho amado de Deus, que vai concretizar o projeto salvador e libertador do Pai em favor dos homens através da doação da vida, da entrega total de si próprio por amor. Pela transfiguração de Jesus, Deus demonstra aos crentes de todas as épocas e lugares que uma existência feita doação não é fracassada – mesmo se termina na cruz. A vida plena e definitiva espera, no final do caminho, todos aqueles que, como Jesus, forem capazes de pôr a sua vida ao serviço dos irmãos.
• Na verdade, os homens do nosso tempo têm alguma dificuldade em perceber esta lógica… Para muitos dos nossos irmãos, a vida plena não está no amor levado até às últimas consequências (até a doação total da vida), mas sim na preocupação egoísta com os seus interesses pessoais, com o seu orgulho, com o seu pequeno mundo particular;  não está no serviço simples e humilde em favor dos irmãos (sobretudo dos mais fracos, dos marginalizados e dos mais infelizes), mas no assegurar para si próprio uma dose generosa de poder, de influência, de autoridade e de domínio, que dê a sensação de pertencer à categoria dos vencedores; não está numa vida vivida como dom, com humildade e simplicidade, mas numa vida feita um jogo complicado de conquista de honras, de glórias e de êxitos. Na verdade, onde é que está a realização plena do homem? Quem tem razão: Deus, ou os esquemas humanos que hoje dominam o mundo e que nos impõem uma lógica diferente da lógica do Evangelho?
• Por vezes somos tentados pelo desânimo, porque não percebemos o alcance dos esquemas de Deus; ou então, parece que, seguindo a lógica de Deus, seremos sempre perdedores e fracassados, que nunca integraremos a elite dos senhores do mundo e que nunca chegaremos a conquistar o reconhecimento daqueles que caminham ao nosso lado… A transfiguração de Jesus nos grita, do alto daquele monte: não desanimeis, pois a lógica de Deus não conduz ao fracasso, mas à ressurreição, à vida definitiva, à felicidade sem fim.
• Os três discípulos, testemunhas da transfiguração, parecem não ter muita vontade de “descer à terra” e enfrentar o mundo e os problemas dos homens. Representam todos aqueles que vivem de olhos postos no céu, alienados da realidade concreta do mundo, sem vontade de intervir para o renovar e transformar. No entanto, ser seguidor de Jesus obriga a “regressar ao mundo” para testemunhar aos homens – mesmo contra a corrente – que a realização autêntica está na doação da vida; obriga a nos atolarmos no mundo, nos seus problemas e dramas, a fim de dar o nosso contributo para o aparecimento de um mundo mais justo e mais feliz. A religião não é um ópio que nos adormece, mas um compromisso com Deus, que se faz compromisso de amor com o mundo e com os homens.
A vida é combate. O primeiro ato do ser humano no seu nascimento é um grito. Ele deverá lutar para viver. Muitos doentes sabem que devem lutar contra o mal, o sofrimento, o desencorajamento, a lassidão. Desistir de lutar é sintoma de uma doença que se chama depressão. Podemos lutar para nos curarmos fisicamente. Podemos lutar para nos mantermos de pé na provação. A vida espiritual também é um combate. O Senhor é Alguém que se deixa procurar. Segui-lo  supõe, por vezes, escolhas radicais. Nesta semana, aceitemos conduzir um combate. Não para sermos os melhores, nem para esmagar os outros, mas para viver e fazer viver. A vitória neste combate nos é anunciada  neste domingo, em que nos juntamos ao Senhor transfigurado. Mas Ele nos diz que, antes de ressuscitar, deve passar pelo combate da Paixão. A ressurreição é a vitória do combate pela vida.
ORAÇÃO
Pai de todos os homens, nós Te damos graças por Abraão, que escolheste e chamaste para constituir um povo de amigos.  Nós Te suplicamos por todas as famílias da terra: envia-lhes os teus mensageiros, para que sejam um dia abençoadas no teu Filho.
Deus de vida, nós Te bendizemos pelo teu projeto e pela tua graça, porque fizeste resplandecer a vida e a imortalidade pelo anúncio do Evangelho. Tu nos salvaste e nos deste uma vocação santa, apesar da nossa indignidade. Nós Te pedimos pelos teus servidores que sofrem no anúncio e no testemunho do Evangelho. Sustenta-os com a força do teu Espírito.
Deus de luz, nós Te damos graças pela transfiguração do teu Filho, pela alegria e pela felicidade que nos dá a sua presença radiosa.  Nós Te pedimos pelo teu povo e pelos teus fiéis: levanta-nos quando estamos paralisados pelo medo; cura os nossos corações e os nossos espíritos, para os tornar atentos a escutar o teu Filho. Estabelece a tua tenda nas nossas casas e nas nossas comunidades, não te afastes de nós.
Meditação para a semana. . .
A aventura da fé… “deixa a tua terra…”; “sofre comigo pelo Evangelho…”; “levou-os, em particular, a um alto monte…” A aventura da fé não nos deixa qualquer repouso até ao dia em que toda a Criação se prostrará diante do Filho Bem-Amado.
Cremos verdadeiramente que a nossa pequena parte é indispensável?
 E como fazemos  isso?
fonte:
www.dehonianos.org

08 março, 2017


CONFISSÕES 2017   - LIMEIRA

DIA
SEMANA
PARÓQUIAS
GRUPO


07/03




Terça
Sagrada Família
Imaculado Coração de Maria
Nossa de Fátima
São Marcos
Santo Expedito
Sagrado Coração de Jesus
C
D
E
F
G
H
08/03
Quarta
São Cristovão
B

09/03
Quinta
Santa Isabel
Nossa Senhora do Rosário
A
B
14/03
Terça
Santa Ana
Nossa Senhora Aparecida
A/B
H
15/03
Quarta
Nossa Senhora de Lourdes
Santa Luzia
A
B
16/03
   Quinta
Jesus Cristo Bom Pastor
A/B
21/03
Terça
Menino Jesus
Santa Eulália
A
B
22/03
Quarta
Santa Rita
São Benedito
A
B
23/03
Quinta
São Paulo Apóstolo
A/B
28/03
Terça
Santo Antonio (Cordeirópolis)
Santa Luzia (Cordeirópolis)
Nossa Senhora da Assunção
A
B
H
29/03
Quarta
São Sebastião
São José
A
B
30/03
Quinta
Jesus Crucificado (Iracemápolis)
Nossa Senhora Aparecida (Iracemápolis)
A
B



04 março, 2017

05-março-2017 - 1º Domingo da Quaresma

No início da nossa caminhada quaresmal,  a Palavra de Deus nos convida  à “conversão” – isto é, a recolocar Deus no centro da nossa existência, a aceitar a comunhão com Ele, a escutar as suas propostas, a concretizar no mundo – com fidelidade – os seus projetos.  A primeira leitura afirma que Deus criou o homem para a felicidade e para a vida plena. Quando escutamos as propostas de Deus, conhecemos a vida e a felicidade; mas, sempre que prescindimos de Deus e nos fechamos em nós próprios, inventamos esquemas de egoísmo, de orgulho e de prepotência e construímos caminhos de sofrimento e de morte.  A segunda leitura nos propõe dois exemplos: Adão e Jesus. Adão representa o homem que escolhe ignorar as propostas de Deus e decidir, por si só, os caminhos da salvação e da vida plena; Jesus é o homem que escolhe viver na obediência às propostas de Deus e que vive na obediência aos projetos do Pai. O esquema de Adão gera egoísmo, sofrimento e morte; o esquema de Jesus gera vida plena e definitiva.  O Evangelho apresenta, de forma mais clara, o exemplo de Jesus. Ele recusou – de forma absoluta – uma vida vivida à margem de Deus e dos seus projetos. A Palavra de Deus garante que, na perspectiva cristã, uma vida que ignora os projetos do Pai e aposta em esquemas de realização pessoal é uma vida perdida e sem sentido; e que toda a tentação de ignorar Deus e as suas propostas é uma tentação diabólica e que o cristão deve, firmemente, rejeitar.
Reflexão:
• A questão essencial que a Palavra de Deus hoje nos propõe é, portanto, esta: Jesus recusou, de forma absoluta, conduzir a sua vida à margem de Deus e das suas propostas. Para Ele, só uma coisa é verdadeiramente decisiva e fundamental: a comunhão com o Pai e o cumprimento obediente do seu projeto… E nós, seguidores de Jesus? É essa também a nossa perspectiva? O que é que é decisivo na minha vida: as propostas de Deus, ou os meus projetos pessoais?
• Quando o homem esquece Deus e as suas propostas, e se fecha no egoísmo e na auto-suficiência, facilmente cai na escravidão de outros deuses que, no entanto, estão longe de assegurar vida plena e felicidade duradoura. Quais são os deuses que, hoje, dominam o horizonte desse homem moderno que prescindiu de Deus? Quais são os deuses que estão no centro da minha própria vida e que condicionam as minhas decisões e opções?
• Deixar-se conduzir pela tentação dos bens materiais, do acumular mais e mais, do subordinar toda a vida à lógica do “ter mais”, é seguir o caminho de Jesus? Olhar apenas para o seu próprio conforto e comodidade, fechar-se à partilha e às necessidades dos outros, pagar salários de miséria e desperdiçar  fortunas em noitadas de jogo ou em coisas supérfluas… é seguir o exemplo de Jesus?
• Usar Deus ou os seus dons para saciar a nossa vaidade, para promover o nosso êxito pessoal, para brilhar, para dar espetáculo, para levar os outros a admirar-nos e a nos bater palmas… é seguir o exemplo de Jesus?
• Procurar o poder a todo o custo (às vezes, entregando ao diabo os nossos valores mais importantes e as nossas convicções mais sagradas) e exercê-lo com prepotência, com intolerância, com autoritarismo (quantas vezes humilhando e magoando os pobres, os fracos, os humildes)… é seguir o exemplo de Jesus?
A vida é decisão. Depois do nascimento, em cada dia decidimos viver. Decidimos comer, trabalhar, repousar, cuidar-se, ter tempo de lazer… Diante de tantas contrariedades que é preciso  aceitar, assumir, ultrapassar, também é preciso decidir. Nós não decidimos,  a maior parte de nós, ser batizados;  outros fizeram-no por nós. Mas depois, decidimos crer, rezar, aprofundar a nossa fé, viver segundo o Evangelho. Muitos outros, na nossa própria família talvez, decidiram de modo diferente. Nesta semana, decidamos dar um passo ao encontro de Deus. Com toda a liberdade. Sim, façamos desta semana a semana da liberdade, a dos filhos de Deus. Deus nos quer livres. Quer que vamos até Ele, livremente.
ORAÇÃO 
Senhor, criador do céu e da terra, bendito sejas, porque nos insuflaste o teu sopro de vida, e por Jesus ressuscitado, no nosso batismo, enches-nos do teu Espírito e nos recrias para nos tornarmos vivos.  Nós Te pedimos ainda: como os primeiros homens, abandonados a si mesmos, sentimo-nos impotentes diante dos fracassos e das misérias do nosso próximo. Dá-nos o conhecimento do bem.
Nós Te damos graças, porque nos enviaste o teu próprio Filho, como um novo Adão, para que Ele tome a cabeça de uma nova humanidade. Nós Te bendizemos pelo dom gratuito da salvação, que nos ultrapassa infinitamente.  Nós Te pedimos pela multidão dos homens: pelo teu Filho Jesus, concede-nos em plenitude o dom da tua graça, que justifica e dá vida.
Pai, é unicamente diante de Ti que nos prostramos, e Te bendizemos pela Palavra que sai da tua boca: ela é o verdadeiro pão que dá vida, ela é a resposta eficaz nas provações, nós acolhemo-la no teu Filho.  Nós Te pedimos: que o teu Espírito Santo nos torne fiéis à tua Palavra, a exemplo de Jesus, para que possamos segui-lo no caminho de vida.
Meditação para a semana . . .
Tu poderias… “Se és Filho de Deus…” Não nos acontece, às vezes, estar também do lado do tentador? “Se és Filho de Deus…” Tu poderias suprimir as fomes, as guerras, a miséria… Tu poderias tornar a tua Igreja próspera e célebre aos olhos das nações… Tu poderias…
“Vai-te embora, Satanás!”
fonte:
www.dehonianos.org