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30 janeiro, 2016

31-janeiro-2016 - 4º Domingo do Tempo Comum -  Lc 4,21-30


O tema da liturgia deste domingo convida a refletir sobre o “caminho do profeta”: caminho de sofrimento, de solidão, de risco, mas também caminho de paz e de esperança, porque é um caminho onde Deus está. A liturgia  assegura ao “profeta” que a última palavra será sempre de Deus: “não temas, porque Eu estou contigo para te salvar”. A primeira leitura apresenta a figura do profeta Jeremias. Escolhido, consagrado e constituído profeta por Jahwéh, Jeremias vai esbarrar em todo o tipo de dificuldades; mas não desistirá de concretizar a sua missão e de tornar uma realidade viva no meio dos homens a Palavra de Deus. O Evangelho nos apresenta o profeta Jesus, desprezado pelos habitantes de Nazaré (eles esperavam um Messias espetacular e não entenderam a proposta profética de Jesus). O episódio anuncia a rejeição de Jesus pelos judeus e o anúncio da Boa Nova a todos os que estiverem dispostos a acolhê-la – sejam pagãos ou judeus.  A segunda leitura parece um tanto desenquadrada desta temática: fala do amor – o amor desinteressado e gratuito – apresentando-o como a essência da vida cristã. Pode, no entanto, ser entendido como um aviso ao “profeta” no sentido de se deixar guiar pelo amor e nunca pelo próprio interesse… Só assim a sua missão fará sentido.
Reflexão:
Jesus não deixa ninguém indiferente. Os seus compatriotas admiram-se, espantam-se com o seu ensino, ficam furiosos, tentam expulsá-los da cidade… Mas é em Nazaré que Jesus inicia a sua pregação. As pessoas sabem quem Ele é, conhecem a sua profissão, a sua família, mas ignoram o seu mistério. Como poderiam imaginar que Ele vem de Deus, que é o Filho de Deus? É necessário o tempo de provação para que os seus olhos se abram, os olhos da fé postos à prova pela morte e ressurreição do seu compatriota. E, vemo-lo bem ao longo de todo o Evangelho, são aqueles que nunca ninguém imaginou que vão fazer ato de fé e beneficiar das palavras e dos gestos de salvação do Filho de Deus. Como os profetas Elias e Eliseu, Jesus manifesta que Deus ama todos os homens; a salvação que veio trazer é oferecida a toda a humanidade.
• “Nenhum profeta é bem recebido na sua terra”. Os habitantes de Nazaré julgam conhecer Jesus, viram-no crescer, sabem identificar a sua família e os seus amigos mas, na realidade, não perceberam a profundidade do seu mistério. Trata-se de um conhecimento superficial, teórico, que não leva a uma verdadeira adesão à proposta de Jesus. Na realidade, é uma situação que pode não nos ser totalmente estranha: lidamos todos os dias com Jesus, somos capazes de falar algumas horas sobre Ele; mas a sua proposta tem impacto em nós e transforma a nossa existência?
• “Faz também aqui na terra o que ouvimos dizer que fizestes em Cafarnaum” – pedem os habitantes de Nazaré. Esta é a atitude de quem procura Jesus para ver o seu espetáculo ou para resolver os seus problemazinhos pessoais. Supõe a perspectiva de um Deus comerciante, de quem nos aproximamos para fazer negócio. Qual é o nosso Deus? O Deus de quem esperamos espetáculo em nosso favor, ou o Deus que em Jesus nos apresenta uma proposta séria de salvação que é preciso concretizar na vida do dia a dia?
• Como na primeira leitura, o Evangelho nos propõe uma reflexão sobre o “caminho do profeta”: é um caminho onde se lida, permanentemente, com a incompreensão, com a solidão, com o risco… É, no entanto, um caminho que Deus nos chama a percorrer, na fidelidade à sua Palavra. Temos a coragem de seguir este caminho? As “bocas” dos outros, as críticas que magoam, a solidão e o abandono, alguma vez nos impediram de cumprir a missão que o nosso Deus nos confiou?
Sabemos como as multidões são versáteis. Basta ver a atitude da multidão em Jerusalém: ora aclama Jesus, ora pede a sua more. A mesma versatilidade acontece com os habitantes de Nazaré. Têm reações diferentes e interrogam-se, pois conhecem bem a identidade familiar de Jesus. Jesus avança no seu ensino e faz referência a dois episódios do Antigo Testamento, no tempo de Elias e de Eliseu: a viúva estrangeira e o general sírio, que se beneficiam dos gestos salvíficos de Deus e não os filhos de Israel! Por outras palavras, diz que os habitantes de Nazaré são como os seus antepassados: não acolhem o tempo da visita de Deus. Da admiração, os habitantes passam ao ódio. E nós, hoje? Interroguemo-nos sobre a nossa atitude para com Jesus: a sua palavra surpreende-nos? Pomos de lado as suas palavras que nos provocam, para não nos pormos em questão? Preferimos ficar na nossa tranquilidade?
ORAÇÃO
“Deus, Tu que nos conheces melhor que ninguém, Tu que és a nossa força na provação e que estás ao nosso lado para nos libertar, nós Te damos graças. Nós Te pedimos por todos os profetas de hoje, por aqueles que resistem aos poderosos pedindo o respeito pelos pobres e pelos fracos, por aqueles que mostram ao nosso mundo o caminho de uma vida mais justa e mais libertadora”.
“Pai, nós Te damos graças pelo teu amor infinito, que nos revelaste em Jesus, teu Filho, porque Ele teve paciência, esteve ao serviço, não procurou o seu interesse, tudo suportou, fez-Te confiança em tudo.

Nós Te recomendamos todas as famílias cristãs: enche-as do teu Espírito de amor, como nós Te pedimos na celebração dos casamentos”.

Deus fiel e paciente, bendito sejas pela mensagem de graça que saía da boca do teu Filho Jesus. Nós Te bendizemos pelos profetas que enviaste outrora aos pagãos, porque Tu queres a salvação e a felicidade de todos os homens.  Nós Te pedimos pelas nossas cidades, onde a mensagem do Evangelho provoca as mesmas oposições e rejeições que outrora em Nazaré. Que o teu Espírito sustente a nossa fé”.
Meditação para a semana…
O célebre hino à caridade de Paulo, que a segunda leitura nos dá para meditar, recorda como é importante a caridade entre irmãos… na assembléia! É aí que deve acontecer em primeiro lugar a atenção ao outro, o acolhimento do outro, o respeito pelo outro. Parafraseando São Paulo, poderíamos dizer: “Podemos cantar os mais belos cânticos do mundo, mas se nos falta o amor fraterno, nada somos!” Na missa, Cristo manifesta a sua presença: na sua Palavra; sob as espécies do pão e do vinho; na pessoa do sacerdote; e na assembléia reunida em seu nome! Será que uma assembléia, cujos membros se comportam como “desconhecidos”, manifesta verdadeiramente a presença do Senhor da Vida?
fonte:
www.dehonianos.org.br

28 janeiro, 2016


Mauro Martins Amatuzzi - Graduado em Psicologia pela PUC de São Paulo (1974), com especialização em Aconselhamento Psicológico pela USP (1979) e doutorado em Educação pela UNICAMP (1988). Estudou Filosofia e Teologia, com os padres dominicanos. Professor aposentado pelo Instituto de Psicologia da USP. Foi também docente na PUC-Campinas, na graduação e pós-graduação em Psicologia, por mais de 20 anos, até 2011. Como psicólogo, trabalha na abordagem fenomenológica, com ênfase na Abordagem Centrada na Pessoa, atuando principalmente em Psicoterapia, supervisão e Grupos Psicoeducativos.

24 janeiro, 2016

Homilia 24-janeiro-2016
Diácono Pedro Bernardo

23 janeiro, 2016

24-janeiro-2016 - 3º Domingo do Tempo Comum - Lc 1,1-4;4,14-21

A liturgia deste domingo coloca no centro da nossa reflexão a Palavra de Deus: ela é, verdadeiramente, o centro à volta do qual se constrói a experiência cristã. Essa Palavra não é uma doutrina abstrata, para deleite dos intelectuais; mas é, primordialmente, um anúncio libertador que Deus dirige a todos os homens e que encarna em Jesus e nos cristãos. A primeira leitura, nos diz como a Palavra deve estar no centro da vida comunitária e como ela, uma vez proclamada, é geradora de alegria e de festa.  O Evangelho, apresenta Cristo como a Palavra que se faz pessoa no meio dos homens, a fim de levar a libertação e a esperança às vítimas da opressão, do sofrimento e da miséria. Sugere-se, também, que a comunidade de Jesus é a comunidade que anuncia ao mundo essa Palavra libertadora. A segunda leitura apresenta a comunidade gerada e alimentada pela Palavra libertadora de Deus: é uma família de irmãos, onde os dons de Deus são repartidos e postos ao serviço do bem comum, numa verdadeira comunhão e solidariedade.
Reflexão:
Lucas não pode guardar para si o que as “testemunhas oculares e ministros da Palavra” lhe transmitiram. Então, decide escrever ao seu amigo Teófilo “para que ele tenha conhecimento seguro do que lhe foi ensinado». Depois de Teófilo e da sua comunidade cristã, somos convidados por Lucas e pelos outros três evangelistas a crer na Palavra, esta Palavra que muitos assinaram com o seu sangue. Não é o que, aliás, pede Jesus aos seus compatriotas de Nazaré: acreditar na Palavra? Na sua homilia, Jesus afirma que se realiza hoje a palavra de ontem do profeta Isaías. Ele anuncia a Boa Nova aos pobres e realiza a salvação. Então compreendemos porque é que os habitantes de Nazaré tinham os olhos fixos nele, viam que Ele falava como homem que tem autoridade. Não somente as suas palavras eram “boa nova”, mas Ele próprio era a Boa Nova há tanto esperada. Desde Lucas, desde Teófilo, quantos mensageiros da Boa Nova ninguém conseguiu calar porque, se a mensagem de Cristo é precisamente uma boa nova, é feita para ser anunciada!
• No Evangelho de Lucas e neste texto em particular, Jesus manifesta de forma bem nítida a consciência de que foi investido do Espírito de Deus e enviado para esclarecer tudo o que rouba a vida e a dignidade do homem. A nossa civilização, há vinte e um séculos que conhece Cristo e a essência da sua proposta. No entanto, o nosso mundo continua  multiplicando as cadeias opressoras. Porque é que a proposta libertadora de Jesus ainda não chegou a todos? Que situações hoje, à minha volta, me parecem mais dramáticas e exigem uma ação imediata (pensar na situação de tantos imigrantes; pensar na situação de tantos idosos, sem amor e sem cuidados, que sobrevivem com pensões de miséria; pensar nas crianças de rua e nos sem teto que dormem nos recantos das nossas cidades; pensar na situação de tantas famílias, destruídas pela droga e pelo álcool…)?
• A fidelidade ao “caminho” percorrido por Cristo é a exigência fundamental do ser cristão. Ao longo dos séculos, tem sido a defesa da dignidade do homem a preocupação fundamental da Igreja de Jesus? Preocupa-nos a libertação dos nossos irmãos escravizados? Que posso eu fazer, de maneira concreta, para continuar no meio deles a missão libertadora de Cristo?
• Repare, neste texto, como Jesus “atualiza” a Palavra de Deus proclamada e a torna um anúncio de libertação que toca  muito perto a vida dos homens. Os que proclamam a Palavra, que a explicam nas homilias, têm esta preocupação de torna-la uma realidade “tocante” e um anúncio verdadeiramente transformador e libertador, que atinge a vida daqueles que os escutam?
No tempo de Jesus, há umas centenas de anos que os judeus liam o livro do profeta Isaías, do qual Jesus cita uma passagem: “O Espírito do Senhor está sobre mim… Enviou-me a levar a Boa Nova aos pobres…” Mas em cada ano era sempre a mesma coisa: nada mudava! E eis que Jesus anuncia repentinamente que essa palavra se cumpre hoje, nele. Como poderia ser? Não era Ele o filho do carpinteiro? Com Jesus, a Boa Nova anunciada por João Baptista já não é simplesmente uma promessa. É uma força e uma luz que mudam a vida agora. Mas, para nós que lemos esta Palavra há tanto tempo, parece que é sempre a mesma coisa: nada muda! A religião não se tornou o “ópio do povo” para adormecer os pobres? Seria o caso se Jesus não tivesse ressuscitado, sempre vivo, literalmente nosso contemporâneo. Fala-nos sempre no presente para nos dizer que, hoje, o Espírito do Senhor nos é dado para que a nossa maneira de agir mude concretamente, para que ela tome uma cor mais evangélica. É através de nós que Jesus age para cumprir a promessa divina. Nos dá o seu Espírito para que o nosso coração se liberte dos seus egoísmos, para que os outros não se sintam mal no nosso coração, para que levemos aos pobres o apoio da nossa ajuda e da nossa partilha, aos cegos a luz da nossa amizade, para que hoje seja um dia de felicidade para aqueles e aquelas que encontrarmos. É a nossa missão de cristãos: que a Boa Nova tome corpo na nossa vida, para que a Palavra de Deus seja viva hoje!
ORAÇÃO 

“Deus Pai, que velas sobre o teu povo há muitas gerações, com o escriba Esdras e toda a sua comunidade nós também confessamos: a alegria do Senhor é a nossa proteção. Bendito sejas Tu para sempre. Nós Te recomendamos todos os nossos irmãos e irmãs na fé que trabalham para fazer conhecer, compreender e amar a Palavra nas Santas Escrituras”.

 “Pai, nós Te damos graças pelo corpo de Cristo, ao qual nos incorporaste pelo batismo e confirmação, para que sejamos membros vivos desse corpo. Nós Te pedimos pelos apóstolos, os profetas, os catequistas e todos os que têm missões na Igreja. Guarda-nos a todos na unidade”.
“Cristo Jesus, nosso mestre e nosso irmão, bendito sejas Tu, porque realizaste as palavras dos profetas. Reconhecemos em Ti a presença do Espírito em toda a sua plenitude. Tu és para nós o libertador, a luz e o benfeitor soberano. Nós Te pedimos pela tua Igreja: que ela traga a Boa Nova, que ela anuncie a libertação do mal e revele a luz do mundo”.
Meditação para a semana. . .
• No final da celebração, “digerimos” verdadeiramente as palavras do salmista? Neste domingo da Palavra de Deus, antes de retomar o caminho para as nossas casas, escutemos ainda como o salmista canta Deus que fala ao seu povo: «A lei do Senhor é perfeita, ela reconforta a alma; as ordens do Senhor são firmes, dão sabedoria aos simples. Os preceitos do Senhor são retos e alegram o coração; os mandamentos do Senhor são claros e iluminam os olhos». A Palavra que recebemos é uma palavra que alegra e que ilumina. É uma canção, uma lâmpada. Que ela nos acompanhe em cada instante ao longo da semana…
fonte:
www.dehonianos.org

16 janeiro, 2016

17-janeiro-2016 - 2º Domingo do Tempo Comum
A liturgia de hoje apresenta a imagem do casamento como imagem que exprime de forma privilegiada a relação de amor que Deus (o marido) estabeleceu com o seu Povo (a esposa). A questão fundamental é, portanto, a revelação do amor de Deus.  A primeira leitura define o amor de Deus como um amor inquebrável e eterno, que continuamente renova a relação e transforma a esposa, sejam quais forem as suas falhas passadas. Nesse amor nunca desmentido, reside a alegria de Deus. O Evangelho apresenta, no contexto de um casamento (cenário da “aliança”), um “sinal” que aponta para o essencial do “programa” de Jesus: apresentar aos homens o Pai que os ama, e que com o seu amor os convoca  para a alegria e a felicidade plena. A segunda leitura fala dos “carismas” – dons, através dos quais continua a manifestar-se o amor de Deus. Como sinais do amor de Deus, eles se destinam ao bem de todos; não podem servir para uso exclusivo de alguns, mas têm que postos ao serviço de todos com simplicidade. É essencial que na comunidade cristã se manifeste, apesar da diversidade de membros e de carismas, o amor que une o Pai, o Filho e o Espírito Santo.

Reflexão:
Passam-se tantas coisas nesta sala da boda. Maria, com a sua intuição feminina, percebe o embaraço do mestre do banquete: vai faltar vinho. Diz a Jesus. Ela procurava  apenas  informá-lo? Pensava ela que Ele podia fazer qualquer coisa? Jesus pede a sua mãe para renovar o seu ato de fé. Como há trinta anos, ela pede aos serventes o que o anjo lhe havia pedido: “fazei o que Ele vos disser! Tende confiança Nele!” E eis que as talhas destinadas às abluções rituais da religião judaica vão servir para manifestar a plenitude do dom de Deus e a nova relação dos homens com Deus. É proposto um novo rito, vai ser selada uma nova Aliança. Uma Aliança que selará para sempre a relação de Deus com a humanidade.
• Quando a relação com Deus assenta num jogo intrincado de ritos externos, de regras e de obrigações que é preciso cumprir, a religião torna-se um pesadelo insuportável que tiraniza e oprime. Ora, Jesus veio nos revelar Deus como um Pai bondoso e terno, que fica feliz quando pode amar os seus filhos. É esse o “vinho” que Jesus veio trazer para alegrar a “aliança”: o “vinho” do amor de Deus, que produz alegria e que nos leva à festa do encontro com o Pai e com os irmãos. A nossa “religião” é isto mesmo – o encontro com o Jesus que nos dá o vinho do amor?
• O que é que os nossos olhos e os nossos lábios revelam aos outros: a alegria que brota de um coração cheio de amor, ou o medo e a tristeza que brotam de uma religião de pesadelo, de leis e de medo?
• Com qual das personagens que participam da “boda” nos identificamos: com o chefe de mesa, comodamente instalado numa religião estéril, vazia e hipócrita, com a “mulher”/mãe que pede a Jesus que resolva a situação, ou com os “serventes” que vão fazer “tudo o que Ele disser” e colaborar com Jesus no estabelecimento da nova realidade?
Para São João, os “milagres” são sempre “sinais” que nos reenviam para além da materialidade dos fatos. Será bom olhar com mais atenção esta água mudada em vinho. A água é um elemento vital. Mas é, antes de mais nada, um elemento ordinário e bruto. A água se encontra na natureza, não precisa de ser fabricada. O vinho é fruto da vinha, mas também do trabalho do homem, como dizemos na Eucaristia. Jesus manda encher as talhas de água, a água que é  símbolo da nossa vida ordinária, de todos os dias. Jesus toma esta água ordinária para  transformá-la. Não com uma varinha mágica, mas com a força do Espírito Santo, com a força do amor. É porque este vinho é melhor que o vinho dos homens… Por este “sinal”, Jesus quer vir ter conosco na nossa vida ordinária, para aí colocar a sua presença de amor, o amor do Pai, o Espírito Santo. Toma a nossa vida, com as nossas alegrias, os nossos amores, as nossas conquistas humanas, importantes  mas tantas vezes efêmeras, com os nossos tédios, os nossos dias sem gosto e sem cor, os nossos fracassos e mesmo os nossos pecados, também eles ordinários. E aí, Ele “nos trabalha” pelo seu amor, no segredo, para fazer brotar em nós a vida que tem o sabor do vinho do Reino. Isto, Ele cumpre em particular cada vez que participamos na Eucaristia. Façamos do “tempo ordinário” o tempo do acolhimento do trabalho em nós do Vinhateiro divino!
ORAÇÃO:
 “Deus, que Te revelas como esposo do teu povo e chegas mesmo a considerar a tua Igreja como tua esposa, nós Te damos graças e Te bendizemos pelos gestos de atenção e pela ternura imensa que nos manifestas. Nós Te pedimos por todos os esposos e por todos os matrimônios, mas sobretudo pelos esposos cristãos, que chamaste a ser sinais do teu amor e da tua fidelidade”.
 “Deus só e único, Deus de todos os cristãos, que ages em nós, nós Te damos graças pelo teu Espírito Santo, que nos comunicas sem cessar na liturgia e na proclamação da tua Palavra.  Nós Te pedimos pela reconciliação das Igrejas e pela unidade no interior de cada comunidade cristã. Que os teus filhos saibam discernir em qualquer circunstância o que vem do teu único Espírito”.
 “Jesus, nosso Mestre, nós Te damos graças pelo sinal que realizaste em Caná, manifestando as bodas de Deus com o seu povo. Nós Te bendizemos pelo sinal do vinho e o cálice da nova Aliança. Nós Te pedimos por todas as pessoas à nossa volta que estão privadas da alegria que Tu nos revelas com a tua presença e com o dom do teu Espírito de festa”.

Meditação para a semana... 
Na segunda leitura, São Paulo do mesmo Espírito, do mesmo Senhor, do mesmo Deus que realiza tudo em todos: os nossos dons nos são oferecidos.  O mesmo e único Espírito distribui os seus dons a cada um, segundo a sua livre vontade. No uso que fazemos dos nossos dons, procuremos a humildade: sobretudo não desprezemos aqueles que receberam, pelo menos aparentemente, dons menos vistosos ou menos impressionantes! Deus age à sua maneira, que não é a nossa. Geralmente, estamos habituados a olhar o outro à nossa maneira e não à maneira de Deus, a ver quase só os seus defeitos e não os seus dons. Ao longo da semana, procuremos valorizar o dom que o irmão é para nós, em particular, aqueles com quem nos encontramos em casa, na comunidade, no trabalho, na escola…
fonte:
www.dehonianos.org

10 janeiro, 2016

Homilia 10-janeiro-2016

09 janeiro, 2016

10-janeiro-2016-Festa do Batismo do Senhor - Lc 3,15-16.21-22

A liturgia deste domingo tem como cenário de fundo o projeto salvador de Deus. No Batismo de Jesus nas margens do Jordão, revela-se o Filho amado de Deus, que veio ao mundo enviado pelo Pai, com a missão de salvar e libertar os homens. Cumprindo o projeto do Pai, Jesus se fez um de nós, partilhou a nossa fragilidade e humanidade, nos libertou do egoísmo e do pecado, se empenhou em nos promover para que pudéssemos chegar à vida plena.  A primeira leitura anuncia um misterioso “Servo”, escolhido por Deus e enviado aos homens para instaurar um mundo de justiça e de paz sem fim… Animado pelo Espírito de Deus, Ele concretizará essa missão com humildade e simplicidade, sem recorrer ao poder, à imposição, à prepotência, pois esses esquemas não são os de Deus.  No Evangelho, nos aparece a concretização da promessa profética veiculada pela primeira leitura: Jesus é o Filho/”Servo” enviado pelo Pai, sobre quem repousa o Espírito, e cuja missão é realizar a libertação dos homens. Obedecendo ao Pai, Ele tornou-se pessoa, identificou-Se com as fragilidades dos homens, caminhou ao lado deles, a fim de  promove-los e de os levar à reconciliação com Deus, à vida em plenitude. A  segunda leitura reafirma que Jesus é o Filho amado que o Pai enviou ao mundo para concretizar um projeto de salvação; por isso, Ele “passou pelo mundo fazendo o bem” e libertando todos os que eram oprimidos. É este o testemunho que os discípulos devem dar, para que a salvação que Deus oferece chegue a todos os povos da terra.
Reflexão:
• No episódio do Batismo, Jesus aparece como o Filho amado, que o Pai enviou ao encontro dos homens para os libertar e para os inserir numa dinâmica de comunhão e de vida nova. Nessa cena revela-se, portanto, a preocupação de Deus e o imenso amor que Ele nos dedica… É bonita esta história de um Deus que envia o próprio Filho ao mundo, que pede a esse Filho que Se solidarize com as dores e limitações dos homens e que, através da ação do Filho, reconcilia os homens consigo e os faz chegar à vida em plenitude. Aquilo que nos é pedido é que correspondamos ao amor do Pai, acolhendo a sua oferta de salvação e seguindo Jesus no amor, na entrega, na doação da vida. Ora, no dia do nosso Batismo, nos comprometemos com esse projeto… Temos, depois disso, renovado diariamente o nosso compromisso e percorrido, com coerência, esse caminho que Jesus veio nos  propor?
• A celebração do Batismo do Senhor nos leva até um Jesus que assume plenamente a sua condição de “Filho” e que Se faz obediente ao Pai, cumprindo integralmente o projeto do Pai de dar vida ao homem. É esta mesma atitude de obediência radical, de entrega incondicional, de confiança absoluta que eu assumo na minha relação com Deus? O projeto de Deus é, para mim, mais importante de que os meus projetos pessoais ou do que os desafios que o mundo me faz?
• O episódio do Batismo de Jesus nos coloca frente a frente com um Deus que aceitou se identificar com o homem, partilhar a sua humanidade e fragilidade, a fim de oferecer ao homem um caminho de liberdade e de vida plena. Eu, filho deste Deus, aceito ir ao encontro dos meus irmãos mais desfavorecidos e estender-lhes a mão? Partilho a sorte dos pobres, dos sofredores, dos injustiçados, sofro na alma as suas dores, aceito identificar-me com eles e participar dos seus sofrimentos, a fim de melhor os ajudar a conquistar a liberdade e a vida plena? Não tenho medo de me sujar ao lado dos pecadores, dos marginalizados, se isso contribuir para  promove-los e para lhes dar mais dignidade e mais esperança?
• No Batismo, Jesus tomou consciência da sua missão (essa missão que o Pai Lhe confiou), recebeu o Espírito e partiu em viagem pelos caminhos poeirentos da Palestina, a testemunhar o projeto libertador do Pai. Eu, que no Batismo aderi a Jesus e recebi o Espírito que me capacitou para a missão, tenho sido uma testemunha séria e comprometida desse programa em que Jesus Se empenhou e pelo qual Ele deu a vida?
Oração
 “Pai do teu povo, nós Te bendizemos. Tu que os profetas muitas vezes anunciaram como o Deus vingativo, te apresentas como um Deus pastor, que reúne e conduz o seu rebanho, com solicitude. Na nossa sociedade do consumo e do lucro, tão dura para quem perde, nós Te pedimos: que as nossas comunidades cristãs sejam em todo a parte lugares de reconforto e de esperança”.
 “Deus, nosso Salvador, nós Te damos graças, porque manifestaste a tua bondade e a tua ternura para com a nossa humanidade; Fizeste-nos renascer pela água do Batismo e nos renovaste no Espírito Santo.
Que o teu Espírito nos ensine a rejeitar o pecado e as paixões deste mundo, e a viver no mundo presente como homens justos e religiosos”.

 “Deus que nenhum olhar pode ver, bendito és Tu pela revelação que comunicaste no Batismo de Jesus, porque de maneira sensível Te manifestaste como o Pai de Jesus e nosso Pai e nos revelaste o teu Espírito.
Nós Te pedimos pelas crianças, jovens e adultos que serão batizados e confirmados ao longo dos próximos meses.
Meditação para a semana . . . 
“O céu abriu-se… O Espírito Santo desceu sobre Jesus… Do céu fez-se ouvir uma voz: Tu és o meu Filho muito amado: em Ti pus toda a minha complacência». O que aconteceu em Jesus aconteceu em cada um e cada uma de nós. Como Cristo, fomos batizados; como a Ele, a voz do Pai nos disse: Tu és o meu filho amado, tu és a minha filha amada! Esta voz nos  fala  sempre: ela nos  recorda a nossa dignidade de filhos e de filhas de Deus, ela nos envia a gritar aos nossos irmãos: “Sois os bem-amados do Pai!” Nós que fomos enxertados no Espírito Santo, mas que temos medo do futuro, escutemos esta voz que nos diz: “Tu és o meu filho, tu és a minha filha, eu estou contigo, em ti pus toda a minha ternura!” Sejamos ternura, bondade e misericórdia para os outros…

fonte:
www.dehonianos.org

06 janeiro, 2016

06-janeiro - Dia de Reis e da Epifania do Senhor
A origem oriental desta solenidade está implícita no seu nome: Epifania (revelação, manifestação). Os latinos usavam a denominação festividade da declaração ou aparição com o significado de revelação da divindade de Cristo ao mundo pagão através da adoração dos magos, aos judeus com o batismo nas águas do Jordão e aos discípulos com o milagre das bodas de Caná.  O “Dia de Reis” é uma das festas tradicionais mais singelas celebrada em todo o mundo católico. Neste dia se comemora a visita de um grupo de reis magos (Mt 2 1 -12), vindos do Oriente, para adorar a “Epifania do Senhor”. Ou seja, o nascimento de Jesus, o Filho por Deus enviado, para a salvação da humanidade.
O termo “mago” vem do antigo idioma persa e serviu para indicar o país de suas origens: a Pérsia. Eram reis, porque é um dos sinônimos daquela palavra, também usada para nomear os sábios discípulos de uma seita que cultuava um só Deus. Portanto, não eram astrólogos nem bruxos, ao contrário, eram inimigos destas enganosas artes mágicas e misteriosas.
Esses soberanos corretos esperavam pelo Salvador, expectativa já presente mesmo entre os pagãos. Deus os recompensou pela retidão com a maravilhosa estrela, reconhecida pela sabedoria de suas mentes como o sinal a ser seguido, para orientação dos seus passos até onde se achava o Menino Deus.
Foram eles que mostraram ao mundo o cumprimento da profecia de séculos, chegando no palácio do rei Herodes, de surpresa e perguntando “pelo Messias, o recém-nascido rei dos judeus”. Nesta época aquele tirano reprimia a população pelo medo, com ira sanguinária. Mas os magos não o temeram, prosseguiram sua busca e encontraram o Menino Deus.
A Bíblia diz que os magos chegaram à casa e viram o Menino com sua Mãe. Isto porque José já tinha providenciado uma moradia muito pobre, mas mais apropriada, do que a gruta de Belém onde Jesus nascera. Ali, os reis magos, depois de adorar o Messias, entregaram os presentes: ouro, incenso e mirra. O ouro significa a realeza de Jesus; o incenso, sua essência divina e a mirra, sua essência humana. Prestada a homenagem, voltaram para suas nações, evitando novo contato com Herodes, como lhes indicou o anjo do Senhor.
A tradição dos primeiros séculos, seguindo a verdade da fé, evidenciou que eram três os reis magos: Melquior, Gaspar e Baltazar. Até o ano 474 seus restos estiveram sepultados em Constantinopla, a capital cristã mais importante do Oriente, depois foram trasladados para a catedral de Milão, na Itália. Em 1164 foram transferidas para a cidade de Colônia, na Alemanha, onde foi erguida a belíssima Catedral dos Reis Magos, que os guarda até hoje.
No século XII, com muita inspiração, São Beda, venerável doutor da Igreja, guiado por uma inspiração, descreveu o rosto dos três reis magos, assim: “O primeiro, diz, foi Melquior, velho, circunspecto, de barba e cabelos longos e grisalhos… O segundo tinha por nome Gaspar e era jovem, imberbe e louro… O terceiro, preto e totalmente barbado chamava-se Baltazar (cfr. “A Palavra de Cristo”, IX, p. 195)”.

Deus revelou seu Filho ao mundo e ordenou que o acatassem e seguissem. Os reis magos fizeram isto com toda humildade, gesto que simboliza o reconhecimento do mundo pagão desta Verdade. Isso é o mais importante a ser festejado nesta data. A revelação, isto é, a Epifania, que confirma a divindade do Santo Filho de Deus feito homem, que no futuro sacrificaria a própria vida em nome da salvação de todos nós.

fonte:
www.franciscanos.org.br

03 janeiro, 2016

Homilia 03-janeiro 2016
Padre Danilo Stradiotto

02 janeiro, 2016

03-janeiro-2016--Solenidade da Epifania do Senhor -Mt 2,1-12

A liturgia deste  - nos leva à manifestação de Jesus como "a luz" que atrai a Si todos os povos da terra. Essa "luz" encarnou na nossa história, a fim de iluminar os caminhos dos homens com uma proposta de salvação/libertação.  A primeira leitura anuncia a chegada da luz salvadora de Jahwéh, que alegrará Jerusalém e que atrairá à cidade de Deus povos de todo o mundo.  No Evangelho, vemos a concretização dessa promessa: ao encontro de Jesus vêm os "Magos", atentos aos sinais da chegada do Messias, que O aceitam como "salvação de Deus" e O adoram. A salvação, rejeitada pelos habitantes de Jerusalém, torna-se agora uma oferta universal.  A segunda leitura apresenta o projeto salvador de Deus como uma realidade que vai atingir toda a humanidade, juntando judeus e pagãos numa mesma comunidade de irmãos - a comunidade de Jesus.
Reflexão:
* Em primeiro lugar, meditemos nas atitudes das várias personagens que Mateus nos apresenta em confronto com Jesus: os "Magos", Herodes, os príncipes dos sacerdotes e os escribas do povo ... Diante de Jesus, eles assumem atitudes diversas que vão desde a adoração (os "Magos") até à rejeição total (Herodes), passando pela indiferença (os sacerdotes e os escribas: nenhum deles se preocupou em ir ao encontro desse Messias que eles conheciam bem das Escrituras). Identificamo-nos com algum destes grupos? Não é fácil "conhecer as Escrituras", como profissionais da religião e, depois, deixar de lado as propostas e os valores de Jesus ?
* Os "Magos" são apresentados como os "homens dos sinais", que sabem ver na "estrela" o sinal da chegada da libertação. Somos pessoas atentas aos "sinais" - isto é, somos capazes de ler os acontecimentos da nossa vida e da história do mundo à luz de Deus? Procuramos perceber nos "sinais" a vontade de Deus?
* Impressiona também, no relato de Mateus, a "desinstalação" dos "Magos": viram a "estrela", deixaram tudo, arriscaram tudo e vieram procurar Jesus. Somos capazes da mesma atitude de desinstalação, ou estamos muito agarrados ao nosso sofá, ao nosso colchão, à nossa televisão, à nossa aparelhagem, à nossa internet? Somos capazes de deixar tudo para responder aos apelos que Jesus faz através dos irmãos?
* Os "Magos" representam os homens de todo o mundo que vão ao encontro de Cristo e que se prostram diante d'Ele. É a imagem da Igreja, essa família de irmãos, constituída por gente de muitas cores e raças, que aderem a Jesus e que O reconhecem como "o Senhor".
A Epifania é feita de trevas e de luz. Herodes está nas trevas: cheio de inquietude e toda Jerusalém com ele ... Ele convoca os Magos "em segredo", fecha-se na mentira, fazendo crer que quer adorar o Messias enquanto queria  mata-lo. Os Magos, eles, estão na luz, vêm do país onde se levanta o sol, e uma estrela ilumina a sua noite. Põem-se a caminho, procuram, questionam. Esta luz para a qual eles tendem alegra-os. Então, prosternam-se diante d'Aquele que se dirá "a Luz do mundo". Em toda a verdadeira relação há um intercâmbio. Então, Deus oferece ao mundo seu Filho como presente, os Magos abrem os seus cofres e oferecem-nos Àquele que eles consideram como Rei (ouro), como Deus (incenso) e como humano que é mortal (mirra). Nesse dia, Deus faz-Se reconhecer por aqueles que O procuram, enquanto os chefes dos sacerdotes e os escribas que pensavam tê-lo encontrado ficam em Jerusalém e recusarão reconhecê-lo.
Diz-se que eram três reis vindos do oriente. O que é seguro é que não eram reis, mas sábios astrólogos. Porém, nesta Solenidade da Epifania, é de uma história de reis que se trata. Não são três, mas dois. Primeiro, o rei Herodes, "o Grande". A ele se deve a reconstrução do Templo. Mas distinguiu-se, sobretudo pela crueldade e pelos seus crimes, matando mesmo três dos seus filhos para preservar o poder. E depois, há outro rei, aquele que os Magos vieram procurar. "Onde está o rei dos Judeus que acaba de nascer?" Esta simples questão basta para aterrorizar Herodes. Este título colar-se-á a Jesus até à cruz. Que imensa oposição entre estes dois reis! De um lado, a sede de um poder tirânico, o recurso à violência, à tortura, à guerra, à mentira ... De outro lado, uma criança desprovida de qualquer poder, que terminará lamentavelmente na cruz. Como não reler a história da humanidade, inclusive a história das religiões, a esta luz? "Em nome de Deus" matou-se e trucidou-se tanta gente ... E as coisas não parecem estar perto do fim! Reis, príncipes, papas, imãs ... utilizaram o seu poder para impor a dita "verdadeira religião". Os cristãos entraram igualmente nesse esquema. Mas cada vez que recorreram à violência, traíram, negaram, crucificaram Jesus, o rei sem poder. Jesus nunca recorreu à espada, nunca recomendou o uso das armas. É uma das maiores lições da Epifania: quando Deus Se manifesta em Jesus, proclama alto e bom som que nunca esteve nem estará do lado dos poderosos, da força, do terrorismo, da guerra. Ele não Se defenderá, pois o seu poder está noutro lado. Possamos nós, com os Magos, vir sem cessar até Jesus, que nos apresenta Maria sua mãe, e, caindo de joelhos, dizer-lhe que é Ele que queremos seguir, Ele que, só, é verdadeiramente um rei "doce e humilde de coração” .
ORAÇÃO
"Deus de luz, erguemos os nossos olhos para Ti, cheios de admiração. Nós Te bendizemos, porque a tua glória ergueu-se sobre nós, arrancaste-nos das trevas e pões-nos de pé, a caminho da nova Jerusalém. Nós Te pedimos pelos povos da terra que estão ainda nas trevas e pelas pessoas que conhecemos e que procuram a saída da escuridão".
"Pai de todos os homens, nós Te bendizemos pela revelação do teu mistério, pela promessa que destinas a todos os povos e pela herança a que tanto desejas associá-los, na luz.  Nós Te pedimos por todos os missionários que partiram para longe anunciar esta Boa Nova, através da palavra e de atos concretos".
"Pai Nosso, único rei digno deste nome, nós Te louvamos pelos sinais que nos guiam para Ti e, sobretudo, pelo teu Filho Jesus, estrela que em nós está sempre presente, em todos os instantes da nossa vida. Nós Te pedimos pela tua Casa, que é a tua Igreja, e por todas as suas comunidades: que o teu Filho Jesus nos guie através da nova estrela que é o teu Espírito presente nas nossas vidas".
Meditação para a semana . . .

* A mensagem da Epifania é clara: Deus não limita o seu amor apenas aos crentes do povo judaico, mas ilumina todos os povos da terra ... Tal é um convite para abrir a nossa inteligência e o nosso coração em relação a todos os homens que se julgam longe de Deus: a nossa fé nos diz que Deus está próximo deles, por vezes muito próximo; a nossa fé nos diz que é preciso respeitar todas as religiões que não são cristãs ... Concretamente, na nossa vida quotidiana, não cessemos de dar graças: pelo seu Espírito, Deus fala a todo o homem! Para esta semana que começa, levemos no nosso coração as palavras do salmo que valem para todo o homem de boa vontade: "Socorrerá o pobre que pede auxílio e o miserável que não tem amparo. Terá compaixão dos fracos e dos pobres e defenderá a vida dos oprimidos".

fonte:
www.dehonianos.org

01 janeiro, 2016

Amor e gratidão ao Sagrado Coração.
São Boaventura, falando do amor  divino irradiado pelo Sagrado Coração,na singela e bela poética franciscana exorta: "Levanta-te, ó alma amiga de Cristo. Não cesses a  tua vigília, cole teus lábios neste Coração para aí beberes as águas das fontes de salvação" A devoção ao Coração do Salvador  continua sendo uma das expressões mais  difundidas e amadas pela piedade celestial. Possui sólido fundamento nas Sagradas Escrituras. Requer uma atitude constituida  pela conversão e reparação, pelo amor e a gratidão, pelo empenho apostólico e a consagração a Cristo e à sua obra de salvação.Sagrado Coração de Jesus, nós confiamos em vós.
Pe. Antonio Francisco Bohn
fonte:













REZAR COM O PAPA (JAN  2016)
Cada mês, o Santo Padre propõe intenções de oração a todos os cristãos, pelos desafios que considera mais importantes para o mundo e para a Igreja. O Passo-a-rezar, em colaboração com o Lugar Sagrado, disponibiliza um ficheiro mensal que ajuda a rezar por esta intenção. Ao fazer isto, estarás a fazer parte desta rede mundial de oração, composta por mais de 40 milhões de pessoas em todo o mundo, simpatizantes do Apostolado da Oração, que tem como missão rezar e divulgar estas intenções.

Universal:  Diálogo inter-religioso
Para que o diálogo sincero entre homens e mulheres de diferentes religiões produza frutos de paz e de justiça.

Pela Evangelização:  Unidade dos Cristãos
Para que, através do diálogo e da caridade fraterna, com a graça do Espírito Santo, sejam superadas as divisões entre os cristãos.

fonte:
www.passo-a-rezar.net