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27 fevereiro, 2013



Mudança no horário de missa na
Comunidade São Geraldo -
 Jardim Laranjeiras:

Sábado: 16 horas

Via-Sacra na Matriz São Benedito

6ª feira:  19h30

25 fevereiro, 2013

Hoje, 25/fevereiro, após a missa das 19h15,


na Matriz São Benedito, com Padre Marcos:


Reflexão sobre o Ano da Fé

24 fevereiro, 2013

Ouça a homilia do padre Marcos Ramalho.
Domingo, 24/fevereiro/2013

21 fevereiro, 2013

Ser penitente

Podemos pensar que penitência é castigo ou um gesto externo de mortificação, ou então abstinência, jejum, vigílias, privar-se do agradável, infligir dor corporal.
Penitência verdadeira é aquela que elimina excessos: excesso de egoísmo, de ostentação, de comida, de apegos materiais, de palavras banais, de ansiedade, de impaciência, de intolerância.
O verdadeiro penitente é aquele que pergunta todo dia: o que está exagerado em mim ? E vai aparando as arestas do que tem mais negativo para chegar à medida exata do seu coração. E qual a medida boa do coração ?
Teologicamente é voltar cada dia aos caminhos do Senhor.
Eticamente é fugir de qualquer possibilidade do mal.
Afetivamente é amar intensamente e fazer continuamente o bem sem importar a quem.
Frei Vitório Mazzuco Fº- OFM
FONTE:

18 fevereiro, 2013

"Crianças, leiam esse texto do Luís Felipe Pondé sobre o Papa Bento XVI. É um elogio entre tantas baboseiras que a imprensa tem publicado. Resumindo, Pondé afirma que "Todo o mundo só quer agradar "seu eleitorado" e Bento 16 quis tratar seu eleitorado como gente grande. Preferiu "fracassar como Sócrates" a vencer como um demagogo feliz." Esse texto merece ser lido por inteiro."
Pe. Marcos Ramalho
Fonte:
Facebook

Luiz Felipe Pondé  - Folha de São Paulo- 18/02/2013

"Nem o papa aguentou!"
Eis a máxima da portuguesa Agustina Bessa-Luís: hoje, todo o mundo quer agradar, até o metafísico
No dia da renúncia do papa, uma amiga minha querida, portadora de uma personalidade difícil (acha quase todo mundo bobo), mandou-me uma mensagem assim: "Nem o papa aguentou!".
Afinal, o que ele não teria aguentado? Peço licença à minha amiga nojenta para tomar sua exclamação e fazer um pouco de filosofia selvagem a partir dela.
Antes, esclareço que não sofro do comum preconceito de pessoas inteligentinhas contra a Igreja Católica. Qual é esse preconceito? Hoje em dia, num mundo em que todo o mundo diz que não tem preconceito, o único preconceito aceito pelos inteligentinhos é contra a igreja: opressora, machista, medieval...
Estudei anos num colégio jesuíta. Graças aos padres aprendi a coragem intelectual, o gosto pelas letras, o valor da liberdade religiosa, o esforço de pensar de modo claro e distinto, o respeito pelas meninas, ao mesmo tempo em que crescíamos num ambiente no qual Eros nunca foi demonizado; enfim, só tenho coisas boas para dizer sobre meus anos de escola jesuíta.
Cresci numa escola na qual, durante a semana, discutíamos como um "mundo mau" pode ter sido criado por um Deus bom. No final de semana, íamos à praia todos juntos, dormíamos lá, meninos e meninas, em paz, namorando, e enchíamos a cara. Noutro final de semana, o mesmo grupo ia a favelas ajudar doentes.
Tive, numa pequena amostra, uma prova do enorme papel civilizador da igreja e do cristianismo como um todo no mundo.
Dizer que a igreja padece de males humanos e que compartilhou de violência de todos os tipos é óbvio demais para valer a pena um minuto de reflexão.
Em jargão teológico, essa "dupla personalidade de bem x mal" não é bipolaridade moral, mas uma dupla identidade: a igreja teria um corpo mundano (pecador como o de todo o mundo) e um corpo místico (voltado a Deus, à eternidade, inserido no mundo assim como Deus encarnou num homem, Jesus).
Portanto, não sou um desses ateuzinhos que, no fundo, não passam de "teenager" bravo porque o pai não existe. Parafraseando o grande Beckett, "God does not exist -that bastard!" (Deus não existe -aquele bastardo!).
Joseph Ratzinger (Bento 16) é um homem inteligente que quis levantar o nível do debate dentro da igreja e na sociedade como um todo. Um filósofo. Resistiu bravamente à contaminação por uma teologia populista e marqueteira, mas sucumbiu à ancestral vocação humana para a mentira e para a vida burocrática.
Hoje, quase tudo no mundo é populista e marqueteiro; lembremos da máxima da grande escritora portuguesa Agustina Bessa-Luís: hoje todo mundo quer agradar, até o metafísico.
Foi isso que o papa não aguentou: ele esbarrou no diagnóstico da contemporaneidade feito pela  Agustina Bessa-Luís. Todo o mundo só quer agradar "seu eleitorado" e Bento 16 quis tratar seu eleitorado como gente grande.
Resultado: angariou inimigos em toda parte porque rompeu o jogo comum de "falar muito e dizer nada", típico da sensibilidade democrática em que vivemos e também da igreja na "sua base popular".
Num mundo de sensibilidade democrática, ninguém quer saber de nada a sério. A "afetação infantil" (Bessa-Luís, de novo) nos define. O "povo é sempre lindo e certo!".
Na democracia, a soberania do governo emana do povo; daí que achar que o "povo é sempre lindo" é um efeito colateral deste modo da soberania. Logo, todo o mundo só quer agradar, e Bento 16 não quis agradar, quis falar a sério.
Sucumbiu às intrigas palacianas, à inércia da estupidez do mundo de ruídos e baladas metafísicas.
As pessoas odeiam quem quer falar a sério. Não querem mais um papa, e sim um consultor de sucesso espiritual e Ratzinger não tem vocação para isso.
A maioria das pessoas quer apenas comprar, divertir-se, ter uma autoestima alta, gozar livremente, não sentir culpa alguma; enfim, ter uma vida moral de criança de dez anos de idade.
Nem o papa aguentou. Preferiu "fracassar como Sócrates" a vencer como um demagogo feliz. No início da quaresma (período em que devemos refletir sobre nossos demônios), denunciou com sua renúncia o mais velho demônio da igreja: a política.
fonte:
Jornal: Folha de São Paulo 

13 fevereiro, 2013

Na tarde deste dia 13/fevereiro/2013, na Catedral Nossa Senhora das Dores, com a presença de padres, seminaristas, diáconos, religiosas, leigos e impresna limeirense, aconte o lançamento oficial da Campanha da Fraternidade-2013
Acompanhe o Hino da CF-2013
01 - HINO CF 2013
1 - Sei que perguntas, juventude, de onde veio
Teu belo jeito sempre novo e verdadeiro.
Eu fiz brotar em ti desde o materno seio
Essa vontade de mudar o mundo inteiro.
Refrão:
Estou aqui, meu Senhor, sou jovem, sou teu povo!
Eu tenho fome de justiça e de amor,
Quero ajudar a construir um mundo novo.
Estou aqui, meu Senhor, sou jovem, sou teu povo!
Para formar a rede da fraternidade,
E um novo céu, uma nova terra, a tua vontade.
Eis-me aqui, envia-me Senhor! (2x)
2 - Levem a todos meu chamado à liberdade
Onde a ganância gera irmãos escravizados.
Quero a mensagem que humaniza a sociedade
Falada às claras, publicada nos telhados.
Refrão
3 - Para salvar a quem perdeu a esperança
Serei a força, plena luz a te guiar.
Por tua voz eu falarei, tem confiança,
Não tenhas medo, novo Reino a chegar!
Refrão
13/fevereiro/2013 -  4ª Feira de Cinzas
O Senhor nos reúne para, em comunidade, darmos início à nossa caminhada quaresmal. Quarenta dias nos separam da grande festa da Páscoa da ressurreição, fundamento de nossa fé. Neste tempo, procuramos trilhar o caminho da conversão proposto pela Campanha da Fraternidade, tendo presente o tema ”Fraternidade e juventude” e o lema: “Eis-me aqui, envia-me”.
É tempo de voltarmos para o Senhor, que é benigno e compassivo. Estamos no tempo favorável: reconciliemo-nos com Deus e com os irmãos e irmãs. Estas são as grandes práticas quaresmais do cristão: caridade, oração e jejum.


Bênção e distribuição das cinzas
Roguemos  instantemente a Deus Pai que abençoe com a riqueza da sua graça estas cinzas, que são colocadas sobre nossas cabeças em sinal de penitência.
Ó Deus, que vos deixais comover pelos que se humilham e vos reconciliais com os que reparam suas faltas, ouvi como um pai as nossas súplicas. Derramai a graça da vossa benção sobre os fiéis que vão receber estas cinzas, para que, prosseguindo na observância da Quaresma, possam celebrar de coração purificado o mistério pascal do vosso Filho. Por Cristo Nosso Senhor. Amém

REFLEXÃO:
Que sou eu? Cinza e pó. O pó é levado pelo vento. Assim acontece com a minha pobre natureza. Sou acessível a todo o vento da tentação. A minha vontade é tão móvel como o pó. Em que é então que me posso orgulhar?
Porque é que o barro e a cinza se orgulham, pergunta o Sábio. Todos os homens, diz ainda, são apenas terra e cinza. Os povos, depois de um rápido brilho, são como um amontoado de cinza depois do incêndio, diz Isaías (33, 12).
Abraão dizia: «Ousarei falar a Deus, eu que não sou senão cinza e pó?» (Gen 18, 27).
No entanto, falou a Deus com humildade e confiança.
Tal deve ser o fruto desta cerimônia. Devo recordar-me, todos os dias, do meu nada e da minha fragilidade. O sinal material apagar-se-á da minha fronte, mas o pensamento que exprime deve permanecer gravado na minha memória.
Sou apenas nada, no entanto irei ter com Deus, mas irei com humildade. Irei lamentando as minhas faltas, irei fazendo reparação e confissão pública pelos meus pecados e pelos dos meus irmãos.
Irei com a consciência da minha fraqueza, mas mesmo assim confiante, porque Deus é bom, porque o Filho de Deus tomou um coração para me amar e partir este coração para deixar escorrer sobre a minha alma o perfume da sua misericórdia.
fontes:
Liturgia Diária Paulus


11 fevereiro, 2013

Bento XVI, que deixará o Pontificado em 28 de fevereiro, não é o primeiro papa a renunciar na história da Igreja Católica, sendo que o último, há quase 600 anos, foi Gregório XII (1406-1415).
O papado é uma das instituições mais duradouras do mundo, e teve uma participação proeminente na história da humanidade. Os papas na Antiguidade  auxiliaram na propagação do cristianismo e a resolver diversas disputas doutrinárias. Na Idade Média eles desempenharam um papel secular importante na Europa Ocidental, muitas vezes, servindo de árbitros entre os monarcas e evitando diversas guerras na Europa. Atualmente, para além da expansão e doutrina da fé cristã, os Papas se dedicam ao ecumenismo e diálogo religioso, a trabalhos de caridade e à defesa dos direitos humanos.
Abdicação
A abdicação do papa é possibilitada no cânon 332 §2 do Código de Direito Canônico e no cânon 44 §2 do Código de Direito Canônico das Igrejas Orientais. As únicas condições para a validade da renúncia são de que sejam realizadas livremente e manifestadas adequadamente. O direito canônico não especifica qualquer indivíduo ou entidade a quem o Papa deve manifestar a sua abdicação, deixando, talvez, em aberto a possibilidade de fazê-lo à Igreja ou ao mundo em geral. Mas alguns analistas sustentam que o colégio de cardeais, ou pelo menos seu Decano, deve ser informado, já que os cardeais devem estar absolutamente convencidos de que o Papa renunciou para que possam proceder validamente para eleger seu sucessor.
Cabe refletirmos as palavras do Documento de Aparecida:

"Levemos nossos navios mar adentro, com o poderoso sopro do Espírito Santo, sem medo das tormentas, seguros de que a Providência de Deus nos proporcionará grandes surpresas..." (nº 551)

Fonte:

Veja o texto integral do anúncio:

Caríssimos Irmãos,
“Convoquei-vos para este Consistório não só por causa das três canonizações, mas também para vos comunicar uma decisão de grande importância para a vida da Igreja. Depois de ter examinado repetidamente a minha consciência diante de Deus, cheguei à certeza de que as minhas forças, devido à idade avançada, já não são idôneas para exercer adequadamente o ministério petrino.
Estou bem consciente de que este ministério, pela sua essência espiritual, deve ser cumprido não só com as obras e com as palavras, mas também e igualmente sofrendo e rezando. Todavia, no mundo de hoje, sujeito a rápidas mudanças e agitado por questões de grande relevância para a vida da fé, para governar a barca de São Pedro e anunciar o Evangelho, é necessário também o vigor quer do corpo quer do espírito; vigor este, que, nos últimos meses, foi diminuindo de tal modo em mim que tenho de reconhecer a minha incapacidade para administrar bem o ministério que me foi confiado.
Por isso, bem consciente da gravidade deste ato, com plena liberdade, declaro que renuncio ao ministério de Bispo de Roma, Sucessor de São Pedro, que me foi confiado pela mão dos Cardeais em 19 de Abril de 2005, pelo que, a partir de 28 de Fevereiro de 2013, às 20,00 horas, a sede de Roma, a sede de São Pedro, ficará vacante e deverá ser convocado, por aqueles a quem tal compete, o Conclave para a eleição do novo Sumo Pontífice.
Caríssimos Irmãos, verdadeiramente de coração vos agradeço por todo o amor e a fadiga com que carregastes comigo o peso do meu ministério, e peço perdão por todos os meus defeitos. Agora confiemos a Santa Igreja à solicitude do seu Pastor Supremo, Nosso Senhor Jesus Cristo, e peçamos a Maria, sua Mãe Santíssima, que assista, com a sua bondade materna, os Padres Cardeais na eleição do novo Sumo Pontífice. Pelo que me diz respeito, nomeadamente no futuro, quero servir de todo o coração, com uma vida consagrada à oração, a Santa Igreja de Deus”.



Vaticano, 10 de Fevereiro de 2013.


fonte:

10 fevereiro, 2013

Dia 11 de fevereiro comemoramos o Dia Mundial do Enfermo. Por isso, considero oportuna uma reflexão sobre um dos pontos que mais suscita questionamentos entre as pessoas: o sofrimento. A dor nos acomete de diversas maneiras e, nos momentos difíceis, muitos se interrogam: Por que? Por que eu? Por que nesta hora em que eu era tão necessário?  O pensador católico Gabriel Marcel, escrevendo sobre o sofrimento a uma sua prima, definiu-o como “uma revolta metafísica”. Aparentemente, nunca vamos conseguir sondar as razões do sofrimento até as suas profundidades: dores físicas, psíquicas, mentais, a sensação de ser inútil, sentir-se alquebrado, já sem forças. A enfermidade é, de fato, uma tragédia, se a olharmos apenas em si. É uma tragédia que faz parte do nosso dia-a-dia. Por isso, aqueles que não creem, pautando-se pela superficialidade das coisas, chegam a pensar na eutanásia como “solução” extrema para a enfermidade, o sofrimento e a dor. Na verdade, isto atenta contra a dignidade do ser humano, constituindo-se em pecado contra a vida, o maior dom de Deus. Apenas a fé pode nos conduzir a encarar o sofrimento de forma positiva, como uma situação que pode ser fecunda e libertadora. Pensar na doença como meio para a santificação pessoal e para a redenção do mundo é algo que parece totalmente anacrônico em relação ao nosso tempo, a era da produtividade e da eficácia. Entretanto, toda enfermidade é um período de humildade, de humilhação mesmo, que expõe nossas próprias fraquezas, submetendo-nos à dependência de outros, encarregados de cuidar de nós. É momento de nos colocarmos face-a-face com nossa finitude humana, diante do Deus vivo e verdadeiro. Experimentar nossas próprias limitações torna-nos mais humanos e, por isso mesmo, mais próximos de Deus, como Jesus revelou a São Paulo: “Basta-te a minha graça, porque é na fraqueza que se revela totalmente a minha força” (2Cor 12,9). Por outro lado, a aceitação do sofrimento não pode jamais significar um conformismo masoquista diante dos problemas. Deus nos concedeu aptidões para ser empregadas na construção do mundo e na promoção do próprio ser humano. No caso específico das doenças, a humanidade evoluiu de tal forma, que uma das primeiras instituições que a era cristã viu surgir foram os hospitais. Alguns eram muito bem providos, para os padrões da época, de médicos, enfermeiros, farmacêuticos e centros de farmacologia, funcionando em pavilhões conexos aos próprios hospitais. Recolhiam-se os enfermos para assisti-los, curá-los, quando possível, buscando debelar as epidemias, tão comuns ainda pela Idade Média em fora. Os doentes em estágio terminal podiam encontrar no hospital um lugar para morrer em paz e bem assistidos.Atualmente, chegamos a um desenvolvimento científico e tecnológico jamais visto no campo da saúde: pesquisas, análises, farmacologia, novas técnicas que vão avançando, com maior ou menor rapidez, dependendo da área. Decepcionam, porém, os resultados ainda limitados das pesquisas sobre o câncer e o vírus HIV, que já se conseguiu isolar, mas ainda não eliminar. Ambos representam grandes desafios, do ponto de vista científico. A medicina parece estar humilhada diante desses fenômenos.  Evidentemente, não acompanho de perto o progresso científico, mas gostaria de lançar um apelo aos governos e entidades da sociedade civil, no sentido de que as pesquisas sobre doenças ainda incuráveis, verdadeiras tragédias para a humanidade, recebam prioridade de recursos para experimentos. E que estes experimentos não ofendam a dignidade humana, porém respeitem a ética e a moral cristãs. É desumano que se possa dar maior ênfase aos projetos ligados à supremacia política e  econômica, como tecnologia espacial e bélica, do que à melhoria da qualidade de vida da população.Aqui entra a questão da saúde, um dos mais graves problemas do nosso país, em âmbito federal, estadual e municipal. Não se pode usar a enfermidade como trampolim de poder ou como recurso de manobra política. Isso, infelizmente, ainda é feito e eu diria que é, de certo modo, criminoso, porque há leis estabelecidas quanto ao que se deve fazer em atendimento aos enfermos. E os doentes, hospitais e médicos não podem ser joguetes de grupos interessados apenas nos lucros, a qualquer preço.Sobre os profissionais da saúde cabe, também, uma palavra. Tenho grande veneração por todos, e lhes evoco um trecho do livro do Eclesiástico, no qual o médico é colocado como aquele que parece estar mais próximo da ciência de Deus: “Honra o médico por causa da necessidade, pois foi o Altíssimo quem o criou. (Toda a medicina provém de Deus), e ele recebe presentes do rei: a ciência do médico o eleva em honra; ele é admirado na presença dos grandes. O Altíssimo deu-lhe a ciência da medicina para ser honrado em suas maravilhas; e dela se serve para acalmar as dores e curá-las” (Eclo 38,1-3.6-7). O próprio Jesus se declarou médico, ao dizer que tinha vindo ao mundo para aqueles que precisavam d’Ele, os doentes (cf. Mt 9,12). A seu exemplo, os que trabalham com os enfermos não são apenas profissionais. Exercem uma missão, a serviço da vida e da saúde, do bem-estar corporal, psicológico e, consequentemente, espiritual daqueles que estão sob seus cuidados. É claro que merecem um salário condizente com seu preparo e esforço, mas sua maior recompensa deve ser a reação positiva do enfermo à sua atuação, à sua presença e à sua competência. Que o Cristo, Médico dos corpos e das almas, por intercessão de São Lucas, padroeiro dos médicos, os abençoe a todos!
Finalizo, relembrando o conteúdo de um texto profundamente consolador: a mensagem do Papa Paulo VI, do dia 8 de dezembro de 1963, na conclusão do Concílio Vaticano II, dedicada “aos pobres, aos doentes e a todos os que sofrem”:  “Para vós todos, irmãos que suportais provações, visitados pelo sofrimento sob infinitas formas, o Concílio tem uma mensagem muito especial. O Concílio sente, fixados sobre ele, os vossos olhos implorantes, brilhantes de febre ou abatidos pela fadiga, olhares interrogadores, que procuram em vão o porquê do sofrimento humano, e que perguntam ansiosamente quando e de onde virá a consolação. Irmãos muito amados, sentimos repercutir profundamente em nossos corações de pais e pastores os vossos gemidos e a vossa dor. E a nossa própria dor aumenta ao pensar que não está no nosso poder trazer-vos a saúde corporal nem a diminuição das vossas dores físicas, que médicos, enfermeiros, e todos os que se consagram aos doentes, se esforçam por minorar com a melhor das boas vontades.Mas nós temos algo de mais profundo e de mais precioso para vos dar: a única verdade, capaz de responder ao mistério do sofrimento e de vos trazer uma consolação sem ilusões: a fé e a união das dores humanas a Cristo, Filho de Deus, pregado na cruz pelas nossas faltas e para a nossa salvação. Cristo não suprimiu o sofrimento; não quis sequer desvendar inteiramente o seu mistério: tomou-o sobre si, e isto basta para nós compreendermos todo o seu preço.Ó vós todos, que sentis mais duramente o peso da cruz, vós que sois pobres e abandonados, vós que chorais, vós que sois perseguidos por amor da justiça, vós de quem não se fala, vós os desconhecidos da dor, tende coragem: vós sois os preferidos do reino de Deus, que é o reino da esperança, da felicidade e da vida; Vós sois os irmãos de Cristo sofredor; e com Ele, se quereis, vós salvais o mundo.
Eis a ciência cristã do sofrimento, a única que dá a paz. Sabei que não estais sós, nem separados, nem abandonados, nem sois inúteis: vós sois os chamados por Cristo, a sua imagem viva e transparente. Em seu nome o Concílio vos saúda com amor, vos agradece, vos assegura a amizade e a assistência da Igreja, e vos abençoa.”
Dom Eusébio Scheid

Fonte:

09 fevereiro, 2013

Participação do padre Marcos, no programa Vinde e Vede, Rádio Magnificat-FM
09/fevereiro/2013

08 fevereiro, 2013


Muitos se perguntam: qual é a verdadeira origem do carnaval?
Outros se questionam: por que o carnaval todo ano cái em um dia diferente?

Quando se fala em carnaval, logo se pensa no Brasil. No entanto, esta festa tem início nos cultos agrários da Grécia, antes de Cristo, nos anos de 605 a 527 a.C. Com o surgimento da agricultura, os homens passaram a comemorar a fertilidade e produtividade do solo. Assim, nos anos antes de Cristo, o carnaval era considerado um evento pagão.  O carnaval pagão começa quando Pisistráto oficializa o culto a Dioniso na Grécia, no século VII a.C. e, termina, quando a Igreja Católica adota a festa em 590 d.C.. Aos poucos, ao longo dos séculos, a festa vai tomando um rumo bastante mundano. Com a chegada do cristianismo, a festa passou a ser regida pelo calendário lunar. Até hoje o ano litúrgico, o mesmo utilizado pela Igreja Católica, é que determina quando deve ser realizado o carnaval. A data do carnaval variará com o dia em que será comemorada a Páscoa, que também é uma data variável, pois varia de acordo com a fase da lua cheia.  A Igreja procurou dar um cunho religioso às festividades mundanas e, então, instituiu a liberdade para comer carne durante quatro dias seguidos, antes da chegada do tempo de penitência, a Quaresma. Assim, surgiu a "carne vale". A "carne vale", também conhecida como festa da carne era uma espécie de preparação para a chegada da Quaresma (período em que os critãos se preparavam para celebrar a Páscoa; uma data muito importante dentro do calendário religioso). Durante os quatro dias da "carne vale" os cristãos comiam carne como uma forma de despedida deste alimento, porque em seguida ficariam quarenta dias (os quarenta dias da Quaresma) sem comer carne, como forma de penitência e preparação para a Páscoa. Hoje em dia a Igreja prescreve a abstinência de carne, neste período após o Carnaval, apenas na Quarta-Feira de Cinzas  e na Sexta-Feira Santa.
Enfim, permanece a pergunta: o católico deve ou não comemorar o carnaval? O católico pode comemorar o carnaval, desde que respeitando os princípios cristãos, sem se entregar aos excessos permissivos tão difundidos em nossos dias. Se for difícil participar das comemorações públicas, onde os excessos acontecem à luz do dia, procure se alegrar junto a sua família e amigos, quem sabe até em um pequeno baile no seu Condomínio residencial ou na sua rua?
Vale lembrar que, afinal de contas, a alegria deve ser uma característica de todo católico.

Fontes: