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31 outubro, 2012

Novena de Natal -  2º encontro – Lc 1, 26-38
O sim de Maria nos trouxe Jesus

No documento sobre o Ano da Fé, no número 13, o Papa Bento XVI assim nos ensina: “Pela fé, Maria acolheu a palavra do Anjo e acreditou no anúncio de que seria a Mãe de Deus na obediência da sua dedicação ( cf. Lc 1, 38). Ao visitar Isabel, elevou o seu cântico de louvor ao Altíssimo pelas maravilhas que realizava em quantos a Ele se confiavam” ( cf Lc 1, 46-55). “Com alegria e trepidação, deu à luz o seu Filho unigênito, mantendo intacta a sua virgindade (cf. Lc 2, 6-7). Confiando em José, seu Esposo, levou Jesus para o Egito a fim de O salvar da perseguição de Herodes (cf. Mt 2, 13-15). Com a mesma fé, seguiu o Senhor na sua pregação e permaneceu a seu lado mesmo no Gólgota (Jô 19, 25-27). Com fé, Maria saboreou os frutos da ressurreição de Jesus e, conservando no coração a memória de tudo (cf. Lc 2, 19-51), transmitiu-a aos Doze reunidos em Ela no Cenáculo para receberem o Espírito Santo (cf. At 1, 14; 2 1-4).
Maria do Sim, ensina-me a viver meu Sim. Ó roga por mim, que eu seja fiel até o fim. Um dia Maria, deu seu Sim, mudou-se a face da terra. Porque pelo Sim nasceu o Salvador, e veio morar entre nós o amor. Não podemos guardar para nós as palavras da vida eterna que nos foram dadas no encontro com Jesus Cristo. Estas são para todos, para cada homem. Cada pessoa do nosso tempo, tendo disso consciência ou não, precisa deste anúncio. A exemplo do sim dado por Maria, enfrentaremos por isso a nova evangelização com entusiasmo. Aprendamos a beleza e a reconfortante alegria de evangelizar, mesmo quando parece que o anúncio é semeado no meio de lágrimas. Maria creditou tornando-se o exemplo para a nossa fé. Não nos deixemos levar pelas dívidas do nosso dia-a-dia. Quantas vezes somos tentados a abandonar a nossa fé, a mudar de religião, a desistir de tudo por causa de algum infortúnio. Sejamos firmes e fortes como Maria, a Mãe de Jesus.

30 outubro, 2012


O mês de outubro-Mês das Missões- está chegando ao fim, mas nossa atitude missionária deve continuar. . .

 Quando se fala em atividade missionária, aflora à nossa mente o apelo dos Bispos da América Latina recordando-nos a importância de ser  Discípulos-Missionários de Jesus Cristo, para que n'Nele nossos povos tenham vida: "Eu Sou o Caminho, a Verdade e a Vida" (Jo 14,6). Ser discípulo, para fazer discípulos. Há um profundo e estreito envolvimento da Missão com o discipulado. O foco da Missão é também ser e fazer discípulos. Quando a Igreja do Brasil, através de seus pastores, os bispos, convoca toda a comunidade cristã para a missão, sinaliza-se que algo novo e determinante está acontecendo. Há aqui uma chave de leitura das mais consistentes: a eclesialidade da Missão aponta para as exigências de uma ação evangelizadora que seja toda ela iluminada pela ação missionária. A dimensão missionária é parte integrante do caminho evangelizador da Igreja. A conversão pastoral de nossas comunidades exige que se vá além de uma pastoral de mera conservação para uma pastoral decididamente missionária. É preciso reconhecer que o itinerário missionário da Igreja no Brasil tem se fortalecido. Por outro lado, ainda é frágil nossa consciência de vivermos em estado permanente de missão. Necessitamos também melhorar nossa ação e presença no âmbito da Missão além-fronteiras, universal. Devemos recordar que os discípulos, por essência, são também missionários, em virtude do Batismo e da Confirmação, formamo-nos com coração universal. A Missão do anúncio da Boa Nova de Jesus Cristo tem destinação universal. O Papa Bento XVI nos exorta dizendo que a Missão "ad gentes" se abra a novas dimensões: o campo da Missão ‘ad gentes' tem se ampliado notavelmente, e não é mais possível defini-lo baseando-se apenas em considerações geográficas ou jurídicas. Na verdade, os verdadeiros destinatários da atividade missionária do Povo de Deus não são somente os povos não-cristãos e das terras distantes, mas também os campos socioculturais e, sobretudo, os corações. A Igreja discípula-missionária realiza-se, portanto, na Missão universal, na fidelidade a Deus e ao Evangelho. Toda reflexão teológica e missiológica aponta hoje para uma missão que leva a estar muito em Deus e com Deus, e muito com os seres humanos; uma missão que seja  lugar de diálogo e encontro, diálogo com os valores das culturas e em sintonia com a humanidade. Missão "ad gentes" é equivalente à Missão para a humanidade. Assim, as primeiras comunidades cristãs não concebiam viver o Evangelho de Jesus, sem a Missão; não existiam só  para si, mas para o mundo, para a sociedade na qual estavam inseridas (Mc 16,19-20). Quanto à atividade missionária no âmbito da Igreja particular, vê-se que esta deve representar de modo mais perfeito possível a Igreja universal e, neste sentido, exige-se ademais o ministério da Palavra, para que o Evangelho atinja a todos. Somos chamados a  ser arautos da fé para levar novos discípulos a Cristo e ser sinais de presença cristã no mundo. A Arquidiocese, como Igreja Particular, deve dar um passo importante na realização da atividade missionária. Mesmo que já estejamos presentes em Dioceses e Prelazias irmãs com nossa ação missionária e com todo o trabalho interno da “missão continental temos ainda um longo caminho a percorrer. Toda atividade missionária deve nascer de um projeto inspirado pelo Espírito Santo, dando, assim, a oportunidade para as comunidades particulares, as suas lideranças, mostrarem seu crescimento espiritual e apostólico. Assim, através das mais diversas iniciativas, promovem-se o espírito missionário entre os fiéis e o anúncio da Boa Nova aqui e no mundo inteiro. Cabe, portanto, a cada paróquia assumir esta causa no corajoso trabalho de evangelização, impregnando em suas vidas os dizeres do apóstolo das nações: “Anunciar o Evangelho não é para mim um título de glória, é uma obrigação que nos foi pedida: “ai de mim se eu não evangelizar” (1Cor 9,16). Desta forma, iremos formando verdadeiras redes de comunidades, aonde o trabalho missionário chegue em  regiões distantes e abandonadas dentro da própria paróquia.
Rogamos à Trindade Santa para que a luz do Espírito missionário de Jesus fortaleça nosso entusiasmo missionário! E que Maria, a mãe das missões, nos enriqueça com a graça do ardor missionário!

† Orani João Tempesta, O. Cist.

29 outubro, 2012

29/outubro – dia Nacional do Livro
Você sabe por que comemoramos o dia Nacional do Livro no dia 29 de outubro?
Instituído pela Lei nº 5.191, de 13 de dezembro de 1966, o dia 29 de outubro foi escolhido para ser o Dia Nacional do Livro por ser a data oficial da fundação da Biblioteca Nacional. Inicialmente chamada Real Biblioteca no Brasil, ela começou com um acervo de 60 mil peças, entre livros, manuscritos, mapas, moedas, medalhas, etc. trazidos de Portugal com a vinda da família real portuguesa para o Rio de Janeiro em 1808. A Biblioteca Nacional é a maior biblioteca da América Latina, sendo considerada pela Unesco uma das dez maiores bibliotecas nacionais do mundo.
O Brasil passou a editar livros a partir de 1808 quando D.João VI fundou a Imprensa Régia e o primeiro livro editado foi "MARÍLIA DE DIRCEU", de Tomás Antônio Gonzaga. 
E hoje ?
Vivendo na era da informática, nos perguntamos: qual será o futuro do livro na era digital? Alguns respondem que as publicações da forma como as conhecemos irão acabar, outros dizem que não, que tanto as edições impressas quanto as eletrônicas vão viver lado a lado, sendo apenas uma questão de escolha do leitor. Ainda é uma questão. De qualquer forma, não há como negar a existência das editoras e livrarias online. Seus livros podem ser adquiridos - a pedido - no formato tradicional ou, em se tratando de obras de domínio público,  simplesmente serem lidas online, conectado à rede, ou offline, "baixando" o arquivo, para imprimir o livro e ler à hora que desejarmos.
Um avanço e uma comodidade, não? D. João VI, com toda a sua realeza, jamais poderia imaginar algo tão genial.
A Importância do Livro
O livro é um meio de comunicação importante no processo de transformação do indivíduo. Ao ler um livro, evoluímos e desenvolvemos a nossa capacidade crítica e criativa. É importante para as crianças ter o hábito da leitura porque com ela, se aprimora a linguagem e a comunicação com o mundo. O livro atrai a criança pela curiosidade, pelo formato, pelo manuseio e pela emoção das histórias. Comparado a outros meios de comunicação, com o livro é possível escolher entre uma história do passado, do presente ou da fantasia. Além disso, podemos ler o que quisermos, quando, onde e no ritmo que escolhermos.
Cuidados com o Livro
Para quem curte ler, de forma online ou não, e que possui suas obras preferidas (aquelas de que não se desfaz nem morto!) separadas num espaço nobre de sua estante, é bom saber umas dicas de como conservar esses nossos amigos, os livros.
Aqui vão algumas :
Evite tirar o livro da estante puxando pela borda superior da lombada. Isto danifica a encadernação. A forma correta de pegar é empurrando os volumes laterais, retirando o exemplar desejado pelo meio da lombada;
Evite folhear livros com as mãos sujas;
Evite fumar, beber ou comer nas bibliotecas ou mesmo em casa, enquanto lê uma obra;
Contato permanente com a luz solar faz mal à saúde do livro;
Evite largar os livros dentro do carro;
Evite reproduzir livros frágeis ou muito antigos em copiadoras;
Evite apoiar os cotovelos sobre eles


Fontes:

27 outubro, 2012


Celebramos mais um Dia Nacional da Juventude – DNJ, que neste ano de 2012 traz como tema: “Juventude e Vida” e o lema: “Que vida vale a pena ser vivida?”, inspirado na iluminação bíblica: “Eu vim para que todos tenham vida” (João 10,10). É tempo de reunir as diferentes expressões de juventude, em diferentes espaços, como Igreja, praças, escolas, ginásios de esportes, ruas etc.
A Igreja, ao longo dos anos, tem buscado dar respostas a perguntas dos jovens. O Concílio Vaticano II (1968, n. 1.376), no Decreto Apostolicam Actuositatem apresenta a cultura juvenil como uma influência da maior importância na sociedade moderna. As circunstâncias da vida dos jovens, a mentalidade e as próprias relações com as famílias estão profundamente mudadas. É preciso assegurar o direito à vida para todos os jovens. A ciência afirma que o conceito “juventude” constitui uma construção social com origem histórica e variações substantivas quanto à forma e aos conteúdos. Isso vale para aqueles chamados de “jovens” no passado e, certamente, para os que serão chamados, assim, no futuro. No século XX “a juventude deixa de ser uma condição biológica e se torna uma definição simbólica” (Melucci, 1997). A Igreja do Brasil, através do Documento n. 85 da CNBB – Evangelização da Juventude: desafios e perspectivas pastorais apresenta os principais problemas enfrentados pelos jovens brasileiros: as desigualdades de renda; o acesso restrito à educação de qualidade e frágeis condições para permanência na escola; o desemprego e a inserção no mercado de trabalho; a falta de qualificação para o mundo do trabalho; o envolvimento com as drogas e alto consumo de bebidas alcoólicas; a banalização da sexualidade; a gravidez na adolescência; a AIDS; a violência no campo e na cidade; a intensa migração; as mortes por causas externas (homicídios, acidentes de trânsito e suicídios); o limitado acesso às atividades esportivas, de diversão, culturais e a exclusão digital. Esses têm sido os sinais de morte que atingem a nossa juventude. Chamamos a atenção aqui, para a realidade juvenil e o que tem tirado a vida de nossa juventude – a VIOLÊNCIA. Segundo a pesquisa “Perfil da Juventude Brasileira” (2003), 46% da juventude já perderam parentes ou amigo próximo de forma violenta e 38% já viu de perto alguém que morreu de forma violenta sendo que destes 62% foram mortos assassinados. Segundo dados da mesma pesquisa, 48% dos jovens indicam a questão da violência/segurança como um dos principais problemas do país.
Segundo o relatório feito pelo RITLA (Rede de Informações Tecnológica LatinoAmericana), no Brasil morrem por dia, em média, 54 jovens vítimas de homicídio. Recentemente, uma pesquisa realizada pelo Programa de Redução da Violência Letal contra Adolescentes e Jovens do Observatório de Favelas em parceria com o Laboratório de Análise da Violência da UERJ, apresentou uma estimativa da quantidade de adolescentes e jovens entre 15 e 19 anos que poderão ser mortos no período de 2006 a 2012. O número é alarmante: cerca de 33.503 (trinta e três mil quinhentos e três). O homicídio é a causa de cerca 46% das mortes de adolescentes e jovens. A estimativa foi feita com base em dados de 2006, considerando que as circunstâncias observadas naquele ano sejam mantidas. Os estudos mais recentes sobre a violência têm-se concentrado na área urbana, o que se explica pelo fato de as grandes questões da sociedade se localizarem, principalmente, nas grandes cidades. Segundo a reflexão de Mello (1999), “a experiência da cidade e da violência é uma experiência partilhada por todos, embora vivida sob condições de extrema diferença”. Metaforicamente, a juventude passa a representar a vitrine dos conflitos sociais e a crise da juventude, mais que a crise da adolescência, passa a ser reveladora também da crise permanente da sociedade capitalista (Sales, 2003), da crise de significações de nossa modernidade (Waiselfisz, 1998). A noção de juventude no imaginário social ganha associação direta marcada pela instabilidade, e por isso mais propícia aos problemas sociais de seu tempo, tornando-se, ela própria, um “problema social”. Só precisamos nos atentar para não criar uma “demonização da juventude”: “Ocorre que o debate acadêmico sobre o tema da juventude, ainda permeado por disputas conceituais, incorporou acúmulos teóricos e atualmente, mesmo enfatizando a noção de “juventudes”, em consideração às múltiplas situações e significações inerentes ao segmento, reconhece a validade da condição juvenil por imprimir sentido a todos os grupos sociais” (Abramo, 2005). Ao observarmos, portanto, os jovens na sua relação com a violência atual queremos explorar as similaridades que homogeiniza esse grupo, à luz do contexto histórico que vivemos, sem, contudo, elidir a condição de classe e os significados próprios desse pertencimento. Devemos entender a juventude como uma categoria que é produzida analiticamente, na relação com o processo sócio-histórico que a modernidade constitui. E como, a partir do reconhecimento das transformações políticas, econômicas e ideoculturais, a juventude, em conexão com as novas formas de sociabilidade que despontam, incluindo-se aí as expressões de violência, transforma-se em recurso revelador das características e metamorfoses presentes na contemporaneidade. Essa expressão de violência é caracterizada pela quebra dos valores de tolerância, pela gratuidade e mesmo pela crueldade. Da violência dos ataques pessoais ao outro (Zaluar, 2003) podem chegar à morte, motivada por causas irrelevantes como um simples olhar enviesado” (Rosa, 2010). O diagnóstico é o de indiferença com relação aos outros e o de aumento de uma desconfiança generalizada. Mas quais são as contribuições das instituições e quais são as tecnologias sociais adotadas para dar conta destes eventos? O que temos feitos em busca de Políticas Públicas para os nossos adolescentes e jovens? Que espaços de participação a nossa juventude tem levado a Boa Notícia do Jovem Galileu? O que enquanto Comunidade tem sido construído para gerar vida no meio da juventude? Onde temos feito germinar a árvore da vida? Qual o meu Projeto de Vida? Tenho contribuído para que o jovem construa o seu? Frente a tantos sinais de morte que encontramos, o Reino de Deus nos apresenta sinais de vida. É preciso transformar esses sinais em ações concretas que possam atingir toda a juventude e não só aqueles presentes em nosso espaço eclesial.
Desejamos que todo jovem cultive ou construa seus projetos de vida. Vamos nos preparar e vamos gritar que a Vida vale apenas ser vivida com dignidade.
fonte:

26 outubro, 2012

O Outubro Rosa é o mês de conscientização e combate do câncer de mama. No Brasil, estimativas do Inca (Instituto Nacional de Câncer), indicam que a doença será responsável por 52.680 novos casos até o fim do ano. O movimento busca alertar sobre os riscos e a necessidade de diagnóstico precoce deste tipo de câncer, que é o segundo mais recorrente no mundo, perdendo apenas para o de pele

23 outubro, 2012

Você  já parou para pensar quantas semanas nos separam da celebração do Natal ?

Você já pensou em participar de uma NOVENA DE NATAL ?

Reunidos preparando a vinda do Senhor
O tempo propício é agora, organize-se com sua família,  com seu grupo, em sua rua, em seu condomínio, etc, e por que não com seus amigos virtuais ?
 Já está disponível, nas livrarias, nas paróquias,  muito material  que poderá ajudá-lo nesse propósito.
As Novenas de Natal são uma bela experiência de pastoral popular no Brasil. Em sintonia com o tempo litúrgico do Advento, elas estimulam a conversão aos caminhos do Senhor, despertam para a espera vigilante e dispõem a acolher com alegria o Deus que veio, que vem continuamente e que ainda virá, conforme Jesus prometeu. 
É um tempo especial dentro de outro tempo especial, como é o Advento. Todos estes encontros estão marcados pela espera gozosa do nascimento de Nosso Senhor Jesus. Nesses encontros, a Igreja nos exorta a nos centrarmos mais no Senhor, olhando as atitudes de Maria e de José, para aprendermos, com Ele, como se vive de acordo com a vontade do Pai.  Que estes dias de preparação ao nascimento do Filho de Deus nos ajudem a preparar nosso coração para que também nasça em cada um de nós. 


Novena de Natal -  1º encontro – Jo 14, 12-24
Deus vem morar em nosso coração
“Se alguém me ama, guardará a minha palavra; meu Pai o amará, e nós viremos e faremos nele a nossa morada”. Essa certeza nós a temos pela história da salvação, nas pessoas dos patriarcas, nossos primeiros pais e dos profetas. Desde a criação Deus se manifestou a nós e nos quer comunicar a sua própria vida divina. O Catecismo da Igreja Católica ( CIV) nos ensina a pedagogia divina: “Deus comunica-se gradualmente ao homem, prepara-o por etapas a acolher a revelação sobrenatural que faz de si mesmo e que vai culminar na encarnação do Verbo, Jesus Cristo” (CIC, 53). Santo Irineu nos diz: “O verbo de Deus habitou no homem e fez-se filho do homem para acostumar o homem a aprender a Deus e acostumar Deus a habitar no homem, segundo a aprovação e bondade do Pai” (CIC 53). Por amor, Deus veio ao encontro do ser humano, revelando-se e doando-se a nós. Deus veio ao nosso encontro e preencheu o vazio da existência humana dando sentido pleno à nossa vida. Vinde Senhor Jesus, vinde morar em nosso coração! Após a primeira queda e, apesar de todos os erros humanos, Deus prometeu-nos a salvação e ofereceu-nos a sua aliança. Essa certeza nós a tivemos em Noé, Abraão e por meio de Moisés. Deus revelou-Se plenamente enviando o seu próprio Filho, no qual estabeleceu a sua aliança para sempre. Jesus, morando em nosso coração, nos convoca a sermos os seus imitadores e a proclamarmos a sua Boa Nova a todos os povos. Como nos fala o Papa Bento XVI, na Carta Apostólica sobre o ano da Fé, “Com o seu amor, Jesus Cristo atrai a Si os homens de cada geração: em todo o tempo, Ele convoca a Igreja confiando-lhe o anúncio do Evangelho, com um mandato que é sempre novo. Por isso, também hoje é necessário um empenho eclesial mais convicto q favor duma nova evangelização, para descobrir de novo a alegria de crer e reencontrar o entusiasmo de comunicar a fé” ( Porta Fidei, 7).
Fonte:

22 outubro, 2012

22/outubro - Igreja celebra memória litúrgica de João Paulo II
A Igreja Católica celebra nesta segunda-feira, 22, pela segunda vez, a memória litúrgica de João Paulo II (1920-2005). O Papa polaco foi beatificado em maio de 2011 pelo seu sucessor, Papa Bento XVI, no Vaticano. A data assinala o dia de início do pontificado de Karol Wojtyla, em 1978, pouco depois de ter sido eleito Papa. Na habitual resenha biográfica que é apresentada no calendário dos santos e beatos, João Paulo II é lembrado pela “extraordinária solicitude apostólica, em particular para com as famílias, os jovens e os doentes, o que o levou a realizar numerosas visitas pastorais a todo o mundo”. “Entre os muitos frutos mais significativos deixados em herança à Igreja, destaca-se o seu riquíssimo Magistério e a promulgação do Catecismo da Igreja Católica e do Código de Direito Canônico para a Igreja latina e oriental”, lê-se no documento. Aos fiéis, é proposta ainda uma passagem da homilia de João Paulo II no início do seu pontificado, precisamente em 22 de outubro de 1978, na qual afirmou: ‘Não, não tenhais medo! Antes, procurai abrir, melhor, escancarar as portas a Cristo!’. Karol Jozef Wojtyla, eleito Papa em 16 de outubro de 1978, nasceu em Wadowice (Polônia), em 18 de maio de 1920, e morreu no Vaticano, em 2 de abril de 2005. Entre os seus principais documentos, estão 14 encíclicas, 15 exortações apostólicas, 11 constituições apostólicas e 45 cartas apostólicas. O Papa polaco foi proclamado beato no dia 1º de maio do ano passado, na Praça São Pedro, no Vaticano, em uma cerimônia que contou com a participação de cerca de um milhão de pessoas, encerrando a penúltima etapa para a declaração da santidade, na Igreja Católica.  De acordo com o direito canônico, para a canonização é necessário um novo milagre atribuível à intercessão do Beato João Paulo II a partir desse dia. Segundo o postulador da causa de canonização, padre Slawomir Oder, têm chegado a Roma testemunhos muito significativos e “pequenos milagres” que se encontram em estudo.
Fonte:
Agência Eclesia

18 outubro, 2012


Domingo, dia 21/outubro, celebramos o Dia Mundial das Missões. Neste fim de semana, gostaríamos que todos vivessem  este tempo propício com fé e em unidade. É um momento forte para a ação missionária em todo o mundo. Todos os cristãos devem sentir o compromisso com o trabalho missionário. É tempo de manifestar nossa solidariedade. A oferta ou coleta missionária é a forma concreta do nosso apoio para as Missões. Somos convidados a motivar e incentivar as pessoas, em nossos grupos e nas celebrações das comunidades, da importância deste gesto concreto.  São milhares de projetos no mundo, que dependem da nossa ajuda. Em países do continente africano, por exemplo, é a única ajuda que recebem através da coleta que as Pontifícias Obras Missionárias (POM) encaminham e chega até os irmãos mais pobres. Sabemos que há necessidades em nosso meio, mas não podemos fechar-nos e deixar de olhar além, pois existem outras realidades com mais carências. O tema deste mês missionário é muito sugestivo: “Brasil missionário, partilha tua fé”. Temos um bom número de missionários brasileiros que atuam além-fronteiras. Faz bem repartir o recurso humano e nossa oração, mas precisamos também repartir o recurso econômico com a nossa oferta. Sabemos que podemos colaborar mais daquilo que já estamos fazendo. Deus tem sido generoso conosco. Como nós partilhamos ou retribuímos a Deus, tudo o que Ele tem nos dado? O Papa Bento XVI em sua Mensagem ao Dia Mundial das Missões, nos convida a um compromisso maior ante as necessidades do mundo. A fé é dom que nos foi concedido para ser partilhado e que dê frutos, mas a fé deve se transformar em caridade. “Ai de mim, se eu não evangelizar” (1 Cor.9,16).


Sejamos sensíveis, pois, vamos abrir nosso coração e colaboremos com a Missão da nossa Igreja. Maria, missionária do Pai, nos deu grande testemunho de serviço e partilha. Sigamos seu exemplo e sejamos missionários como Jesus pediu: “Ide, fazei discípulos de todas as nações, batizai-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo; ensinai-os a guardar todas as coisas que vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos (Mt 28, 19 – 20)”.

                                                                                                                                                                                       Padre Camilo
Diretor nacional das Pontifícias Obras Missionárias do Brasil
Fonte:


MENSAGEM DO SANTO PADRE  PARA O 86º  DIA MUNDIAL DAS MISSÕES DE 2012
21 DE OUTUBRO 2012
 ”Chamados a fazer brilhar a Palavra da verdade” (Porta Fidei n. 6)

Queridos irmãos e irmãs!
A celebração do Dia Mundial das Missões se reveste este ano de um significado todo especial. A circunstância do 50° aniversário do decreto conciliar ad Gentes, a abertura do Ano da Fé e o Sínodo dos Bispos sobre o tema da Nova Evangelização convergem em reafirmar a vontade da Igreja de se empenhar com mais coragem e ardor na missão ad gentes para que o Evangelho chegue até os extremos confins da terra.
O Concílio Ecumênico Vaticano II, com a participação dos Bispos católicos provenientes de todos os ângulos da terra, foi um sinal luminoso da universalidade da Igreja, acolhendo pela primeira vez um número tão alto de Padres Conciliares provenientes da Ásia, da África, da América Latina e da Oceania. Bispos missionários e Bispos autóctones, Pastores de comunidades espalhadas entre populações não-cristãs trouxeram para a Reunião conciliar a imagem de uma Igreja presente em todos os Continentes e se fizeram intérpretes das complexas realidades do então chamado ‘Terceiro Mundo’. Enriquecidos com a experiência derivada de ser pastores de Igrejas jovens e em via de formação, animados pela paixão pela difusão do Reino de Deus, eles contribuíram de maneira relevante para reafirmar a necessidade e a urgência da evangelização ad gentes, e, portanto, para trazer ao centro da eclesiologia a natureza missionária da Igreja.
Eclesiologia missionária
Esta visão hoje não está em segundo plano; pelo contrário, conheceu uma fecunda reflexão teológica e pastoral, e, ao mesmo tempo, se repropõe com renovada urgência porque cresceu o número daqueles que ainda não conhecem Cristo: “Os homens à espera de Cristo, constituem ainda um número imenso”, afirmava o Beato João Paulo II na sua encíclica Redemptoris missio acerca da permanente validez do mandato missionário; e acrescentava: “Não podemos ficar tranquilos, ao pensar nos milhões de irmãos e irmãs nossas, também eles redimidos pelo sangue de Cristo, que ignoram ainda o amor de Deus” (n. 86). Também eu, ao convocar o Ano da Fé, escrevi que Cristo “hoje, como outrora, envia-nos pelas estradas do mundo para proclamar o seu Evangelho a todos os povos da terra” (Carta Apostólica Porta fidei, 7). Proclamação que, como se expressava também o Servo de Deus Paulo VI na Exortação apostólica Evangelii nuntiandi, “não é para a Igreja uma contribuição facultativa: é um dever que lhe incumbe, por mandato do Senhor Jesus, a fim de que os homens possam acreditar e ser salvos. Sim, esta mensagem é necessária. É única. É insubstituível.” (n. 5). Portanto, necessitamos retomar o mesmo ímpeto apostólico das primeiras comunidades cristãs, que, pequenas e indefesas, foram capazes, com o anúncio e o testemunho, de difundir o Evangelho em todo o mundo até então conhecido. Consequentemente, não surpreende que o Concílio Vaticano II e o sucessivo Magistério da Igreja insistam de modo especial sobre o mandato missionário que Cristo confiou aos seus discípulos e que deve ser compromisso de todo o Povo de Deus, Bispos, sacerdotes, diáconos, religiosos, religiosas e leigos. O cuidado em anunciar o Evangelho a todas as partes da terra pertence primeiramente aos bispos, responsáveis direitos pela evangelização do mundo, quer como membros do colégio episcopal, quer como pastores das Igrejas particulares. Eles, de fato, “foram consagrados não apenas para uma diocese, mas para a salvação de todo o mundo” (JOÃO PAULO II, Carta Encíclica Redemptoris missio, 63), “pregadores da fé, que conduzam a Cristo novos discípulos” (Ad gentes, 20) e tornam “presentes e como que palpáveis o espírito e o ardor missionário do Povo de Deus, de maneira que toda a diocese se torna missionária” (ibid., 38).
A prioridade de evangelizar
O mandato de pregar o Evangelho não se esgota, portanto, para um Pastor, na atenção por aquela porção do Povo de Deus confiada aos seus cuidados pastorais, nem no envio de sacerdotes, leigos  ou leigas  fidei donum. Ele deve envolver toda a atividade da Igreja particular, todos os seus setores, em suma, todo o seu ser e operar. O Concílio Vaticano II o indicou com clareza e o Magistério sucessivo o reiterou com força. Isso requerer adequar constantemente estilos de vida, planos pastorais e organização diocesana a esta dimensão fundamental do ser Igreja, especialmente no nosso mundo em contínua transformação. E isso vale também para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, como também para os Movimentos eclesiais: todos os componentes do grande mosaico da Igreja devem sentir-se fortemente interpelados pelo mandato do Senhor de pregar o Evangelho, para que Cristo seja anunciado em todos os lugares. Nós, Pastores, os religiosos, as religiosas e todos os fiéis em Cristo, devemos colocarmo-nos nas pegadas do apóstolo Paulo, o qual, “prisioneiro de Cristo para os gentios” (Ef 3, 1), trabalhou, sofreu e lutou para levar o Evangelho em meio aos pagãos (cfr. Ef. 1, 24-29), sem poupar energias, tempo e meios para divulgar a Mensagem de Cristo. Também hoje a missão ad gentes deve ser o constante horizonte e o paradigma por excelência de toda atividade eclesial, porque a própria identidade da Igreja é constituída pela fé no mistério de Deus, que se revelou em Cristo para nos trazer a salvação, e pela missão de testemunhá-lo e anunciá-lo ao mundo, até o seu retorno. Como são Paulo, devemos estar atentos aos que estão distantes, àqueles que ainda não conhecem Cristo e ainda não experimentaram a paternidade de Deus, conscientes de que “a cooperação missionária alarga-se hoje para novas formas, não só no âmbito da ajuda econômica, mas também da participação direta na evangelização” (JOÃO PAULO II, Carta Encíclica Redemptoris missio, 82). A celebração do Ano da Fé e do Sínodo dos Bispos sobre a nova evangelização serão ocasiões propícias para um relançamento da cooperação missionária, sobretudo nesta segunda dimensão.
Fé e anúncio
O anseio de anunciar Cristo nos impulsiona a ler a história para analisar os problemas, aspirações e esperanças da humanidade, que Cristo deve curar, purificar e preencher com a sua presença. A sua mensagem, de fato, é sempre atual, penetra no coração da história e pode dar resposta às inquietações mais profundas de todo homem. Por isso, a Igreja, em nome de todos os seus componentes, deve estar consciente de que “os horizontes imensos da missão eclesial e a complexidade da situação presente requerem hoje modalidades renovadas para se poder comunicar eficazmente a Palavra de Deus.” (Bento XVI, Exortação Apostólica pós-sinodal Verbum Domini, 97). Isto exige, antes de tudo, uma renovada adesão de fé pessoal e comunitária ao Evangelho de Jesus Cristo, “num momento de profunda mudança como este que a humanidade está a viver” (Carta Apostólica Porta fidei, 8).  Efetivamente, um dos obstáculos ao impulso evangelizador é a crise de fé, não apenas no mundo ocidental, mas em grande parte da humanidade, que, faminta e sedenta de Deus, também deve ser convidada e conduzida ao pão de vida e à água viva, como a Samaritana que vai ao poço de Jacó e dialoga com Cristo. Como narra o Evangelista João, a vicissitude desta mulher é particularmente significativa (cfr Jo 4, 1-30): encontra Jesus, que lhe pede de beber, mas depois lhe fala de uma água nova, capaz de saciar a sede para sempre. No início, a mulher não entende, permanece no nível material, mas lentamente é conduzida pelo Senhor a realizar um caminho de fé que a leva a reconhecê-lo como o Messias. A esse propósito, Santo Agostinho afirma: "depois de acolher Cristo Senhor no coração, que mais poderia ter feito (aquela mulher) senão abandonar a ânfora e correr para anunciar a boa nova?" (Homilia 15, 30). O encontro com Cristo como pessoa viva que sacia a sede do coração só pode levar ao desejo de compartilhar com os outros a alegria desta presença e fazê-Lo conhecer para que todos a possam experimentar. É preciso renovar o entusiasmo de comunicar a fé para promover uma nova evangelização das comunidades e dos países de antiga tradição cristã que estão perdendo Deus como referência, a fim de redescobrir a alegria de crer. A preocupação de evangelizar nunca deve permanecer à margem da atividade eclesial e da vida pessoal do cristão, mas sim caracterizá-la fortemente, conscientes de ser destinatários e, ao mesmo tempo, missionários do Evangelho. O ponto central do anúncio permanece sempre o mesmo: o Kerigma do Cristo morto e ressuscitado pela salvação do mundo, o Kerigma do amor de Deus absoluto e total por todo homem e por toda mulher, cujo ápice está no envio do Filho eterno e unigênito, o Senhor Jesus, que não se eximiu de assumir a pobreza de nossa natureza humana, amando-a e resgatando-a, por meio da oferta de si na cruz, do pecado e da morte.  A fé em Deus, neste desígnio de amor realizado em Cristo, é antes de tudo um dom e um mistério a receber no coração e na vida e pelo qual agradecer sempre ao Senhor. Mas a fé é um dom que nos é dado para ser compartilhado; é um talento recebido para que produza frutos; é uma luz que não deve ficar escondida, mas iluminar toda a casa. É o dom mais importante que nos foi feito em nossa existência e que não podemos guardar para nós mesmos.
O anúncio se faz caridade
“Ai de mim, se não anunciar o Evangelho”, dizia o Apóstolo Paulo (1 Cor. 9,16). Esta palavra ressoa com força para todo cristão e para toda comunidade cristã em todos os Continentes. Também para as Igrejas em territórios de missão, Igrejas em grande parte jovens, em sua maioria de recente fundação, a missionariedade se tornou uma dimensão conatural, mesmo que elas ainda precisem de missionários. Muitos sacerdotes, religiosos e religiosas, de todas as partes do mundo, inúmeros leigos e até mesmo inteiras famílias deixam seus países, suas comunidades locais, rumo a outras Igrejas para testemunhar e anunciar o Nome de Cristo, no qual a humanidade encontra a salvação. Trata-se de uma expressão de profunda comunhão, compartilha e caridade entre as Igrejas, para que cada homem possa ouvir ou re-ouvir o anúncio que cura e aproximar-se dos Sacramentos, fonte da verdadeira vida. Juntamente a este elevado sinal da fé que se transforma em caridade, recordo e agradeço às Pontifícias Obras Missionárias, instrumento para a cooperação com a missão universal da Igreja no mundo. Através da sua ação, o anúncio do Evangelho se transforma em ação de ajuda ao próximo, justiça com os mais pobres, possibilidade de instrução nas aldeias mais distantes, assistência médica em lugares remotos, emancipação da miséria, reabilitação dos marginalizados, apoio ao desenvolvimento dos povos, superação das divisões étnicas, respeito pela vida em todas as suas fases.
Queridos irmãos e irmãs, invoco sobre a obra de evangelização ad gentes, e de modo especial, sobre seus operários, a efusão do Espírito Santo, para que a Graça de Deus a faça caminhar com mais decisão na história do mundo. Com o Beato John Henry Newman, gostaria de rezar: “Acompanha, ó Senhor, os Teus missionários às terras a evangelizar, coloca as palavras certas em seus lábios, torna frutífera a sua fadiga”.
Que a Virgem Maria, Mãe da Igreja e estrela da Evangelização, acompanhe os missionários do Evangelho. 

Vaticano, 6 de Janeiro – Solenidade da Epifania do Senhor – de 2012.

15 outubro, 2012

Profissão que exige, acima de tudo, vocação para cuidar, educar e transformar.
Que Deus os abençoe.

11 outubro, 2012

12 de outubro - Dia das Crianças
No Brasil, a data surgiu por força de lei. Foi criada em 1924, a partir de uma proposta do deputado Galdino do Valle Filho, e oficializada pelo então presidente Arthur Bernardes,  (que governou o Brasil entre 1922 e 1926) através do Decreto nº4.867, de 5 de novembro de 1924. Por quase quatro décadas, entretanto, a data passou meio desapercebida, como tantas outras comemorações propostas pelo Legislativo.  A situação mudou a partir de 1960, quando a empresa Johnson&Johnson e a fábrica de brinquedos Estrela se associaram para lançar a promoção "Semana do Bebê Robusto", aproveitando a comemoração já existente para alavancar a venda de produtos para crianças. A iniciativa foi um sucesso. Outros varejistas aproveitaram a onda e a ação, rebatizada nos anos seguintes de "Semana da Criança", se tornou uma das principais datas comerciais do calendário brasileiro. "A data virou tradição porque conseguiu tocar o lado emocional das pessoas. O presente dado à criança passa a ser um símbolo desta estima", explica Dalton Viesti, administrador e consultor em marketing. O dia 12, porém, não é uma data universal. O dia das crianças é comemorado vários países, mas em datas diferentes.



Fonte:
Dia do Descobrimento da América – 12 de Outubro
Em 12 de outubro de 1492, o navegador Cristóvão Colombo descobre a América, a terra nova. Ele avista Guanaani e nela se aporta,  sem ter noção da grande descoberta, pois pensava  ter chegado mais ao norte das Índias. Esta foi a primeira das outras quatro viagens que faria ao continente americano. Só depois, nas viagens de 1493, 1498 e 1502 é que o navegador genovês reconhece a originalidade da ilhas do Caribe. Essa “América” que Colombo imaginava  ser o paraíso terrestre.Com essa descoberta, Colombo marca um tempo novo. Um tempo que mudou de forma significativa e irreversível a face do mundo: as relações políticas, econômicas e sociais entre os povos do ocidente.
QUEM FOI COLOMBO?
Cristóvão Colombo nasceu em Gênova, na Itália, no ano de 1451. Pertencia a uma rica família de artesãos e, apesar de ter vivido nesse importante centro mercantil, não obteve uma formação intelectual profunda. Em 1476, então com 25 anos, Colombo naufragou ao largo do Algarve, a bordo de uma embarcação mercante flamenga. Por conta desse naufrágio, ele acabou indo para Lisboa, onde viveu um bom tempo e casou-se com uma abastada portuguesa da Ilha da Madeira. Mesmo assim Portugal negou a Colombo  a delegação de poderes para navegar com o apoio da coroa portuguesa.
OS REIS CATÓLICOS DA ESPANHA
Em 1485, pelas mãos e bênçãos dos Reis Católicos de Aragão e Castela, Colombo recebe delegação de poderes para a navegação. Com carta branca para agir, Colombo partiu das Ilhas Canárias no comando de duas caravelas (Pinta e Nina) e de uma nau galega (Santa Maria), no dia nove de setembro de 1492, rumo a novas rotas. Foi à frente de uma tripulação sedenta de riquezas e especiarias.
OS COLONIZADORES
Uma vez descoberta, a América foi colonizada principalmente por quatro povos – espanhol, português, inglês e francês. De acordo com o tipo de interesse do colonizador em determinada região do continente, ocorreram formas de colonizar diferenciadas, na verdade duas: colonização de povoamento e de exploração. Nas colônias de povoamento, as características básicas foram: pequena propriedade, policultura e mão-de-obra familiar, visando ao mercado interno. Já na de exploração, predominou a
grande propriedade, a monocultura e o trabalho escravo, de olho no mercado europeu.
                                         
COMO É DIVIDIDA A AMÉRICA
O continente americano é dividido geograficamente em América do Norte, América Central (incluindo Caribe) e América do Sul. Banhado a Oeste pelo oceano Pacífico e a Leste e pelo Atlântico, é o segundo maior continente do mundo, com 42.560.270 km2.
Há também uma divisão socioeconômica, que difere da geográfica e reparte o continente em dois blocos: Canadá e Estados Unidos ao Norte e a chamada América Latina (que inclui o México, país geograficamente localizado na América do Norte, e os demais países da América Central e do Sul).
Esta última divisão mostra a gritante diferença econômica que existe entre as duas áreas. Enquanto Estados Unidos e Canadá apresentam Produto Interno Bruto (PIB) dos mais altos no mundo, a maioria dos outros 33 países que compõem a parte Latina vivem problemas sociais graves, por conta da pobreza.

Fonte:

10 outubro, 2012


Na manhã do último  domingo, 07/outubro/2012, o Papa Bento XVI presidiu, a Missa que inaugurou oficialmente a XIII Assembléia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos com o tema: Nova Evangelização. “ A Igreja existe para evangelizar", disse o Papa explicando que esta é uma resposta ao mandamento de Jesus. Neste contexto falou da Nova Evangelização: "Em determinados momentos da história, a Divina Providência suscitou um renovado dinamismo na ação evangelizadora na Igreja". E assinalou que isso ocorre também nos nossos tempos, dando o exemplo do Concílio Vaticano II.  O Santo Padre ressaltou que a missão "ad gentes" é direcionada àqueles que não conhecem Jesus e a Nova Evangelização, àqueles que são batizados, mas vivem distantes da Igreja. "A Assembléia sinodal  é dedicada a essa nova evangelização, para ajudar essas pessoas a terem um novo encontro com o Senhor, o único que dá sentido profundo e paz para a existência", destacou.
Neste dia 11/outubro/2012, celebramos o cinqüentenário da abertura  do Concílio Vaticano ll , o aniversário de 20 anos da publicação do Catecismo da Igreja Católica e Sua Santidade, o Papa Bento XVI, decidiu proclamar um “Ano da Fé”, que se inicia hoje (11/outubro/2012) e terminará na Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo, no dia 24 de novembro de 2013, o começo da Ano da Fé, determinado pelo Papa Bento XVl, tem o objetivo de tornar cada vez mais firme nossa relação com Cristo Senhor.
Todos nós, os católicos, devemos participar desse ano com “todo seu coração, com toda sua alma e com todo seu entendimento”  (Mt 22,37).
Mas qual é o sentido do Ano da Fé?
A fé ainda tem espaço em nossa cultura secularizada?
Em um mundo cheio de misérias, fome, guerras, onde Deus parece não ter lugar e nem vez, não seria uma alienação proclamar um Ano da Fé?
Para que serve a fé?
Esses e outros interrogantes são propostos aos cristãos. Respondê-los se faz necessário para todos os que desejam viver sua fé com consciência, e não apenas como uma herança de seus pais e avós esquecida e guardada em um canto perdido da própria vida, e que não possui nenhuma incidência concreta no modo de viver, pensar, ser e relacionar-se. O cristão diante dessa problemática não se cala e nem deve se calar. Devemos descobrir na oração os desígnios de Deus e dar respostas adequadas.
Aprendamos a difícil arte de escutar, entender, compreender e defender sem medo nossa fé, com serenidade e respeito. A evangelização e nossas ações sociais só produzirão efeito a partir do momento em que cada cristão tiver um encontro pessoal com Cristo. Nossa fé não é fruto de uma decisão, mas de um encontro, e só a partir desse encontro nossa evangelização será uma luz que atrai por sua beleza divina.
Onde se realiza esse encontro?
 Não se é cristão sozinho. O ser humano é um ser social por natureza. É na comunidade de fé e na Igreja, como custódia dos sacramentos de Cristo, que encontraremos, renovaremos e promoveremos nossa fé. Só podemos nos dizer plenamente cristãos se encontrarmos nossos irmãos na oração, na eucaristia e na reconciliação. Sem comunidade não há família cristã. É através do mistério do Corpo Místico de Cristo onde toda a Igreja se encontra. É na liturgia e nos sacramentos que toda ação tem sentido. "Sem a liturgia e os sacramentos, a profissão de fé não seria eficaz, porque faltaria a graça que sustenta o testemunho dos cristãos." (Porta Fidei, n.11) É na vivência comunitária de nossa Fé que encontramos o amor de Cristo. «Caritas Christi urget nos – o amor de Cristo nos impele» (2 Cor 5, 14). Sua Santidade afirma que “é o amor de Cristo que enche os nossos corações e nos impele a evangelizar. Hoje, como outrora, Ele envia-nos pelas estradas do mundo para proclamar o seu Evangelho a todos os povos da terra (cf. Mt 28, 19).” (Porta Fidei, n.7)  O amor de Deus cria! A palavra criação possui a mesma raiz grega da palavra poesia “poietés”. Assim, Deus é o verdadeiro poeta e nós somos um poema de Deus.  Por isso, é impossível não ficar admirando, contemplando o sol que nasce no horizonte, ou a lua cheia que cresce por trás dos montes. A natureza são versos divinos que nos remetem a Deus. Aqui, em nossa cidade maravilhosa, temos o momento e local para aplaudir o pôr do sol. No entanto, afirmo que não há maior milagre e poesia mais bela do que o olhar e o sorriso de um cristão que vive no mundo com coerência, simplicidade e entusiasmo a sua fé.  O católico tocado pela fé é uma das provas e evidências mais fortes da existência de Deus. Quando conheço um cristão coerente, vejo um milagre da criação. Vejo Deus na Terra e percebo que não há trevas que possam invadir um mundo dominado pela luz da fé, pelo sal do testemunho e pelo bálsamo da caridade. Em cada um de nós, de certo modo, se realizam de maneira plena as palavras de Cristo: “Eu estarei convosco todos os dias, até o fim dos tempos (Mt 28,20).
Peçamos a Nosso Senhor Jesus Cristo a graça de viver nossa fé com toda nossa alma, com todo nosso coração e com todo nosso entendimento. Só assim seremos o que temos de ser e transformaremos o mundo. Só em Cristo, por Cristo e com Cristo conseguiremos transmitir os tesouros de nossa fé e incidir positiva e efetivamente na sociedade. Não tenhamos medo de falar daquilo que preenche nosso coração; não tenhamos medo de falar d'Aquele que dá um sentido último às nossas vidas. Subamos nos telhados e nos preparemos para anunciar com amor que o Amor existe, se fez carne e habita em nós e está entre nós.
 † Orani João Tempesta, O. Cist.
  Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ

07 outubro, 2012

Instituída, em 2005, pela 43ª Assembléia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a Semana Nacional da Vida acontece entre os dias 1º e 7 de outubro, e trabalha o tema “Vida, saúde e dignidade: direito e responsabilidade de todos”. A semana termina com o "Dia do Nascituro", comemorado em 8 de outubro, para homenagear o novo ser humano, a criança que ainda vive dentro da barriga da mãe.
O tema da saúde faz o vínculo com a Campanha da Fraternidade deste ano, cujo título foi “Fraternidade e saúde pública”. Isso nos interpela a trabalhar para que todos os brasileiros possam ter acesso à saúde, não só como um valor em si mesmo, mas porque manifesta a dignidade de vida de cada pessoa, em qualquer fase ou condição social. Muito se fala hoje dos direitos de cada pessoa e, por vezes, esquece-se dos deveres de cada um. Quando se trata do respeito, da promoção e da defesa da vida, os direitos devem ser cobrados, mas os deveres também devem ser assumidos por todos.
Uma das cinco urgências da ação evangelizadora no Brasil, traçadas pelos bispos do Brasil para 2011-2015, é a “Igreja ao serviço da vida plena para todos”. A Semana Nacional da Vida retoma várias situações de ameaça à vida, que são descritas nesta quinta urgência, e se insere nesta vasta missão da Igreja que também se desdobra no campo da promoção da vida humana, sobretudo das mais frágeis e indefesas e outras.
A partir de Jesus Cristo e na força do Espírito Santo”, como afirma o objetivo geral da ação evangelizadora no Brasil, o discípulo-missionário terá condições de identificar as situações que denigrem a vida, quer seja em âmbito local quer em âmbito nacional. A Igreja muito tem feito e muito realiza para promover a vida. Basta pensarmos nas inúmeras iniciativas que surgem das ações pastorais em favor da família, da criança, do adolescente, da AIDS, da sobriedade, do idoso, da saúde, do povo de rua, da terra, da moradia etc. A Semana Nacional da Vida pode, por um lado, contribuir para fomentar uma boa formação intraeclesial dos leigos e pastores, a fim de se formular um juízo moral adequado sobre as propostas da ciência e sua aplicação; e, por outro, estimular uma maior participação social, incentivando os leigos a se fazerem presentes nos diversos conselhos de participação popular (conselho municipal da saúde, da mulher, da educação, por exemplo) ou a se comprometerem através da própria profissão para uma maior distribuição dos recursos humanos e materiais para a saúde e um cuidado materno pela vida em nosso país.
Mensagem:
A família é uma bênção, pois é o lugar onde cada um, cada uma de nós veio à luz e onde iniciamos os primeiros e mais profundos laços de nossa existência. Na família começamos o caminho da fé que nos possibilita participarmos de uma Comunidade-igreja, e nos leva ao encontro dos irmãos e irmãs; É o Evangelho que nos abre o caminho para nos abrirmos à graça de Jesus em todos os momentos de nossa vida. A Semana Nacional da Vida nos leve à admiração e ao cuidado pela vida! Ela nos ajude a criarmos grupos de famílias que assumam a grande vocação de ser promotores da vida.
Dom Leonardo Ulrich

Fonte:

06 outubro, 2012

Salmo do Eleitor
Senhor Deus, Rei de todas as nações, estamos diante de mais uma eleições. É neste tempo que teu nome sofre os maiores ultrajes, como também pode ser honrado e glorificado. BENEDITO SEJAM todos os amigos do Senhor, amantes da Justiça. Que ao chegarem ao lugar de votação levam a consciência limpa e o voto livre. Que não se deixaram corromper pelo dinheiro dos poderosos. Nem foram enganados com suas palavras vazias e promessas falsas. Que não se iludiram com discursos mentirosos, não se desuniram por paixões partidárias. Felizes todos aqueles que fazem de seu voto uma arma de libertação dos oprimidos e não se deixam fazer de escada para levar ao poder pessoas e partidos, grupos e classes que pisam a dignidade dos pequenos ou jogam nas costas do povo os mais pesados fardos de exploração e de sofrimento. Quem age com firmeza e liberdade, exultará de alegria no Senhor ao sair da cabine eleitoral e poderá gritar a todos: que não se vendeu por dinheiro, favor ou amizade interesseira. Que não votou amarrado aos cabrestos do chefe ou patrão ou mesmo dos pais ou parentes. Que não manchou o voto com medo, covardia ou qualquer sujeira daqueles que promovem a politicagem. Esses glorificam o teu nome Senhor e serão honrados no teu reino de amor. Mas aqueles que sujaram a história com violência e corrupção e impõem ao povo interesses pessoais como sendo os interesses da Nação, não escaparão ao julgamento no dia da razão! Perdoa-nos, Tu, que és a verdadeira fonte do poder livre e serviçal, se nesta eleição, por qualquer desculpa, ainda votarmos no partido deles!
Zé Vicente

Fonte:

03 outubro, 2012

Eleições Municipais
A Diocese de Limeira, através do Secretariado Diocesano de Pastoral , elaborou um subsidio, para uma reflexão sobre as eleições Municipais. São textos simples, de fácil compreensão e que, certamente, contribuirão para que a Democracia Participativa encontre espaço e seja  efetivamente assumida pelos membros de nossas comunidades, paróquias, pastorais, movimentos, serviços e todos quantos, homens e mulheres de boa vontade, queiram se unir às causas do Reino. ( Procure este material em sua paróquia/comunidade )
Quando, à luz do Documento de Aparecida, lançamos um olhar de discípulos missionários sobre a realidade sociopolítica de nosso país ( e aqui estão contempladas todas as cidades da Diocese de Limeira/SP), “ constatamos um certo progresso democrático que se demonstra em diversos processos eleitorais. No entanto, vemos com preocupação o acelerado avanço de diversas formas de regressão autoritária por via democrática que, em certas ocasiões, resultam em regimes de corte neo-populista. Isso indica que não basta uma democracia puramente formal, fundada em procedimentos eleitorais honestos, mas que é necessária uma democracia participativa e baseada na promoção dos direitos humanos e no respeito a eles. Uma democracia sem valores como os mencionados torna-se, facilmente, ditadura e termina traindo o povo”. ( Doc. Aparecida-74). A Democracia Participativa precisa ser melhor compreendida e assumida de forma cidadã, pois o voto consciente, no dia das eleições, é importantíssimo, mas estamos percebendo que ainda não é tudo. Apertar a tecla “confirma”, no dia da eleição, é parte de processo que precisará ser acompanhado por outras ações, entre as quais  a valorização e participação, sobretudo dos católicos e católicas, dos CONSELHOS MUNICIPAIS DE CIDADANIA

Oração Inicial
Irmãos e Irmãs,
Aproxima-se o dia das Eleições Municipais e, para bom exercício da nossa cidadania através do voto consciente, nos reunimos para um momento de reflexão e oração. Iniciemos invocando a presença da Trindade Santa, que nos une e reúne, nos dá a vida, nos oferece o caminho da salvação e nos ilumina com a verdade.
Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém
Glória a Deus, Pai e Mãe de todos, que nos faz  irmãos e irmãs da mesma família e nos chama à felicidade e a defender a Vida em plenitude para todos os irmãos e irmãs. Amém.
Glória ao Filho Jesus, que, com sua Vida nos ensina a viver, como servidores da humanidade. Amém.
Glória ao Espírito Santo, que anima e orienta  nossas vidas, nossos sonhos e projetos e nos dá coragem para sermos testemunhas e profetas da esperança. Amém.
 
1º Encontro: As Eleições Municipais
No próximo dia 7 de outubro, acontecerá mais uma eleição municipal. É nesse momento que os eleitores teclarão, na urna eletrônica, os números do candidato a prefeito(a) e vice e também os vereadores e vereadoras para a câmara: serão eles que conduzirão os rumos de nossas cidades pelos próximos 4 anos. Vale lembrar que o desempenho dos que são eleitos para prefeito e vereador de uma cidade tem conseqüências que duram bem mais do que os 4 anos nos quais eles se mantiverem à frente dos poderes executivo e legislativo do município.
A Conferencia Nacional dos Bispos do Brasil ( CNBB), reunida em sua 50ª Assembléia Geral, em Aparecida/SP, de 18 a 26 de abril de 2012, fez uma alusão às eleições municipais dizendo:
 “As eleições, expressão de participação democrática motiva-nos a dizer uma palavra que ilumine e ajude nossas comunidades eclesiais e todos Oe eleitores, chamados a exercerem um de seus mais expressivos deveres de cidadão, que é o voto livre e consciente”. ( 50ª Assembléia Geral da CNBB).
Também inspira-nos a palavra do papa Bento XVI ao afirmar que a sociedade justa, sonhada por todos, “deve ser realizada pela política” e que a Igreja “não pode nem deve ficar à margem na luta pela justiça” ( Deos Caritas Est 28)
Para o cristão, participar do processo político-eleitoral, impulsionado pela fé, é tornar presente a ação do Espírito, que aponta o caminho a partir dos sinais dos tempos e inspira os que se comprometem com a construção da justiça e da paz.
Democracia Representativa X Democracia Participativa
O modelo político vigente em nosso País é a chamada Democracia Representativa, e  muitos eleitores continuam pensando que a democracia se resume no ritual de votar e escolher os seus representantes. É necessário que ampliemos nossa compreensão de cidadania, pois o cidadão é chamado à sua responsabilidade, não somente no momento das eleições, mas constantemente. Só assim passaremos da “Democracia Representativa” para a “DEMOCRACIA PARTICIPATIVA”.

Palavra de Deus – Mt 5,13-16
Como discípulos missionários devemos fazer a diferença. Não podemos fugir à corresponsabilidade da gestação de uma nova civilização que esteja fundamentada na defesa incondicional da vida. No Evangelho narrado por São Mateus,  Jesus nos interpela: “sois o sal da terra , sois luz do mundo”.

2º Encontro: Votar em quem ?
Neste SIM  X  Naquele NÃO
Não é uma tarefa  fácil encontrar um candidato que atenda a todos os requisitos desejados para que a Democracia Participativa seja plenamente estabelecida. É preciso ter discernimento e pensar bem em quem votar e em quem não votar.
Bons candidatos são os que defendem a dignidade da pessoa e da vida, desde a concepção até o seu declínio natural. Que dêem sinais de honestidade e fidelidade a seus propósitos, inclusive partidários. Que dêem sinais de que estão minimamente preocupados com as políticas públicas e que não ficam fazendo promessas de “soluções mágicas” para problemas complexos.
Lembraram os Bispos na Conferencia de Aparecida em 2007: “ Se muitas das estruturas atuais geram pobreza, em parte é devido à falta de fidelidade a compromissos evangélicos de muitos cristãos com especiais responsabilidade políticas, econômicas e culturais”. ( Doc.Aparecida, 501)
Diante desta realidade, precisamos relembrar o apelo do Concilio Vaticano II: “ as alegrias e esperanças do homem de hoje, principalmente dos empobrecidos e sofredores, são as alegrias e as esperanças, os sofrimentos e as angustias do cristão”. ( Gaudium ET Spes, 1)
Assim sendo, é de fundamental importância que os discípulos missionários de Cristo entendam que as necessárias transformações da sociedade, rumo aos valores do Reino, são de sua inteira responsabilidade, partindo de sua fé e de sua opção preferencial pelos pobres, que como disse o Papa ?Bento XVI, está implícita na fé em Jesus Cristo. ( Bento XVI em Aparecida/2007).
“ A política é uma maneira exigente de viver o compromisso cristão a serviço dos outros”.
Pedimos a Deus a graça de permanecermos fiéis no seguimento de Jesus e, com a força que vem Dele, superarmos toda e qualquer tentação de egoísmo. Para darmos passos no sentido de que a Democracia Participativa prossiga avançando, não podemos nos fechar egoisticamente. O egoísta vota sem refletir, sem pensar nas conseqüências, sem pensar no coletivo. Vamos eleger prefeito e vereadores que defendam os interesses do nosso município e não nos que prometem soluções para problemas particulares ou de pequenos grupos.
Lembremo-nos da frase que diz: “Voto não tem preço, tem conseqüências”

Palavra de Deus  - Mc 9,30-37
O ponto de partida do cristão em relação à política deve se pautar no exemplo de Jesus que sempre ensina aos seus discípulos: “ Se alguém quer ser o primeiro, deverá ser o último, e ser aquele que serve a todos”. ( Mc, 9,35)


3º Encontro: A Matemática das Eleições
Onde 2 + 2 pode virar 3, 5 ou 0...
É importante compreender todo o processo eleitoral, sabendo como  funcionam as alianças, as coligações e o coeficiente eleitoral;  por que um(a) determinado(a) com menos votos foi eleito para o cargo que pleiteava e um(a) segundo(a) candidato, que obteve mais votos, acabou não sendo eleito.
Para responder a tantas perguntas, precisamos começar compreendendo o que é uma “coligação Partidária”.  De um modo simples, podemos dizer que a “coligação partidária” é um jeito usado pelos partidos para aumentar suas forças eleitorais e ganhar as eleições
Para compreendermos melhor a “tal matemática  das eleições”,  precisamos saber como é feito o cálculo da distribuição de votos entre os partidos ou coligações e, para isso, precisamos entender o que são:
a) Coeficiente Eleitoral (CE) e
b) Coeficiente Partidário (CP).
Coeficiente Eleitoral (CE) é o número de votos válidos de cada município que serão utilizados, como base de cálculo, para definir quais candidatos dos partidos ou coligações ocuparão os cargos de vereadores. É bom lembrar que votos válidos não significam o número de eleitores de cada município. Votos válidos são os votos dados para cada candidato ( voto nominal) ou à legenda partidária ( a um determinado partido), sendo inválidos e, portanto, não computados para o coeficiente eleitoral, os votos nulos e brancos. De acordo com o artigo 107 do código eleitoral, Coeficiente Partidário ( CP) é o resultado da soma dos votos recebidos pelos candidatos regularmente inscritos ou pela legenda, que podem ou não fazer parte de uma coligação partidária. COEFICIENTE PARTIDÁRIO é igual ao número de votos do Partido ou Coligação e COEFICIENTE ELEITORAL é igual ao número de cadeiras obtidas pelo partido correspondente à parte inteira do coeficiente partidário. Caso a soma das cadeiras obtidas pelos partidos não seja igual ao total de cadeiras, as cadeiras restantes são divididas de acordo com o sistema de médias, também conhecido como distribuição de sobras
A Doutrina Social da Igreja nos ensina que: “É oportuno exercer a vigilância com relação aos partidos que continuam indicando como seus candidatos pessoas comprovadamente inescrupulosas. Os eleitores devem ser orientados a não apoiar tais candidatos, e até recusar qualquer candidato de um partido que acoberte tais pessoas” ( CNBB, Doc 67, nº57).
“Recomenda-se particular cuidado quanto aos partidos que incluem em suas listas lideres católicos, com a única função de somar votos para a sigla. Os votos dados a tais candidatos contribuem para a eleição de políticos nem sempre merecedores de apoio” (CNBB, Doc. 67, nº 58)
Os Bispos, por ocasião da Assembléia de aparecida, orientam particularmente os católicos para que estejam bem atentos na hora de votar num(a) candidato(a) a vereador, pois uma Câmara mal constituída traz grandes prejuízo a para uma cidade. Afirmaram os Bispos em Aparecida: “Algumas assembléias legislativas aprovam leis injustas contra os direitos humanos e a vontade popular, precisamente por não estarem perto de seus representados, nem saberem escutar e dialogar com os cidadãos mas também por ignorância, por falta de acompanhamento e porque muitos cidadãos abdicam de seu dever de participar da vida pública” ( Doc Aparecida, 79)

Palavra de Deus – Jo 10, 11-15
Temos visto, que o agir no processo político não é vocação de alguns, mas faz parte da própria fé cristã. Só assim vamos implementando a Democracia Participativa.  A fé cristã é o caminho seguro que vai nos apontando as ações que, sendo concretizadas, se constituirão em sinais visíveis dos quais estamos fazendo a nossa parte na construção do Reino de Deus. Jesus é o Bom Pastor, aquele que, em tudo, fez a vontade do Pai e que deu a sua própria vida em favor da humanidade. Que Jesus nos inspire a todos, pois Ele é o modelo único e absoluto de serviço e amor ao próximo.

4º Encontro: O Papel do Eleitor
O Eleitor e o voto consciente
O voto livre e consciente é “um dos mais expressivos deveres do cidadão”. “Para o cristão, participar do processo político-eleitoral, impulsionado pela fé, é tornar presente a ação do Espírito, que aponta o caminho a partir dos sinais dos tempos e inspira os que se comprometem com a construção da justiça e da paz. O cristianismo não pode ser reduzido a um conjunto de rituais ou de normas éticas que regulam a vida. Ele é também uma proposta de sociedade conforme o projeto divino, uma sociedade justa e pacífica que Jesus chamou de Reino de Deus. A pessoa, que limita sua vida cristã à esfera privada, reduz o cristianismo a uma forma de auto-ajuda, porque descarta sua dimensão profética e transformadora do mundo. A Igreja insiste na responsabilidade do agir como eleitor. O ato de votar se constitui numa parte fundamental do ser político e da responsabilidade de todas e todas.
Mas uma parte significativa dos eleitores e eleitoras diz que só vota por obrigação, outra parte diz claramente que não gosta de política. Tal postura não tem nada de cristã, ao contrário, trata-se de um contra  testemunho; é como se toda exclusão originada a partir da estrutura e dos agentes políticos, não tivesse nada a ver com o cristianismo.
Lembre-se: votar com consciência em pessoas preparadas e comprometidas com mo bem comum, é o mínimo que cada um deve fazer para favorecer a prosperidade, a justiça e promover a DEMOCRACIA PARTICIPATIVA.
É preciso que o momento eleitoral sirva, também, para a tomada de consciência de que a Democracia Representativa não é a única forma de vivência democrática. O surgimento de novos sujeitos históricos exige que outras ações devam ser acrescentadas, para que o povo possa exercer plenamente o seu ser político. Assim sendo, que este momento pré-eleitoral que estamos vivendo, tenha também, e principalmente, o objetivo de se pensar na chamada participação democrática, na construção da democracia participativa, através da constituição de estruturas mais permanentes de funcionamento, que vão além do momento eleitoral. A Constituição Federal de 1988 abriu espaços para a participação democrática através dos Conselhos chamados de cidadania ou partidários. Em quase todos os municípios de médio e grande porte existem os Conselhos de Cidadania em educação, saúde, assistência social, idoso, mulher, criança e adolescente, etc.
É fundamental que todos e todas sejam chamados, principalmente em nossa comunidade, para uma reflexão sobre a participação que estamos tendo, nestes Conselhos, em nossa cidade.
Como cristãos e membros de comunidade precisamos pedir perdão a Deus se estamos sendo omissos em não participar e valorizar os Conselhos que já existem em nosso município.

Palavra de Deus – Lc 1, 46-56
É importante que os cristãos, discípulos missionários de Jesus, entendam que as necessárias transformações da sociedade, rumo aos valores do Reino, são de sua responsabilidade, a partir da fé. O agir ético e consciente no processo político-eleitoral muito contribuirá para o êxito dessa missão. Temos como exemplo de discípula e cristã, Maria, nossa mãe e padroeira, aquela que através do canto do Magnificat, apresenta Deus realizando uma transformação, invertendo a ordem social e assumindo a direção da história

Oração Final
Ó Deus, nosso Pai, ajuda-nos com a Vossa graça neste momento tão importante e decisivo na vida de nossa cidade. Auxilia-nos na reflexão e na tomada da decisão de quem escolher como nossos representantes.
Conceda-nos os dons da Sabedoria e do Entendimento a fim de que, dentre todas as opções, sejamos capazes de reconhecer, com clareza, aquelas que mais atendam ao que é bom e justo, portanto, capazes de apontar na direção da construção do Reino.
Ajuda-nos, Senhor, a distinguir a política da politicagem, a separar o joio do trigo, a não acreditar que “todo político é corrupto”, vislumbrando com esperança e alegria o que é mais sagrado no meio político: a justiça, a ética, a moral e a responsabilidade no trato das coisas públicas.
Senhor,  Vos suplicamos: que os candidatos que serão eleitos sejam verdadeiros representantes do povo, fazendo-se íntegros portadores da voz e da ação daqueles que os elegeram, a fim de que tudo concorra em favor de uma cidade mais acolhedora e fraterna
Ó Jesus Bom Pastor, iluminai todos os eleitores do nosso município,.Não deixeis nosso coração ser enganado por falsas promessas.
Maria Santíssima,  ajude-nos a eleger aqueles e aquelas que dão provas de amor ao povo, são honestos e transparente, servidores da justiça e da paz.
Que nos envolvamos todos com a Democracia Participativa, pois só assim, haveremos de contribuir para uma cidade e um Brasil melhores e, um mundo,  onde chegaremos à globalização da solidariedade. Amém!
Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amem!